Caros Amigos, não vou entrar aqui em questões de erros de tradução que possam ter ocorrido nos originais da Bíblia Sagrada, em especial o Novo Testamento, até porque neste texto isso é irrelevante.

Antes que essa afirmação do título do texto, que foi retirada de 2 Coríntios 3 seja atacada como uma ode contra o conhecimento, a leitura e aos livros, digo que nada tem a ver com o estímulo da ignorância e da obscuridade. Essa frase é espiritual e busca a espiritualidade.

Escrevo esse texto para uma breve contestação e admoestação sobre a afirmação de que a Bíblia é infalível.

Não se agitem os puristas e nem os tradicionais fariseus. Farei a defesa da minha tese baseada nas próprias Escrituras.

Os radicais defensores do apologismo bíblico usam essa parte para defenderem essa infalibilidade:

2 Pedro 1:19: “Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas.” 

Mas Pedro continua: 



2 Pedro 1:20-21: "Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo" 



Esse texto vai trabalhar baseado nestes 3 versículos do apóstolo Pedro.



Lembrando que as Escrituras que Jesus Cristo e os apóstolos falavam eram as Escrituras Hebraicas, que estão na Bíblia na versão do Velho Testamento.

Os 4 evangelhos do Novo Testamento foram selecionados entre mais de 400 evangelhos de Jesus Cristo e escritos mais de 200 anos depois do tempo de Cristo na terra, e as cartas que os apóstolos escreveram como Paulo, Pedro, Tiago e João, sob o arbítrio e o consentimento do imperador Constantino, que tornou o Cristianismo a religião oficial de Roma por motivos políticos e militares do imperialismo. 

Claro que no meio dessa história há um momento de epifania de Constantino a que não pretendo me remeter neste texto. No concílio de Nicéia em 325 d.c., traduções do grego foram adaptadas e até mesmo dando outros significados a várias palavras, mas como eu já disse inicialmente, para esse texto, é irrelevante.

Convicto sou de que a Bíblia Sagrada não é infalível, mas também convicto sou de que ela, com toda a certeza, contém a infalível Palavra de Deus. Essa sim é infalível e eterna. Até porque a Palavra vai muito além de um livro.

Alguns apologéticos bíblicos me perguntariam: Mas como a infalível Palavra de Deus estaria num livro falível?

Ora, se o Espírito Santo de Deus habita no homem falho e imperfeito e faz de nosso corpo perecível seu templo, então a Bíblia pode conter a Palavra de Deus e ser divinamente inspirada sim, assim como um pregador, homem falho e imperfeito, pode ser divinamente inspirado em suas pregações bíblicas.

E também, não quero dizer que o livro sagrado não seja sagrado e que não há validade nele como livro de regras e conduta do Cristão. Jamais. A Bíblia Sagrada é nosso livro de regras e conduta. Porque independente das escolhas de Constantino e de seus bispos romanos, nela há o testemunho de Jesus Cristo.

Mas quando um homem lê esse livro 2000 anos depois, existem duas formas de lê-lo. Uma é pelo Espírito Santo, a outra é apologeticamente, em que alguns pregadores valorizam mais os títulos e a sabedoria humana adquirida pelo estudo teológico no que concerne a interpretações.

Quando lemos e pregamos um ponto da Bíblia movidos pelo Espírito Santo de Deus e se repetirmos esse ponto outras vezes, ele nunca será pregado do mesmo jeito. Porque a partir deste livro, o Espírito de Deus age em cada leitura, tornando-o o oráculo de respostas as questões e anseios individuais de cada homem que está sentado a mesa esperando o alimento que a sua alma pede.

Mas quando o pregador valoriza seus títulos e conhecimentos teológicos mais do que a própria manifestação do Espírito em si mesmo, então ali as letras são mortas e o Espírito não opera.

Não estou dizendo que estudar Teologia é errado, que não é válido, que não é importante. É importante sim, pois Jesus nos recomendou tacitamente: 

João: 5-39
“Examinai as escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna: e são elas que dão testemunho de mim; “

Ele falava das que ele lia, as Escrituras Hebraicas e o livro de Isaías foi o que mais falou D'Ele. 

Porém, o Novo Testamento também dá o testemunho de Jesus Cristo. Portanto, mesmo sendo livros arbitrados e selecionados por Constantino ou não, sejam quais forem os motivos, devemos examinar a Bíblia Sagrada, porque pelo Evangelho de Cristo, nela contém a Vida Eterna.

O meu questionamento fica com a valorização excessiva de estudo teológico bíblico e seus consequentes títulos, a meu ver, em detrimento da Espiritualidade do homem, e que tem sobremaneira sufocado as manifestações do Espírito Santo de Deus nas igrejas e publicamente. 

Aliás, publicamente temos vistos erros graves de interpretações das Escrituras Sagradas, divulgadas por homens públicos e ilustrados biblicamente e que se dizem Cristãos, porque neles claramente o Espírito Santo já não faz morada.

E estes homens, hipócritas e fariseus, defendem a "Bíblia como infalível" publicamente, como se isso os fizessem santos diante dos homens e diante de Deus.

Algumas denominações protestantes da Reforma que tem valorizado a Teologia acima do Espírito, hoje são verdadeiras geladeiras, já que o calor do Espírito Santo não consegue achar espaço no coração do homem lotado de sabedoria teológica na pregação de seus cultos. 

Por outro lado, parte das denominações pentecostais (principalmente algumas que não se sabe de onde vieram) tem valorizado pregações não bíblicas e sem respaldo teológico, profecias que não tem respaldo bíblico para satisfazer plateias e incorrem gravemente em distorções de interpretação da Palavra de Deus induzindo o povo ao erro, principalmente porque é uma pregação ególatra. Fazendo o Criador de empregado de seus desejos e ensinando isso ao povo. 

É a ocupação do ego no lugar de Deus no coração do pregador. Nos dois cenários, o ego se manifesta. Um com o valor excessivo ao próprio conhecimento. Outro com o valor excessivo a interpretações fantasiosas e até mesmo antibíblicas.

Vêem como é uma questão de ter o equilíbrio? Não podemos ser antibíblicos, mas também não podemos ser só bíblicos?

Então como solucionar isso? Ora, se o Dom da Fé ou seja, o Dom de crer na Salvação por Jesus Cristo não vem de nós, mas nos é dado pelo Espírito Santo, o equilíbrio do entendimento e discernimento pleno das Escrituras Sagradas também vem do Espírito Santo.

E se a Bíblia é divinamente inspirada e contém a infalível Palavra de Deus, é o Espírito Santo que nos vai trazer essa inspiração. Porque se o Ele é Santificador, ele também santifica a pregação e isso independe do nível de conhecimento que o pregador tem. 

Um pregador equilibrado tem conhecimento suficiente das Escrituras Sagradas para não deixar as letras matar o Espírito, mas que sejam ferramentas que tragam  a Vida Eterna para o povo, movido e inspirado pelo Espírito Santo.

E pelo Espírito Santo, ele jamais usará o que é do Alto para projetos de poder pessoal. Será um servidor do povo que tem fome e sede de Justiça.

Porque o Espírito Santo não induz ao erro, antes faz os caminhos se desviarem do mal.

Um vaso cheio tem que esvaziar-se um tanto, muito ou pouco, conforme a necessidade, para encher-se novamente do que é novo e fresco. Sempre.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz a igreja.


Amigos, amigas e leitores simpatizantes. Como todos sabem, essa pandemia parou 60% da economia principalmente na área de serviços. 



Como jornalista, programador e publicitário estou desempregado, minha pequena empresa está com todos os contratos suspensos e para não ficar melhor, não tenho direito a aposentadoria ainda. Uma falha dos arroubos da juventude. 

Afinal sou um artista e a maioria dos artistas pensa apenas no aqui e agora. E se foi assim comigo, não será diferente daqui pra frente, já que a esta altura da vida pensar no futuro, que não seja aguardar a minha aposentadoria em seu devido tempo é um gigantesco eufemismo bem humorado. 

Porque é assim que sou. 

Bem humorado, irônico e por vezes sarcástico comigo mesmo. 

Mas sou uma artista, sou um músico, saxofonista e violoncelista por dom divino a mim concedido. Foi um presente e que me coloca num patamar privilegiado que está acima dos valores das riquezas terrenas. 

Mas não sou rico, não tenho fundos de investimento, só tenho a mim e o meu trabalho para bancar a minha sobrevivência. Como sou Cristão evangélico por convicção, pensei até investir na carreira de Ministro do Evangelho, o que seria bastante legítimo, já que sou convicto e por tabela garantiria uma boa aposentadoria. 

Não quis. O Evangelho para mim é um modo de vida, uma profissão de Fé que vai além desta vida terrena para a conquista da imortalidade da alma e do corpo em outros lugares deste Universo, segundo o Evangelho de Jesus Cristo. 

Portanto, tenho que lutar e tornar minha sobrevivência uma vivência até enquanto o Divino me conceder capacidade e condições físicas para isso. 

No momento, o que tenho são as notas e tons musicais do saxofone que podem me garantir esta vivência. E mais, possibilitar bons momentos musicais para a audiência, para os amigos, para os amantes da música, para o mundo! Meu nome artístico é DJSax Mariotti. 

Essa ID representa todas as trilhas digitais montadas exclusivamente para acompanhar os temas musicais no saxofone. Poderia ser chamado de playback, mas não tem a mesma formatação. São trilhas montadas digitalmente e exclusivamente, mas gravadas em mais de 55 instrumentos reais de bandas e orquestras em cada nota da escala, em cada efeito bocal, de arco, de cordas ou percussão e montados depois em cada melodia, sequência harmônica e arranjos que cada música exige.

Montei mais de 360 trilhas que tocam bandas e orquestras com tons reais e não digitais.

Por isso estou estreando nesta quarta-feira, 24 de junho, feriado no Nordeste, dia de São João, o Programa Tons de Sax. Inicialmente um programa gravado, ele é um Piloto que foi concebido originalmente para fazer parte de um programa de ajuda aos artistas da Paraíba pelo Governo do Estado. É um programa quase pedagógico em que eu toco meus saxofones acompanhando pelas trilhas digitais e conto a história de cada música.



Não fui selecionado e entendi que era injusto, já que sou um instrumentista profissional e que estava dentro das conformidades do programa social.

A maioria dos artistas beneficiados claramente não precisavam do auxílio, com algumas boas exceções, estas porque as conheço e sei da luta de cada uma, mas as outras são as mesmas figurinhas carimbadas que sempre e presentes em projetos culturais da gestão pública. Normal. O artista tem que estar. É a sua vitrine também.

O problema é que se tratava um projeto social para a Cultura, para o artista que precisa. E essas figuras estão sempre lá, de esquerda, de direita, tanto faz. O negócio é arrebanhar mais um dinheirinho público tirando de quem realmente precisa.


Após mais esta decepção com a gestão pública, que deveria fazer um projeto com alcance de maior magnitude e mais critérios, já que que sempre favorece os apadrinhados, resolvi dar continuidade deste programa na Internet para ver se consigo além de fazer o trabalho que mais gosto, monetizar isso de algum modo e eu possa sobreviver nessa triste época de pandemia horrível a assustadora. 


Aguardem!

Programa Tons de Sax. Um programa em que toco no sax e conto a história de cada música. 

Será as quartas feiras as 19h00 e aos sábados ao as 20h00. E lembrarei a todos vocês para me prestigiarem e curtirem o canal. 

Até lá! Até a próxima quarta! Programas Tons de Sax. Tá com tempo? Com certeza está!


Nunca pensei que fosse escrever o que vou escrever agora. 

Neste grande teatro nacional de uma política caótica e de suposto risco a Democracia, os únicos atores deste cenário que mantêm a coerência são o STF, Bolsonaro e Lula. 

O STF, surpreendentemente mostra coragem ao enfrentar um presidente de meia pataca, ditadorzinho de esquina da Feira de São Cristóvão, sem recuar uma vírgula em suas decisões no que se refere as fake news e os ataques das milícias armadas contra o STF em frente ao prédio do STF. 

Bolsonaro é coerente consigo mesmo, porque só se faz de sonso, aqueles, como se não soubessem quem era a figura execrável que colocaram no poder e que apertaram o 17 nas urnas de 2018 e agora posam de democratas de ocasião. 

De defensores da Democracia, pela qual nunca tiveram nenhum apreço. Detalhe. Todos eles defendem a permanência do Bolsonaro até o final do mandato. 

Lula, porque nunca foi incoerente com seu discurso, sua prática política, sua história e sua excelente gestão como Presidente da República. Mais do que corretíssimo em não assinar manifestos e cartas pela Democracia junto com aqueles que praticamente o colocaram na prisão, derrubaram violentamente Dilma da sua cadeira que lhe foi entregue pela maioria do povo brasileiro. 

Muito menos Lula se indigna em subir no mesmo palanque que eles. Leia-se FHC, Frota, Moro, Huck, Dória, Covas entre outros que só o quiseram ver pelas costas e agora são obrigados a aceitar o fato de que precisam de Lula para defender a Democracia. 

Será mesmo? 

Precisariam de Lula se realmente quisessem defender a Democracia real, do poder do povo e para o povo. 

Mas é encenação. Um grande teatro para continuar mantendo os privilégios, desta vez usando o discurso de uma frente ampla democrática unindo todos os setores da política e da sociedade brasileira. 

Então fica assim. Enquanto Bolsonaro finge que vai dar um golpe nele mesmo e seus generais, a tal frente ampla finge que defende a tal democracia, enquanto o Bolsonaro fica no poder e o Guedes vai fazendo as reformas e entregando o país a preço de banana do jeitinho que esses tais “democratas” almejam. 

Que outra explicação teríamos para tal frente ampla não exigir o afastamento de Bolsonaro? Essa semana membros importantes declararam ainda ser contra o impeachment. 

Mais uma vez o PT e Lula mostram que continuam no bonde da história. Que não estão mais a disposição daqueles aqueles que mostram o discurso de conciliação de pacto nacional que uma vez, há tempos bem recentes inauguraram o discurso do ódio da polarização política. 

O Lula tentou a conciliação de classes no seu governo. Não foi aceito. Foi atacado com o mensalão, depois Dilma com as pedaladas, enfim. Nunca quiseram conciliação e agora dizem que o que importa é um pacto nacional e a união em defesa da Democracia. 

Qual Democracia? Aquela mesma que mantém seus privilégios de uma elite que nunca quis fazer concessões ao povo brasileiro? Reles concessões, dando continuidade a manutenção de um estado neoliberal e a destruição do estado social e do trabalho? 

Cada vez mais Lula mostra que é um dos maiores líderes políticos mundiais. O PT errou sim, achou que poderia manter seu projeto longe das suas bases sociais de origem. Errou e caiu por causa disto. 

Estas bases poderiam ter impedido o impeachment de Dilma. 

Mas essas bases sempre tiveram um julgamento claro e sóbrio do cenário político brasileiro e agora, com todos os motivos justificáveis que possam ser enumerados aqui, se recusam a unir-se com uma tal de frente ampla que quer defender a Democracia, mas não quer tirar o Bolsonaro da cadeira. 

Isso é encenação. A Frente Ampla é uma peça de teatro mal feita, mas que muito esquerdista está aplaudindo na plateia. 

Você finge, Bolsonaro que vai dar um golpe em você mesmo e nós fingimos que vamos defender a Democracia, enquanto detemos o avanço da esquerda nestas eleições. Se tiver eleições, é claro. 

Pior é aguentar a vergonha do jornalismo, a fascistoide dissimulada Vera Magalhães dizer que Ciro é o melhor representante da esquerda hoje. 

Uma piada de incrível mau gosto e sem graça! 

E aturar esquerdóides dizerem que o PT foi responsável pela vitória do Bolsonaro, e Ciro, que nunca foi de esquerda, arrogante foi para Paris no segundo turno, FHC anulou o voto, Huck, Frota, Dória, os democratas de ocasião apertaram o 17 nas urnas, votaram em  Bolsonaro e no final foi o PT que elegeu o Bolsonaro? 

Não é fácil como jornalista de viés socialista olhar e notar que pessoas esclarecidas da esquerda, que deveriam ter uma visão mais aprofundada do momento, estão contagiadas pelo medo de um falso golpe e que inclusive já aconteceu, defenderem esse pacto nacional fraudulento e que não tem interesse nenhum no impeachment de Bolsonaro. 

Estou com Lula, o Psol e o PT. 

Bolsonaro tem que sair agora. Melhor, tem que ser arrancado da cadeira do Planalto e sair algemado! 

E a hora é agora! Queiroz foi preso pela PF e atingiu o coração do desgoverno Bolsonaro. A sociedade civil e política tem que pressionar por uma delação completa, nem uma vírgula a menos.

Cadeia neles!!!



Segundo a colunista do jornal Valor, Maria Cristina Fernandes, Bolsonaro, não teria 10% dos votos em plenário para o impeachment, mas se trata de um processo difícil diante de um parlamento virtual 

No Valor Econômico desta quinta-feira (26), a colunista diz que o combate à pandemia do coronavírus gerou um consenso contra o presidente Bolsonaro que se encontra em completo isolamento. 

Diante de um déficit de legitimidade de um impeachment virtual, ganha força a saída por renúncia em troca de seu bem mais valioso, a liberdade dos filhos. 

Embora não tenha 10% dos votos em plenário, na análise dela o impeachment de Bolsonaro ainda é de difícil viabilidade. 

“Motivos não faltariam. Os parlamentares dizem que Bolsonaro, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, já não governa. Se uma caiu sob alegação de que teria infringido a Lei de Responsabilidade Fiscal, o outro teria infrações em série contra uma lei de responsabilidade social. Permanece sem solução, porém, o déficit de legitimidade de um impeachment em plenário virtual”, argumentou. 

Neste cenário avança entre os militares a real possibilidade de renúncia de Bolsonaro. Difícil é convencê-lo. E apesar de o presidente não ter mais o apoio da esmagadora maioria de quem o elegeu, ele ainda acha que tem, portanto não entregaria seu mandato com facilidade. 

Aliás suas atitudes inconformistas ao fato de mais ninguém acatar seus desmandos alucinados, o país vive uma espécie de desobediência civil, mostra que ele sempre tenta, tresloucadamente se salvar com alguma carta na manga. 

O ataque contra os governadores e as respectivas ações dos estados, contra as recomendações do Mandetta para o isolamento social, todos em luta para conter a pandemia do Coronavírus, desenha bem o desespero de Bolsonaro e do Guedes em usar o poder a favor do Mercado, em detrimento de vidas humanas. 

A colunista do Valor revela que poderá ser negociado a renúncia em troca da anistia pra toda sua gurizada, já que o bem mais valioso que o presidente tem hoje é a liberdade dos filhos. Esta é uma provável moeda de troca. Renúncia em troca de anistia ao 01, 02 e 03. de todos os processos que estão sendo acusados. 

Os defensores desta proposição defendem que foi assim que Boris Yeltsin, na Rússia, foi convencido a sair 

A colunista revela alguns estorvos como a inexistência de anistia para uma condenação inexistente. 

Mas quem teria hoje autoridade para convencer o presidente?

Cogita-se os generais envolvidos na intervenção do Rio, PhDs em milícia. 

Como ex-Força Aérea Brasileira, faço parte de grupos online pertencentes as três forças, e posso dizer com segurança, que Bolsonaro não tem mais o apoio da maioria dos oficiais subalternos e praças. Além disso perde cada dia mais, o apoio dos oficias superiores. 

Uma coisa é certa, o Alto Comando não partilha de suas ambições golpistas, como já foi posto de público. Não é segredo para ninguém. 

O Congresso, o Judiciário e a Forças Armadas estão unidos ao povo brasileiro e a sociedade civil no combate a pandemia, tendo como principal base o isolamento social. 

Com o discurso em rede nacional, o presidente conseguiu convencer a todos os segmentos da sociedade brasileira de que hoje é um empecilho na batalha contra o Coronavírus e e a defesa da saúde da população. 

Contornar e isolar Bolsonaro já não basta. A tese de renúncia impõe-se cada vez mais presente e já se busca viabilizar formas jurídicas que beneficie o clã Bolsonaro, para que possam deixar o poder sem mais delongas. 


Fonte: Valor Econômico


Antes que a patrulha de plantão me critique , vai uma breve explicação sobre a matéria. 

Não sou um adepto de teorias da conspiração. Muito menos terraplanista ou seguidor das idéias do clã Bolsonaro e seu guru, o infame Olavo de Carvalho. 

Mas conspirações existem e não são teorias. Até porque teorias são o tipo de coisas meticulosas que se coloca em prática e procuram não deixar rastros. Teorias serão sempre restritas ao plano especulativo, ou seja teórico. 

Mas tem algo está me deixando com uma pulga gigante e pré-histórica, atrás da orelha. 

Antes de mostrar essa pulga dinossáurica, quero começar pelas manchetes na mídia, referente aos Covid-19 desde sua descoberta e até o dia de hoje, na China e Itália, que são os países que mais desenvolveram a pandemia. 

“Itália registra 4.480 mortes por Covid-19 e supera China

Itália anuncia 475 mortes por covid-19 em 24 horas; total chega a 1.809

Na China o novo coronavírus matou 3.249 pessoas”

Minha pergunta é:

Onde estão os registros jornalísticos de imagens de vídeos e fotos dos pacientes mortos pelo Covid-19?

Tem vídeos?

Tem fotos?

Tem lives das Redes Sociais?

Não, não tem!

Procurei como um alucinado esses registros na internet e nada. Nada de imagens nos jornais televisivos.

Somente caixões novos e vazios, comboios formados por caminhões militares, imagens de doentes em hospitais é o que vemos nos jornais de todas as mídias.

Mas nenhuma imagem de vítimas fatais do Covid-19.

Jamais na história de catástrofes globais da era moderna, em que resultou em milhares ou milhões de mortos, a imprensa mundial deixou de registrar com farta quantidade de fotos ou filmes.

Mas não há nada. Que jornalismo é esse que foge a todos os padrões históricas e técnicos na cobertura da maior pandemia de alcance global nos séculos 20 e 21 depois da Gripe Espanhola?

Mesmo que eu saia do campo dos profissionais de comunicação nessa cobertura da pandemia, estamos numa época em que as pessoas postam fotos e vídeos nas redes das coisas mais fúteis e desinteressantes que existe.

Cade as lives das imagens de corpos em fileiras, enterros em massa?

E os dados dos familiares nos sites competentes? Em São Paulo teve mortos e no Rio de Janeiro também. Não temos os dados destas vítimas na imprensa e em lugar nenhum.

Onde está tudo isso minha gente?

Como é que se enterra quase 500 corpos em 24 horas na Itália?

Fora tudo isso, como deixar de mencionar o fato de que, mostrar imagens das vítimas fatais em massa é, obviamente, um serviço de saúde pública, visto que muita gente no mundo, principalmente no Brasil, ainda não percebeu a gravidade dessa pandemia, pelo menos, como é anunciada pelos canais de comunicação.

Então porque não o fazem?

Meu pulgão atrás da orelha está incomodando cada vez mais.

Para retira-lo falta isso. Registro de imagens profissionais das vítimas fatais, assim como registro das pessoas comuns, familiares, etc. Nas redes sociais.

Está tudo muito estranho e inexplicável. Como no filme Wag the Dog com atores do naipe de Dustin Hoffman e Robert de Niro estrelando. No Brasil o título é Mera Coincidência,.

O roteiro diz respeito a um spin doctor e um produtor de Hollywood que fabricam uma notícia falsa sobre uma guerra na Albânia para distrair os eleitores de um escândalo sexual envolvendo o Presidente dos Estados Unidos.

O roteiro da pandemia do Corona Vírus tem personagens e cenários diferentes, mas seria possível estarmos vivendo uma pandemia inventada?

Ou talvez de proporções e consequências muito menores do que o que está sendo divulgado, tendo sim contaminados, mas nem tanto o número oficial de mortos pelo Covid-19.

Talvez qualquer semelhança não seja mera coincidência.

O sábio não é aquele que sabe tudo, mas o que pergunta.

Vai pra Cuba!

Hoje mais do que nunca, um chavão da extrema direita, que sempre é dito de forma pejorativa e xenófoba contra socialistas e pessoas de esquerda em geral, tende a se tornar senão em um sonho de consumo turístico, com certeza num porto seguro para todos.

A ilha de Cuba mais uma vez se mostra referência em Saúde e Medicina, e pode salvar o mundo, no enfrentamento e tratamento contra a doença Covid-19, provocada pelo Corona Vírus, que está em franca contaminação global, principalmente nos países da Europa.

Cuba continua sem casos confirmados do novo coronavírus que já afetou 104 nações. Até o momento, trinta viajantes foram admitidos para estudo e depois de realizar sete novas análises especificamente para o Covid-19, que, como as oito anteriores, foram negativas, o país permanece sem a doença.

O primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz compareceu ao programa de rádio e televisão Mesa-Redonda, e ofereceu uma ampla explicação da estratégia de Cuba para a prevenção e controle do Covid-19 e deixou a garantia de que, para o confronto a esta doença, é fundamental a estrutura multissetorial e organizada do sistema nacional de saúde.

Acompanhado pelo vice-primeiro-ministro Roberto Morales Ojeda, e pelo dr. José Ángel Portal Miranda, ministro da Saúde Pública, Marrero explicou que, para lidar com sucesso a essa situação, a Ilha possui, antes de tudo, uma equipe de Saúde e um povo com um caráter laborioso, disciplinado e indomável, que todos os dias é capaz de superar os grandes desafios e excessos criminais do governo dos Estados Unidos.

Além disso, o país também criou um medicamento, o ‘Interferon alfa 2B’ (IFNrec), produzido desde 25 de janeiro na fábrica cubana Chang-Heber, localizada na cidade de Changchun, província de Jilin, na China.

O ‘Interferon alfa 2B’ conseguiu curar mais de 1.500 pacientes e é um dos 30 medicamentos escolhidos pela Comissão Nacional de Saúde da China para curar a condição respiratória.

“O interferon alfa 2B tem a vantagem de que, em situações como essa, é um mecanismo para se proteger e seu uso impede que pacientes com a possibilidade de agravar e complicar cheguem aao estágio de pneumonia e, finalmente, tenham a morte como resultado”, disse Luis Herrera Martínez, consultor científico e comercial do grupo de negócios BioCubaFarma.

O grupo BioCubaFarma trabalha também no projeto de desenvolvimento de um antiviral cubano, o cigb 210, bem como de um candidato a vacina para submetê-lo à consideração da China.

Como já foi dito, não há casos do Corona Vírus em Cuba até o momento, mas as possibilidades estão presentes, apesar de ser uma nação organizada, que tomou muitas precauções e possui um forte sistema de saúde, a decisão do governo cubano é de não baixar a guarda e distribuir diariamente informações a população sobre o Covid-19.

Resta saber o seguinte:

Em frente aos desafios incomensuráveis, em meio a uma estrutura de Saúde insuficiente para atender mais de 200 milhões de pessoas no Brasil, Bolsonaro abrirá mão do lixo ideológico que permeia seu "governo", e em respeito a população brasileira, recorrerá a Cuba, que praticamente está a nossa disposição e pode ser a nossa salvação?

Uma decisão acima de qualquer questão política, acima do vira-latismo e subserviência ao ianques praticados pelo governo brasileiro, pode evitar um massacre de brasileiros pelo Covid-19.

Com certeza, é da maior importância destacar que, o Corona Vírus não escolhe classe social, raça ou credo. Ele é altamente democrático e enfrenta qualquer ditadura matando a quem quer que seja.

Vai pra Cuba?

Bora...


Com informações do Granma


Crédito Tutaméia


O ministro da Justiça, Sérgio Moro, cometeu os crimes de abuso de autoridade, improbidade administrativa, prevaricação e formação de quadrilha durante sua atuação, como juiz, nos processos envolvendo o ex-presidente Lula e outros acusados no âmbito da operação lava Jato.

A afirmação consta de relatório da Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia exposto pela Professora e Jurista Carol Proner em plenária Lula Livre.

O documento explica as razões apontadas para aquelas qualificações criminais, a saber:

Abuso de autoridade: testemunhas são conduzidas coercitivamente, como no caso do Lula, sem o convite, sem intimação e não se negam a depor;

Improbidade administrativa: O funcionário público e o agente político, como é o caso do Moro, não pode do seu ato de ofício auferir vantagens. Moro, com o processo contra o Lula, eivado de nulidades, o afastou das eleições. E Bolsonaro eleito, escolhe Moro como ministro da Justiça e promete a ele um cargo para o Supremo Tribunal Federal;

Prevaricação: Ex. No caso João Santana, Moro retarda a denúncia do Ministério Público, deixando as peças sob o seu controle, sem enviar para o Supremo Tribunal Federal;

Formação de quadrilha: com a constituição de uma instituição que inicialmente tinha capa de viés pedagógico, mas no fim almejava auferir lucros. Portanto, a cada vazamento, essa questão de palestras, de pagamentos se torna mais grave.

O documento também destacou que, para a sociedade brasileira, esses crimes, que já vinham sendo denunciados por advogados e apoiadores de Lula há muito, se tornaram mais claros e evidentes a partir das conversas e documentos divulgados pelo The Intercept Brasil. 

Segundo a ABJD, as consequências da Vaza Jato mostram que tudo o que vinha sendo denunciado, seja pela defesa formal dentro dos autos e em outras instâncias do poder judiciário (e até mesmo na ONU), seja pela comunidade jurídica em geral, passou a ser confirmado em notícias sequenciais que comprovam o conluio criminoso entre os setores do sistema de justiça (MP, Judiciário e PF) para levar o ex-presidente Lula à prisão e viabilizar o projeto de destruição nacional, evitando que concorresse às eleições de 2018 e possibilitando a vitória de Bolsonaro e o aprofundamento das mudanças políticas no país; As revelações têm ajudado a comprovar a grande farsa jurídica da Lava Jato e facilitado o trabalho de compreensão das razões de anomalia no funcionamento do sistema de justiça. 

Demonstraram tanto o conluio, como a cadeia de comando e vários crimes associados à disfuncionalidade de Moro, Dallagnol e outros atores.

O documento da ABJD também aponta a importância de manifestações de acadêmicos e juristas do mundo inteiro, que denunciam as irregularidades das acusações e de todo o processo contra Lula.

Diz o texto:

“De todas as manifestações internacionais no contexto da luta pela liberdade de Lula, o mais impactante diz respeito aos 13 juristas europeus, incluindo advogados, ministros de cortes superiores e grandes especialistas em combate à corrupção, entre os quais os referenciados por Deltan Dallagnol como suas máximas fontes (o casal Ackerman, ligados ao Ministro Barroso): “é um preso político. Tem de ser libertado e seu julgamento tem de ser anulado.” (…) “As recentes revelações do jornalista Glenn Greenwald e sua equipe derrubaram todas as máscaras. A investigação e o julgamento de Lula foram tendenciosos desde o início. Sergio Moro não só conduziu o processo com parcialidade como comandou de fato a acusação, desafiando as regras de procedimento mais fundamentais no Brasil” (trecho do manifesto).

“O manifesto cobra diretamente a postura da Suprema Corte e das autoridades brasileiras instadas a corrigir o que chamam de gravíssimas irregularidades: “O Supremo Tribunal Federal tem agora o dever de retirar todas as consequências destas gravíssimas irregularidades que conduziram a uma condenação injusta e ilegal e, consequentemente, libertar Lula e anular a sua condenação. As autoridades brasileiras devem tomar todas as iniciativas necessárias para identificar os responsáveis por este gravíssimo abuso de procedimento”.”

A ABJD criou a campanha #MoroMente, que tem como foco explicar as mentiras que Moro pratica para justificar sua parcialidade e, portanto, tem foco nos processos que deverão julgar, por parte do STF, a falta de imparcialidade.

E conclui: “Aparentemente há um entendimento cada vez mais estável a respeito dos abusos e disfuncionalidades do juiz que atuou como acusador”.

Com informações do site Tutaméia





A Revista Caros Amigos, edição mensal foi lançada em São Paulo em abril de 1997 pela editora Casa Amarela. 

Foi minha principal condução para o perfil pessoal e de comunicação que possuo hoje.

Foi concebida por Sérgio de Sousa, Roberto Freire, Jorge Brolio, Francisco Vasconcelos, José Carlos Marão, Alberto Dines, Hélio de Almeida, João Noro e Matthew Shirts. 

A edição de estréia, com o jornalista Juca Kfouri na capa, teve tiragem de 50 mil exemplares.

Com poucos anunciantes, a revista desde o início sobreviveu das assinaturas e da venda de publicações da editora Casa Amarela, da qual alguns de seus editores eram sócios. Em 2002 eram 18 mil assinantes, e em 2009, em torno de nove mil. 

Uma das características que a diferenciaram das demais foi o fato de que a maioria dos autores não recebia pela colaboração e tinha independência para escolher os temas abordados nos artigos. Não havia pauta, com exceção das entrevistas, carro-chefe do periódico. 

Segundo Sérgio de Sousa, a intenção inicial era criar um veículo para se opor ao “pensamento único” que reinava na imprensa durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. A revista se caracterizaria, assim, pela independência de “patrões ou capitalistas”.

Os princípios da revista: “jornalismo crítico, de qualidade e independente, claramente comprometida com a luta democrática e popular”, não foram suficientes para garantir anunciantes nos padrões da grande mídia.

Uma ampla gama de intelecutais e ativistas de expressão nacional e internacional já colaborou com a publicação, entre eles Frei Beto, Eduardo Suplicy e Fidel Castro.

Em dezembro de 2017, a Caros Amigos não suportou as agruras de um cenário político fascista e golpista e fechou as portas para minha tristeza e de muitos que beberam nessa água límpida e cristalina.

Sua melhor fase foi nos seus primeiros 10 anos, e como assinante que fui da Caros Amigos, tenho os exemplares mais raros com matérias em que, se somente alterasse o nome dos personagens políticos da época para os de hoje, não seriam datadas e passariam  tranquilamente como se fossem registro dos temas atuais.

Pensando nisso, à partir de 12 de março, vou republicar no blog, uma série de reportagens e entrevistas com fotos que foram publicadas na revista desde o ano de 1998, para debater e comparar com os acontecimentos políticos no Brasil de hoje. 

O nome desta série será “Revisitando Caros Amigos”.

Vamos nos divertir!




Documentos confidenciais do governo do Reino Unido revelam que a ditadura brasileira atuou para abafar uma investigação de corrupção na década de 70. O caso aconteceu durante os governos de Médici (69-74) e Geisel (74-79) e envolvia a compra de fragatas construídas pelos britânicos. 

Os documentos apontam que os britânicos queriam investigar uma denúncia de superfaturamento na construção dos navios que foram vendidos ao Brasil. Eles também se ofereceram para pagar uma indenização de 500 mil libras, cerca de R$ 15 milhões atualmente.

Os militares, no entanto, recusaram a ajuda dos britânicos e abriram mão do valor oferecido como indenização. A resposta foi recebida com surpresa pelos britânicos que relataram em documento: "Os brasileiros claramente desejaram manter o assunto de forma discreta~", e complementaram: "É evidente que eles não gostariam que mandássemos um time de investigadores e não iriam colaborar com um, se ele fosse".

O responsável pela descoberta dos documentos foi o pesquisador brasileiro João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que teve acesso aos arquivos da diplomacia britânica no período da ditadura. Ele também é autor do livro "Segredos de Estado: O Governo Britânico e a Tortura no Brasil (1969-1976)", em que revela a cumplicidade do governo britânico com a tortura no Brasil.

Histórico
A denúncia feita por Martins Filho é ligada a um acordo entre Reino Unido e Brasil, firmado em 1970, para o fornecimento de seis fragatas. Quatro seriam construídas na Inglaterra e duas no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro.

Cada fragata tinha 129 metros de comprimento, capacidade para tripulação de 209 pessoas e raio de ação de até 4200 milhas náuticas. Elas continuam em uso sob os nomes Niterói, Defensora, Constituição, Liberal Independência e União. As duas últimas foram as construídas no Brasil.


A investigação apontou que o estaleiro Vosper, localizado no sul da Inglaterra, pedia desconto aos fornecedores, mas emitia notas com o valor integral. Ao se tornar dono do estaleiro e descobrir a irregularidade, o governo britânico entrou em contato com o Brasil. Ao saber que os generais preferiam que o assunto "fosse deixado de lado"os ingleses ficaram perplexos.

Com informações da Folha

O combate à corrupção foi uma das bandeiras do golpe de 1964. Assim que assumiu a presidência, Castelo Branco prometeu acabar com a corrupção. 

Mera semelhança com Bolsonaro?

Castelo tinha melhores intenções que seu colega atual. Mas não conseguiu ter sucesso.

A Comissão Geral de Investigações (CGI), criada por ele e que investigava opositores ao regime e corruptos não deu certo. Primeiro porque, os corruptos já estavam inseridos na Comissão, adaptados ao regime e ao sistema político que se instalou.

E os opositores perderam direitos políticos, a liberdade e posteriormente a vida.

Ao afirmar que “O problema mais grave do Brasil não é a subversão; é a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”, Castelo Branco assumia que o golpe militar tinha muito mais raízes na corrupção do que se pensava.

Na verdade, todo e qualquer discurso contra corrupção no Brasil que derrubou governos foram promovidos por corruptos, militares ou não. E isso inclui, é claro, o golpe parlamentar/jurídico/midático de 2016.

Ideologia é só disfarce.

O próprio Geisel utilizou a “corrupção das Forças Armadas” como uma das justificativas para iniciar a “abertura” política e afastar os militares do poder de Estado. Muitos outros militares e civis foram alvo de denúncias(sempre abafadas) durante o regime militar.

Os militares não tinham interesse em deixar vazar casos de corrupção que envolviam seus aliados ou colegas de farda. Impedir a publicação de notícias sobre a corrupção era parte da estratégia de segurança nacional.

Mera semelhança com Bolsonaro?

Mesmo assim, alguns casos se tornaram notórios e fartamente documentados, e até foram investigados oficialmente. Superfaturamento, desvio de verbas, desvio de função, abuso de autoridade, tráfico de influências. Tudo isso já era bem conhecido no Brasil da ditadura.

E agora, generais de pijama ligados ao clube militar e a ala hegemônica do conservadorismo maçônico querem reeditar o golpe de militar de 64. O primeiro alvo é sempre o Congresso.

E quem tenta arrastar os estrelados da reserva para essa insana aventura são, como já sabemos, o presidente Jair Bolsonaro e o General Heleno.

A principal questão é que o discurso anti-corrupção do Bolsonaro e General Heleno não cola mais.

Heleno foi condenado pelo TCU por corrupção, acusado de assinar contratos irregulares no valor de 22 milhões.

Bolsonaro está envolvido em várias denúncias de corrupção, com o assassinato de Marielle e as milícias cariocas.

É insana aventura, porquê apesar de semelhanças, o Brasil de 64 não existe mais. Nessa época o país tinha 80 milhões de habitantes com uma população conservadora muito maior em termos proporcionais.

O Brasil de 2020, tem mais de 200 milhões de pessoas, e apesar de algumas teses em contrário, fato é que não existe mais maioria conservadora efetiva.

Essa fatia se divide com liberais e progressistas e a onda conservadora das eleições de 2018 foi um fenômeno temporal e pontual. Em 2020 já temos um claro e esmagador arrefecimento dessa onda.

Claro que é que a extrema direita de Bolsonaro e Heleno no Brasil só se mantém entre seus fanáticos que não chega a 23% do eleitorado.

Além disso, temos hoje recursos tecnológicos e online que igualam essa briga na guerra da informação.

De certo modo as disputas políticas têm mais paridade, claro, se as tecnologias são bem aproveitadas. As próprias eleições de 2018 comprovaram isso, mudando definitivamente o campo de batalha político.

Mas lúcido é que, se Bolsonaro e Heleno insistirem em um autogolpe, não haverá apoio de maior parte da população. Sendo assim, apoiado por uma minoria, o regime só poderá se manter pela força.

E dado as configurações tecnológicas e possibilidades armamentistas dos tempos atuais, um regime ditatorial de minoria será rechaçado com uma sangrenta reação, como nunca houve no Brasil a um regime autoritário e que integrará todas as classes sociais.

Esse conflito será um caldeirão explosivo com grupos organizados de esquerda, um povo dividido, milícias, Tráfico de drogas, militares das FA e forças auxiliares, ajuda internacional para ambos os lados e voluntários estrangeiros para as forças de esquerda.

O Brasil será palco de uma carnificina fratricida.

Insana e sanguinolenta aventura!

A famosa crença popular de que o brasileiro é de paz perdeu a validade há décadas.

É esse o fator preponderante que fará um possível golpe militar de 2020 ser muito diferente do golpe militar de 64.

Eu pessoalmente não creio no sucesso das manifestações de 15 de março em termos de número, mas a milícia das fake news do clã Bolsonaro procurará inflar o comparecimento de pessoas e intensificar o confronto com o Congresso.

Por isso a Democracia tem que ir as ruas levada pelo povo brasileiro, à partir deste dia 18. Temos que acordar. Enquanto ainda podemos ir as ruas com relativa liberdade. Temos que acordar. O monstro do fascismo já despertou há tempos e não dorme um minuto.

Um golpe militar neste momento mergulhará o Brasil nas trevas e num mar de sangue do nosso sangue.

Deus nos livre.

E livrará.

E nós... nas ruas é que vamos resolver.