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Poucas pessoas do meu círculo atual sabem, mas nos anos 90 tive um sebo/livraria no Rio de Janeiro. Era uma época difícil e a feliz solução foi trabalhar com algo que sempre amei.

Livros.

Portanto, tenho uma ligação com livrarias que vai além do intelectual e cultural, atingindo totalmente o meu emocional.

Meus sebos ficavam na rua São Clemente em frente ao Cine Estação Botafogo, na UERJ e na UniRio, que ficava na Urca e na época o Pinguelli Rosa era figura proeminente na Reitoria. E salvo engano, foi mesmo o Reitor da nobre instituição.

Minha livraria, a Orelha de Papel (era sua alcunha, quase uma entidade viva), possuia uma carteira de mais de 6 mil livros usados, raros, antigos e históricos. Vendia livros novos também, principalmente os que eram necessários as disciplinas das faculdades.

Para meu prazer, foi uma época profícua em títulos literários e que eu, ávidamente devorava em 3 dias no máximo. Muitas belas recordações, amores e amizades inesquecíveis.

Para minha infelicidade, todas essas lembranças foram reavivadas em minha memória quando acordei hoje pela manhã. Infelicidade, porque as lembranças foram reavivadas por uma das notícias mais tristes que tive nos últimos tempos, depois do falecimento de minha genitora no dia 26 de março deste ano e do incêndio do Museu Nacional (a ordem é organizada pela importância do evento e não pela cronologia).

A livraria Belle Époque, tradicional livraria e sebo do Méier, na zona norte da capital fluminense, sofreu um incêndio na noite desta quinta-feira (21/7), em que tragicamente foram consumidos pelas impiedosas chamas, milhares de títulos valiosíssimos e raros.

A livraria que visitei em 2014 quando retornei a cidade, é reduto de escritores periféricos no Rio e espaço de encontros literários e feiras.

Ninguém ficou ferido. Somente os nossos corações.

As chamas que queimaram dez mil livros, discos, cds e antiguidades foram registradas pelo livreiro Ivan Costa, 41, proprietário do espaço, em um vídeo postado nas redes sociais.

"Acabou tudo. Pegou fogo. Meu sonho acabou", disse, aos prantos, ao filmar o incêndio. "É uma dor gigante. Queimou um sonho para mim. Estou com a face inchada de tanto chorar", afirmou à reportagem, na madrugada desta sexta (22).

Entre as antiguidades destruídas estão bilhetes da época da transição do trem a vapor para o trem elétrico, um fato histórico para o subúrbio carioca.

Foram queimados, entre outros, exemplares sobre críticas e estudos literários, alguns deles dedicados ao escritor Machado de Assis, uma espécie de símbolo da Belle Époque.

Em 2020, a foto de um anúncio da livraria foi compartilhada por milhares de pessoas: "Temos Machado de Assis proibidão", dizia o texto em um quadro na entrada do estabelecimento. Era uma ironia à tentativa da Secretaria de Educação de Rondônia de recolher livros de escolas públicas por considerá-los inadequados para crianças e adolescentes. Entre os autores que faziam parte da lista proibida estava Machado de Assis.

Não dá para negar que passou pela minha cabeça, e talvez de muitos outros amantes da literatura, o fato de que o incêndio tivesse sido criminoso, em tempos que tudo que é ligado a cultura é alvo da sanha e da violência bolsonarista, e claro, tinha uma placa com o nome de Marielle bem na frente. 

Mas Ivan acredita que o fogo começou na fiação, pois na quinta um ventilador queimou, o que leva à suspeita de que havia algum problema nas instalações elétricas.

O destino quando trágico, em muitas vezes é inexplicável e de difícil compreensão.

Inevitável me perguntar, com um sentimento de fatalidade e tristeza, porquê em época de desvalorização dos livros no Brasil e superestimação dos clubes de tiros, uma realidade que já tem gerado muita violência, a fatalidade escolhe devorar justamente uma (maravilhosa e simplesmente única) livraria, até restar somente cinzas.

Que a restauração da livraria Belle Époque seja emblemática em tempos atuais, seja significativa, seja simbolizando os bons tempos que serão restaurados, ainda melhores, na vida do povo brasileiro.


Esse texto do Makely Ka, músico ligado a produção cultural e gestão pública em MG, é muito interessante e trata da suposta polêmica criada por alguns personagens já carimbados, com a eleição de Gilberto Gil, na Academia Brasileira de Letras.

Um texto que abre caminhos para um debate histórico num patamar bem elevado. Não quero ter a pretensão de estar nesse patamar, mas creio que devo me colocar num posicionamento que tenho refletido desde a eleição da Grande Fernanda Montenegro e do Mestre e Sábio Gilberto Gil para a Academia Brasileira de Letras.
Coincidentemente, essa minha reflexão leva exatamente a uma afirmação do autor compartilhado aqui e que me motivou a escrever o porque da minha discordância a somente este ponto do texto do autor compartilhado aqui, o Makely Ka. Em determinado momento, já quase finalizando o autor afirma não levarmos tão a sério a condição de imortal da ABL, Gil como artista já se fez imortal. Nesse ponto concordo, mas quanto a não levar a sério a condição eletiva de imortal da ABL, especificamente discordo.
Explicarei o porque, mas recomendo que leiam primeiro o texto do autor, para depois irem ao meu texto. E assim terem uma ideia exata do que foi o ponto de discordância e opinarem sobre este ponto.
Agradeço de antemão a paciência para ler. Mas para quem fala, escreve e discorre sobre literatura, com certeza, ler estes textos não serão um fardo pesado de se carregar.
Vamos lá. Tenho plena convicção da importância e da condição séria de pessoas como Fernanda e Gil terem entrado para ABL, constando um perfil totalmente diferente em muitas décadas dos escritores que têm sido levados a serem os tão falados imortais.
Mas esperem, não falo em levar a sério o ingresso na ABL por causa de ilustre literatos colocados na condição de imortais e ou por essa supostamente ser uma posição ápice e exclusiva de qualquer escritor brasileiro que, por assim dizer, chegou ao topo.
Não, para mim, isso sim é uma grande bobagem.
Falo sim e defendo essa seriedade, avisando que não irei abordar os perfis absolutamente diferenciados dos dois eleitos para a Academia, mas claro que pelo fundamental fato, sendo já redundante, de que a Academia foi fundada por um negro. O grande e merecidamente imortal Machado de Assis.
E apesar disto, somente depois de mais de um século, é que Gil é o segundo negro na composição dos imortais da Academia.
O que é muito pouco numa instituição literata fundada por um negro num país de muitos escritores e poetas negros, inclusive mulheres, tendo na minha opinião, um exemplo como Carolina Maria de Jesus, catadora de papel que ficou conhecida nos anos 60, depois do lançamento de “Quarto de despejo”, um diário sobre a vida numa favela brasileira, como a mais alta representante do gênero, já que na tese dos acadêmicos seria inviável sair do meio em que originou Carolina, uma escritora.
Inclusive Carolina foi discriminada em um debate na própria ABL, nos anos 80 do séc. XX, sendo afirmado ali que se ela fosse considerada escritora, qualquer um poderia ser. Ora, e não é isso mesmo? O próprio Makely Ka afirmou isso nas entrelinhas em seu texto. Quantos escritores no mundo de origens inviáveis são cults, colocados nos pedestais dos grande escritores mundiais? Tenho vários que poderia nomear aqui. Mas o texto já está ficando longo.
Além disto, O namoro entre Gil e a academia é antigo.
Em 1996 Gilberto Gil lançou o livro “Todas as Letras”, sua primeira obra. A coletânea de composições o fez atender um dos pré-requisitos para que pudesse disputar um assento na ABL: ter ao menos um livro publicado. E Gil, foi a expressão pura do que o autor do texto abaixo afirma.
Da música saiu as palavras, os fonemas e por fim a literatura. Na minha opinião, o que não deve ser levado a sério é a polêmica em torno disso, promovida obviamente por aqueles personagens que se acham donos da cultura, da intelectualidade e do pensamento brasileiro.
Por uma estranha "coincidência", todos brancos. Por isso, sim levemos a sério a ABL, para que suas origens não sejam mais esquecidas e ela continue dominada por uma classe dominante que absolutamente não a concebeu e hoje se apropria da Instituição como se fosse de direito divino e é assim como tem sido por praticamente um século ou mais.
É somente mais uma opinião de um branco. Tenho muito orgulho de vários da minha etnia que representam muito bem a nossa cultura, e nenhum orgulho de muitos. Mas tenho muitos orgulhos de músicos, atores, literatos, artistas plásticos e poetas negros que representam não apenas a cultura negra, mas a diversidade cultural brasileira, por que é exata a minha afirmação de que mesmo nas artes de origens brancas, não houve pudores aos negros de se manifestarem nelas e mostrarem ao mundo com muita dedicação e amor a diversidade cultural de nosso querido, sofrido, espoliado e escravizado Brasil, um país que também foi feito por eles a um preço de sangue e mortes que a história não deixa ficar enterrado e esquecido. E nem deveria, jamais!
E é sabendo disso que afirmo e reafirmo, mais um negro na Academia Brasileira de Letras é coisa séria e é um resgate de uma instituição que tem que ser regida pela força mandatária da cultura popular brasileira, que é a cultura que rege nossa identidade.
Com todo respeito, Makely Ka. Link do texto de Makely Ka https://www.facebook.com/photo?fbid=10159605445177974&set=a.10150175492247974

Eu assisti Mariguella, do talentoso Wagner Moura.

E voltei a minha infância. Voltei dos 5 aos 6 anos de idade.
Minha mãe nos criou com um certa independência para se locomover nas ruas desde tenra idade. Sabíamos atravessar as ruas e ir a pré-escola sozinhos. Uma época, em tese, em que existia uma falsa sensação de segurança.
Era ditadura. Com a censura, não se sabia de maiores perigos.
Mesmo assim vi coisas e tudo que eu via desde muito novo me ficou gravado na memória. Lembro de coisas que me aconteceram aos dois anos de idade. Sei porque, quando falava das minhas memórias, minha mãe ou meu pai, me diziam a idade que eu tinha.
Eu descia a rua da minha casa no final dos anos 60 para comprar pão na padaria. Naquela época se consumia mais o pão chamado bengala ou filão que era o pai do pãozinho francês como conhecemos hoje, apesar do pão francês que nunca foi da França, já existir no Brasil, desde poucos anos antes da Primeira Guerra Mundial.
Pois então, no final da rua, havia uma banca de jornal, a banca do Toninho, em que eu parava já naquela idade para ver as manchetes. Já sabia ler desde os 4 anos de idade, incentivado por minha mãe e amava ler.
Era comum ler nas manchetes de primeira página da Notícias Populares, jornal sensacionalista e sangrento, a morte de "terroristas", lembro de ter lido o nome Marighella ali, soube da morte de Elvis Presley ali, entre outras notícias que marcaram a década de 60 e 70.
Para completar esse cenário, nos anos mais terríveis da ditadura militar, eu morava atrás de uma delegacia de polícia em que havia gritos e berros horripilantes dias e noites inteiros.
Não entendia o que acontecia dentro destas delegacias. A contradição era que anos depois, já adolescente, comprava maconha dentro do próprio distrito policial, no final dos anos 70, ainda em plena ditadura militar, numa época em que ser maconheiro e cabeludo era o pior dos crimes depois de ser comunista.
Assistindo Marighella, lembrei que meu pai foi preso pela Ditadura, porquê comprou por engano um Chevrolet 58 preto, meio mafioso, que havia sido usado por células urbanas da guerrilha de esquerda. Ele não sabia e muito menos fazia o perfil de um esquerdista ou alguém simpatizante com a guerrilha no Brasil.
Era um homem pacato, não se manifestava politicamente, e ficou 8 horas no pau de arara dentro do prédio do Deic, sendo torturado para confessar algo que ele nem entendia ou sabia que existia.
Assim aparentava ou é o que eu sei.
Sua sorte, foi que um cunhado de minha mãe, casado com minha tia, o Tio Ivan era Inspetor da Polícia Civil e matador conceituado dentro da corporação e convenceu seus inquisidores a soltarem meu pai. Conseguiu sair com vida, depois de quase morrer por nada do que sabia.
Fui da Força Aérea ainda na ditadura militar, e sempre tive uma postura de liberdade política e de expressão. Fui detido lá algumas vezes por causa disto. Mas era só. Diziam que era coisa de artista, já que eu também fui músico da Banda Sinfônica da FAB.
Mas...
Eu assisti Marighella e percebi que o passado vive em mim.
Vive nas minhas memórias, vive na realidade política brasileira, vive nas casernas, vive na pobreza e na fome, vive na violência, tortura e assassinato praticados pelo estado, vive na classe média fascista, vive no pobre de direita e finalmente no desmonte do país subserviente novamente a política externa dos EUA.
Teve momentos tão dolorosos no filme que eu pensei: Esse filme está acabando com minha verve revolucionária.
No final do filme, um diálogo que considero fundamental, depois que Marighella, o "preto", totalmente desarmado, foi assassinado (aliás, como a maioria dos pretos assassinados no Brasil) pelo sanguinário delegado Fleury, cujo nome nem é mencionado no filme, o "branco", baseado em Joaquim Câmara Ferreira, morto no pau de arara da foto, e que era o mais próximo do "preto", recebe de seu torturador a notícia da morte do líder da ALN:
-Mataram teu amigo, vocês perderam!
O "branco" somente responde:
-Não. Vocês perderam!
Entendi nessa resposta que sim, "Nós perdemos"! Tanto os cães raivosos que mataram e assassinaram na ditadura militar pelos EUA, quanto a sociedade conservadora que fechava os olhos pra ditadura, os revolucionários perderam paras as prisões, torturas e assassinatos junto a falta de estrutura da guerrilha, mas também a falta de união das esquerdas institucionalizadas no Congresso. Enfim, todos nós os brasileiros perdemos.
Do outro e desse lado do balcão.
O Brasil perdeu!
E continuamos a perder.
-Com as ruas de 2013 manipuladas pelos magnatas texanos do petróleo
-com as pautas bombas lideradas pelo mafioso Aécio Neves e seus asseclas antidemocráticos no Congresso, logo depois das eleições de 2014, contra a presidenta reeleita Dilma Roussef
-com o golpe midiático/jurídico/parlamentar contra essa mesma presidenta em 2016
-com o desmonte dos Direitos Trabalhistas realizado pelo ex-vice presidente e sucessor golpista, traidor e corrupto Michel Temer
-com a ascensão do fascismo moreno de Bolsonaro, promovido pela classe dominante e escravista em 2018, com o apoio da extrema direita estadunidense e mundial, jogando Lula na cadeia e o tirando das eleições
-com o desmonte do Estado Social e de Direito também promovido por este mesmo Bolsonaro
-com o genocídio de mais de 630 mil mortes que poderiam ter sido evitadas, também tendo como o principal responsável o governo Bolsonaro e que ainda não terminou.
-e continuamos a perder novamente e repetidamente com a desunião, disputas egoístas de egos e vaidades da esquerda brasileira.
Estou cansado de viver neste eterno loop temporal, cujo passado histórico se recusa a nos deixar e se torna cada vez pior.
E ainda, estamos todos esperançosos que Lula vai ganhar a eleição.
Vai sim.
Se não o matarem antes. Se novamente não o prenderem antes. Se não derem novamente um golpe militar.
Estou cansado de um passado que insiste em se tornar presente.
E que presente de grego!
Estou cansado de perder!
Até quando vamos assistir de novo, presos eternamente neste loop temporal, a nossa derrota a cada século, a cada década ou a cada dia?
Até quando?
Quando reagiremos e então finalmente, iremos mandar este loop insistente e maléfico, as putas que o pariram?
Eu assisti Marighella e ainda sinto o passado dentro de mim.



Um dos grandes nomes do Rock brasileiro com sotaque carioca, o roqueiro e guitarrista Di Castro, que por décadas foi confundido com o próprio "Sangue da Cidade" (Dá mais um!), banda que marcou época nos anos 80 e 90, lançou a música "Genocida". A expressão, colada à imagem do presidente Bolsonaro, fala sobre as mortes durante a pandemia e a crise de saúde que já matou mais de meio milhão de brasileiros. Num verso da música fica claro o endereçamento da composição é o Palácio do Planalto: "(...) ignorância ou então má fé, negacionista é o que ele é! o que ele fala nunca foi verdade, é um crime contra humanidade!(...)

Eis a letra completa:



GENOCIDA

Não se importa com quem vai viver,
nem se importa com quem vai morrer.
Doutor morte é a raiz do mal,
está dando a solução final.

ignorância ou então má fé,
negacionista é o que ele é!
o que ele fala nunca foi verdade,
é um crime contra humanidade!

Pisa nas poças de sangue,
que escorre nas calçadas
e uma das poças de sangue
escorre da sua casa!

GENOCIDA! GENOCIDA! GENOCIDA!
GENOCIDA! GENOCIDA! GENOCIDA!
GENOCIDA! GENOCIDA! GENOCIDA!




Por Fábio Lau
Conexão Jornalismo


 


Existe um lugar no Centro Histórico de João Pessoa que poucos conhecem e que é considerado um dos melhores cafés e restaurantes do Nordeste. Fica no prédio que se localiza a rádio Sanhuá, que com certeza já ouviram e o portal S1, mas será que todos sabem onde fica? 

Pois, fica em um dos melhores lugares para se ver o pôr do sol em João Pessoa. Em frente a Catedral da Nossa Senhora das Neves. 

É numa casa linda, que parece saída de uma revista de Casa e Decoração, reformada e decorada sob o comando de Jussara Moreno, que é localizado o Bistrô 17. 

O Bistrô 17 hoje tem um cardápio exclusivo com uma carta de bebidas que atende a todos os gostos, além claro, de ter um dos cafés expressos do mais alto gabarito da cidade de João Pessoa. 

Com toda estas qualidades a casa resolveu investir em música instrumental uma vez por semana. Jussara está lançando o projeto “Sax em Quinta no Pôr do Sol”, em ritmo de happy hour para incrementar o maravilhoso pôr do sol que a natureza dotou a região. 

Quem irá conduzir musicalmente o projeto será o músico DJSax Mariotti,que além de jornalista e programador, é saxofonista e já montou e programou mais de 500 trilhas de instrumentos digitalizados com arranjos formatados por ele mesmo, criando um repertório personalizado de todas as épocas e para todas as faixas etárias. 

O Projeto “Sax em Quinta no Pôr do Sol” será realizado as quintas-feiras no Bistrô 17, à partir das 17h00 até as 19h30, horário em que você poderá degustar junto com boa e diferenciada música um cardápio exclusivo e uma carta de bebida excepcional, com aprática de segurança de todos os protocolos que a pandemia e a lei exige. 

Nesse quesito, a casa conta com variedades de espaços abertos e mesas devidamente distanciadas, além dos talheres e louças de uso comum com a adequada higienização que sua saúde merece.

É mais um espaço exclusivo de cultura que a cidade disponibiliza para aqueles que tem prazer em desfrutar bons momentos com boa música. 

O telefone de contato, já para reservas é 83 99913-1707 e vale muito a pena não perder essa excelente oportunidade de sair de casa, ouvir boa música, comer bem e com segurança para você e sua família.

Divirta-se! Vá ao Bistrô 17 que fica na  Rua Conselheiro Henrique, 17, no Centro Histórico de João Pessoa.

E é com certeza um dos mais belos lugares com muita história da Capital paraibana.
  






A Live de lançamento do livro “Luta antifascista em tempos de pandemia” foi um sucesso de debates e exposições dos autores que fazem parte da coletânea de textos progressistas organizados por Washington Rocha.

O Livro contém 9 textos de 9 autores, em sua maioria presos e torturados pela Ditadura Militar, que novamente se mobilizam e vão de encontro a luta contra o fascismo tropical protagonizado pelo presidente Jair Bolsonaro e os militares que compõe o governo.

Com o lema “Em Defesa da Democracia”, o grupo é repleto de ilustres cidadãos da Paraíba e Pernambuco, com alguns radicados em Brasília, e que insistem em ir contra a tese de que o regime de 64 não torturou pessoas. 

E com razão, afinal a maior parte de seus integrantes foram presos e torturados pela ditadura e por incrível que pareça para muitos, também de ex-militares pró democracia que serviram as Forças Armadas na ditadura. Nesses eu me incluo também.

No livro estão textos de jornalistas, professores, ex-líderes de movimentos sociais e filósofos. Textos fundamentais, que baseados em experiências passadas, esclarecem sem meias palavras os tempos sombrios e obscuros que estamos vivendo atualmente no Brasil.

O Grupo “Em Defesa da Democracia” continuará sua luta com mais livros, mais lives com entrevistas e um grande site para expor as opiniões de cidadãos democratas e progressistas, que viveram a ditadura ou não, cujo maior objetivo é enfrentar Bolsonaro e seu grupo bovino fascista, em cujas vísceras formadas de intolerância e racismo existe incubado, um grupo global que busca aos trancos e barrancos, a implantação de uma fascismo planetário.

E voltando ao livro “Luta antifascista em tempos de pandemia”, o mesmo já está disponível aos interessados no Sebo Cultural, em João Pessoa, ao lado do Liceu Paraibano.

O livro expões nove novas perspectivas analíticas sobre Bolsonaro em textos que valem a pena ler e transmitir. 

É importante lembrar que quem estiver residindo fora da Paraíba, também pode adquirir o livro em pdf, com Washington Rocha pelo telefone 83 99672-9960, que será enviado por e-mail.

Divirtam-se. Ou não.



Amigos, amigas e leitores simpatizantes. Como todos sabem, essa pandemia parou 60% da economia principalmente na área de serviços. 



Como jornalista, programador e publicitário estou desempregado, minha pequena empresa está com todos os contratos suspensos e para não ficar melhor, não tenho direito a aposentadoria ainda. Uma falha dos arroubos da juventude. 

Afinal sou um artista e a maioria dos artistas pensa apenas no aqui e agora. E se foi assim comigo, não será diferente daqui pra frente, já que a esta altura da vida pensar no futuro, que não seja aguardar a minha aposentadoria em seu devido tempo é um gigantesco eufemismo bem humorado. 

Porque é assim que sou. 

Bem humorado, irônico e por vezes sarcástico comigo mesmo. 

Mas sou uma artista, sou um músico, saxofonista e violoncelista por dom divino a mim concedido. Foi um presente e que me coloca num patamar privilegiado que está acima dos valores das riquezas terrenas. 

Mas não sou rico, não tenho fundos de investimento, só tenho a mim e o meu trabalho para bancar a minha sobrevivência. Como sou Cristão evangélico por convicção, pensei até investir na carreira de Ministro do Evangelho, o que seria bastante legítimo, já que sou convicto e por tabela garantiria uma boa aposentadoria. 

Não quis. O Evangelho para mim é um modo de vida, uma profissão de Fé que vai além desta vida terrena para a conquista da imortalidade da alma e do corpo em outros lugares deste Universo, segundo o Evangelho de Jesus Cristo. 

Portanto, tenho que lutar e tornar minha sobrevivência uma vivência até enquanto o Divino me conceder capacidade e condições físicas para isso. 

No momento, o que tenho são as notas e tons musicais do saxofone que podem me garantir esta vivência. E mais, possibilitar bons momentos musicais para a audiência, para os amigos, para os amantes da música, para o mundo! Meu nome artístico é DJSax Mariotti. 

Essa ID representa todas as trilhas digitais montadas exclusivamente para acompanhar os temas musicais no saxofone. Poderia ser chamado de playback, mas não tem a mesma formatação. São trilhas montadas digitalmente e exclusivamente, mas gravadas em mais de 55 instrumentos reais de bandas e orquestras em cada nota da escala, em cada efeito bocal, de arco, de cordas ou percussão e montados depois em cada melodia, sequência harmônica e arranjos que cada música exige.

Montei mais de 360 trilhas que tocam bandas e orquestras com tons reais e não digitais.

Por isso estou estreando nesta quarta-feira, 24 de junho, feriado no Nordeste, dia de São João, o Programa Tons de Sax. Inicialmente um programa gravado, ele é um Piloto que foi concebido originalmente para fazer parte de um programa de ajuda aos artistas da Paraíba pelo Governo do Estado. É um programa quase pedagógico em que eu toco meus saxofones acompanhando pelas trilhas digitais e conto a história de cada música.



Não fui selecionado e entendi que era injusto, já que sou um instrumentista profissional e que estava dentro das conformidades do programa social.

A maioria dos artistas beneficiados claramente não precisavam do auxílio, com algumas boas exceções, estas porque as conheço e sei da luta de cada uma, mas as outras são as mesmas figurinhas carimbadas que sempre e presentes em projetos culturais da gestão pública. Normal. O artista tem que estar. É a sua vitrine também.

O problema é que se tratava um projeto social para a Cultura, para o artista que precisa. E essas figuras estão sempre lá, de esquerda, de direita, tanto faz. O negócio é arrebanhar mais um dinheirinho público tirando de quem realmente precisa.


Após mais esta decepção com a gestão pública, que deveria fazer um projeto com alcance de maior magnitude e mais critérios, já que que sempre favorece os apadrinhados, resolvi dar continuidade deste programa na Internet para ver se consigo além de fazer o trabalho que mais gosto, monetizar isso de algum modo e eu possa sobreviver nessa triste época de pandemia horrível a assustadora. 


Aguardem!

Programa Tons de Sax. Um programa em que toco no sax e conto a história de cada música. 

Será as quartas feiras as 19h00 e aos sábados ao as 20h00. E lembrarei a todos vocês para me prestigiarem e curtirem o canal. 

Até lá! Até a próxima quarta! Programas Tons de Sax. Tá com tempo? Com certeza está!



Um dos grandes pensadores da Educação no país, ao lado de Anisio Teixeira e Paulo Freire, Darcy Ribeiro teria completado no último sábado 97 anos de idade. Embora "Imortal" da Academia Brasileira de Letras, Darcy nos deixou em 15 de março de 1997 quando exercia o mandato de Senador da República e escrevia livros para deixar para a história: O Povo Brasileiro, Diários Índios, O Brasil Como Problema e Noções de Coisas.

Darcy foi o grande criador da escola em turno integral no Rio de Janeiro em um período, década de 80, em que previra que o Rio se tornaria inviável caso os jovens daquela época não tivessem acesso a um ensino de qualidade:

- Ou educamos nossas crianças agora ou em 30 anos estaremos correndo de pivetes nas ruas.

Ele acertou: Corremos de pivetes nas ruas.

O programa dos Cieps foi desmontado pelo sucessor de Brizola, Moreira Franco, sob o argumento de que era caro:

- Cara é a ignorância - defendia-se Darcy.

O também professor, Chico Alencar, lembrou o dia de aniversário de Darcy: na sua página do Facebook.:

"Se vivo estivesse, #DarcyRibeiro estaria completando 97 anos. Ele também é autor da célebre frase: "A crise da Educação no Brasil não é uma crise, é um projeto". Para grande parte da população, a Educação brasileira fracassou. Mas para a elite classista e oligarca dominante, que deseja manter o povo alienado, submisso e manipulável, a precarizada educação direcionada aos pobres é um sucesso, pois cumpre com seu papel limitante e aprisionador.

Visionário, Darcy Ribeiro sabia, já nos anos 1980, o que o futuro nos reservava caso continuássemos trilhando este caminho perverso. Os Cieps são um dos grandes legados deste educador. Um projeto de nação com objetivo de levar Educação inclusiva, gratuita e de qualidade a todas as crianças. Esse é o Brasil que queremos. Seguimos na luta. Darcy Ribeiro vive em cada um de nós que eterniza seu legado!"

Minibiografia:

Mineiro de Montes Claros, caboclo namorador, Darcy Ribeiro passou mais de uma década vivendo com os índios brasileiros. Foi um dos grandes nomes do governo João Goulart e por isso acabou exilado após o golpe militar. No exterior foi responsável pela construção e instituição de universidades. É o maior criador de escolas da história do Brasil - ao lado de Lula. Foi considerado pela ONU uma das cem maiores inteligências mundiais do seu tempo. Diante do seu exílio, uma alta comissária da instituição disse a um dirigente brasileiro na ditadura:

- Imagino que o Brasil seja um celeiro de grandes cérebros, intelectuais, pensadores e cientistas. Para abrir mão de um homem como Darcy Ribeiro fico a imaginar o nível dos cidadãos que os senhores mantém por lá.

Fonte: Conexão Jornalismo




Morreu na madrugada de hoje (24), na capital paulista, aos 74 anos, o cantor e compositor Walter Franco. Há 15 dias o cantor sofreu um acidente cardio-vascular e passou por tratamento paliativo. O velório está sendo realizado na Funeral Home, em São Paulo, até as 19h. Em seguida, o corpo será levado para cerimônia de cremação no Crematório de Vila Alpina.

O mais bendito dos chamados malditos da MPB, Walter Franco era um paradoxo. Um artista tranquilo, sereno, sempre bem-educado, boa-praça, mas capaz de despertar polêmicas e reações furiosas. Como as estrondosas vaias que o consagraram em 1972, no Festival Internacional da Canção. Foi ali que apresentou "Cabeça", uma música adiante de seu tempo.


Franco nasceu em São Paulo e estudou na Escola de Arte Dramática, onde se formou. Sua carreira começou com a composição de trilhas para peças teatrais, como O Contador de Fazendas, dirigido por Dulcina de Moraes e Os Olhos Vazados, dirigido por Emílio de Biasi.

Ficou conhecido no período dos festivais com a primeira canção, Não se Queima um sonho, apresentada por Geraldo Vandré.

A música Cabeça, é uma música totalmente fora dos padrões da época, baseada em vozes superpostas e repetições de fragmentos da letra, quase incompreensível.

Em 1974, inaugurou outro procedimento que seria uma marca de seu trabalho. No show A Sagrada Desordem do Espírito apresentava-se só no palco, na posição da Flor de Lótus, com seu violão. Em 1975, participou do Festival Abertura, com a música Muito Tudo, em homenagem a João Gilberto e John Lennon.

Em 1976 lançou o disco Revolver, considerado uma obra prima, por ter uma musicalidade próxima ao rock. Em 1978 lança Respire Fundo, disco que teve a participação de mais de 200 músicos como João Donato, Sivuca, Wagner Tiso, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Lulu Santos, Geraldo Azevedo, entre outros.

No Festival da Tupy de 1979, apresentou a música Canalha e conquistou o segundo lugar. A canção aparece no disco Vela Aberta, lançado em seguida. Em 1981 participou do festival MPB-Shell, com a canção Serra do Luar, com arranjos de Rogério Duprat. Essa versão foi registrada apenas no disco do festival e a música fez grande sucesso posteriormente em uma gravação de Leila Pinheiro.

Em 1982 lançou o disco Walter Franco, e em 2000 Tutano, no qual apresenta um repertório inédito em músicas como Zen e Gema do Novo e Acerto com a Natureza (com Cristina Villaboim) , Nasça (com Arnaldo Antunes), Totem (com Costa Neto), além da releitura de Cabeça, Distancias e Muito Tudo e outras canções.

No mesmo ano recebeu uma homenagem com o documentário Muito Tudo, dos jovens cineastas Bel Bechara e Sandro Serpa , destaque da mostra de audiovisual do MIS (Museu da Imagem e do Som) e vencedor do Festival É Tudo Verdade. Em 2015, Franco comemorou 70 anos de vida e sua volta aos palcos e relançando o álbum Revolver, após 40 anos.


A cantora Márcia Felipe criticou a canonização da irmã Dulce pelo Vaticano. Os católicos ficaram furiosos com sua declaração.

A freira baiana Irmã Dulce foi canonizada pelo papa Francisco no último domingo, 13 de outubro, numa cerimônia realizada no Vaticano. A repercussão da celebração católica motivou críticas da cantora de forró manauara Márcia Fellipe, o que revoltou milhares de católicos nas redes sociais.

Numa cerimônia com presença de 50 mil pessoas, incluindo diversos brasileiros, o papa Francisco conduziu a canonização da freira Irmã Dulce na Praça de São Pedro. Agora, a religiosa católica, a quem foram atribuídos milagres, será chamada Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa da denominação romana nascida no Brasil.

O papa Francisco recebeu as relíquias de um total de cinco canonizados. Segundo informações do portal G1, a relíquia da Irmã Dulce entregue ao pontífice foi uma pedra ametista com um pedaço do osso da costela da santa.

Críticas

Márcia Fellipe, cantora de forró muito popular nas regiões norte e nordeste, comentou a canonização da Santa Dulce dos Pobres de maneira que causou celeuma com os fiéis católicos.

No Instagram, ela reconheceu o trabalho social da freira, mas deixou clara sua inconformidade com a atribuição de santidade à religiosa: “Ajudar o próximo, sim! Mas não faz nenhum ser humano ser ‘santo’. Santo só o senhor Jesus Cristo. Não se deixem enganar (leiam a Bíblia). ‘E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’. João 8:32”, escreveu a artista e empresária, citando o versículo bíblico que se tornou amplamente popular na campanha eleitoral para a presidência da República vencida por Jair Bolsonaro (PSL) em 2018.

A declaração de Márcia Fellipe foi recebida de forma negativa pelos usuários da rede social que seguem seu perfil. Entre muitas reações, houve quem partisse para agressões verbais.

“Ridícula, que falta de respeito. Quem é você para dizer o que é certo e o que é errado? Lê a Bíblia inteira e não sabe o significado de cada palavra. Sua leitura foi em vão. Leia novamente e compreenda as suas palavras, você não é digna de dizer nada. Respeite a religião dos outros. Não nos metemos na sua”, escreveu um internauta nos comentários da publicação.

“Herege”, afirmou uma seguidora. “Cadê o respeito pela religião dos outros?”, questionou outro.

Uma das pessoas fez menção ao esforço católico de consolidação da Bíblia Sagrada em um livro, séculos atrás: “Você só tem e diz que lê a Bíblia por conta dos católicos. Então, linda, não só leia e decore. Estude cada palavra”.

Até ataques de cunho pessoal foram feitos para deslegitimar a crítica feita pela artista: “Vive mostrando o corpo em todo lugar, essas músicas ridículas e vulgar e vem aqui comentar uma coisa dessas”, disse um. ”Respeite a fé das pessoas” e “Cante menos e estude mais a Bíblia meu amor”, foram alguns dos demais comentários, que se acumularam em centenas de críticas.

O que vcs acham, ela está correta na sua interpretação bíblica ou simplesmente faltou o respeito pela Fé alheia?

Fonte: Portal Gospel Mais

Morreu nesta terça-feira 3, aos 89 anos, o sambista Elton Medeiros. Ele não resistiu às complicações decorrentes de uma pneumonia. Autor de refinadas composições, o cantor e compositor lançou em 1995 um dos discos mais importantes da música brasileira, o Mais Feliz (Leblon Records).
Ele não é apenas referencial pela qualidade, mas pela diversidade e o passeio na riqueza musical do País. Caso raro na história. É um disco para ser ouvido para sempre.
O disco abre com a faixa título Mais Feliz, de Elton, Carlinhos Vergueiro e Paulo César Feital. A melodia e a letra são de uma nobreza tamanha. Trata dos velhos tempos, dos bons tempos: “O sol vestiu terno de linho e chapéu panamá / E brilhou bem mais feliz / Quando Leila Diniz foi cabocla de Yemanjá”.
A segunda música é um clássico: Recomeçar, de Elton e Paulinho da Viola. Um dos sambas mais enigmáticos de todos os tempos.

Um choro entra na terceira faixa. Trata-se de Um Tema para o Tom. Aqui se explora a capacidade de criação de melodia por Elton, com uma sutileza de quem tem controle absoluto das notas musicais.
Em seguida vem outra obra-prima, dessa vez com Délcio Carvalho. A música chama-se Quando Amanheceu. Aqui evoca-se a plenitude da sofisticação no samba.
Na sequência, Elton mostra uma parceria com Hermínio Bello de Carvalho, a Folhas no Ar. Um samba dolente. Elton toca caixa de fósforo na gravação, que segundo ele não deveria estar cheia nem vazia para afinação ideal.
A sexta faixa do disco Mais Feliz é uma parceria com Eduardo Gudin. O Melhor Caminho mostra de novo a elegância do samba.
Depois descortina-se Coração Deserto. Samba canção cortante em que Elton faz um dueto com Regina Werneck, que compôs com ele essa música. Aqui, a emoção vai à flor da pele. Se o ouvinte não entendeu a grandeza da letra e melodia, jamais entenderá a verve da música brasileira.
O disco segue com Folha Virada, uma parceria com Afonso Machado, idealizador e diretor musical desse emblemático registro fonográfico. Trata-se de um samba de primeira.
A nona faixa, A Mesma Estória, reúne na composição Elton Medeiros e Cartola. O que se poderia dizer quando se juntam dois gênios? Repita-se um trecho da música: “Preciso andar / Pra não pensar / No que passou / E não chorar / Viver em paz / E sepultar de vez a minha dor / Confiante despeço-me / Dos meus amigos e da cidade / Só voltarei quando encontrar a felicidade”.
Daí vem outro samba de grande linhagem: Última Cena, com Paulinho da Viola, um de seus grandes parceiros, que canta na gravação.
A décima primeira faixa é Virando Pó, com Ana Terra. A participação na voz dessa vez é de Patrícia Megale. Trata-se de um samba-frevo.





Adiante, Minha Confissão, letra e música de Elton Medeiros; e Improviso Brasileiro, outro choro no disco do cantor e compositor.
A penúltima música Elton canta com Sérgio Ricardo a composição de ambos chamada Por Aí Afora – um samba canção.
O disco encerra o com o antológico Quando a Maré (só do Elton Medeiros), pouquíssimo executado em rodas, mas por certo um dos 50 mais belos sambas de todos os tempos: “Não sei dizer a ninguém o que é vida ruim / Sem fazer força meu barco saiu do lugar / Fácil de viver assim / Difícil vai ser navegar / Quando a maré secar”.
O disco tem texto do inesquecível Mário Lago, que no fim diz querer ser o autor do registro fonográfico no qual fez a apresentação.
Elton Medeiros tem outros ótimos discos, integrou escola de samba, participou de grupos musicais importantes. A obra é significativa.
No entanto, o disco Mais feliz é a aula, é a síntese, é a sublimidade da nossa música. O cantor e compositor deixou esse registro inquestionável.



Fonte: Carta Capital
Texto: 
Jornalista há 25 anos, com passagem em diversas editorias. Foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.