Fotojornalista Alex Silveira poderá receber indenização - foto de Sérgio Silva |
Foto do Jornal GGN |
Mociata sem máscara |
A militância bolsonarista está circulando nas redes uma fake news que afirma que a motociata do presidente reuniu mais de um 1 milhão de pessoas e foi para o Guinness Book.
Especificamente, os bolsonaristas afirmam que cerca de 1.324.523 de motoqueiros compareceram ao passeio do presidente. A fake está entre os assuntos mais comentados no Twitter, porém foi hackeada e virou motivo de piada.
O senador Humberto Costa criticou a motociata e afirmou que o único recorde que o presidente conseguiu foi o de promover mortes.
O presidente Bolsonaro e seus apoiadores esperavam que cerca de 100 mil motoqueiros comparecessem à motocada realizada neste sábado (12). Porém, cerca de 5 mil foram ao evento.
Mesmo com o fracasso do passeio, os bolsonaristas subiram a tag #Guinness, em alusão ao livro de recordes mundiais, pois, acreditam que o passeio de hoje deva ser registrado como o maior do mundo.
Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
O Peru elegeu, num pleito dos mais divididos da história, um professor para a Presidência da República. Pedro Castillo, 51 anos, leciona no ensino primário e tem mestrado em psicologia educacional.
Ele ganhou notoriedade em 2017 ao liderar uma greve de professores em várias regiões do país que durou 75 dias. Os manifestantes exigiam, naquele momento, um aumento salarial para professores peruanos.
O símbolo da campanha de Castillo, um lápis gigante, mostra qual foi a motivação da sua campanha, pautada pela necessidade de aumentar a Educação.
Em sua campanha, que lhe garantiu a vitória no primeiro turno, ele propôs que educação e saúde sejam considerados direitos fundamentais dos peruanos, bem como o combate à corrupção -calcanhar de Aquiles de sua adversária, Keiko Fujimori, filha do ditador Alberto Fujimori.
Castillo concorre à Presidência do país andino pelo partido "Peru Libre", que se define como uma agremiação marxista-leninista. O virtual presidente eleito é um "ex-rondero" (membro da ronda de camponeses, uma organização de defesa da comunidade).
Subestimiado pela direita e pela esquerda, a candidatura de Castillo cresceu especialmente nas duas semanas que antecederam as eleições.
O lema de Pedro Castillo na campanha foi "nunca mais um homem pobre em país rico!"
Castillo propõe convocar uma nova Constituição Política, por meio de uma assembleia constituinte, para atribuir ao Estado um papel ativo como regulador do mercado. Nesse projeto, o virtual presidente peruano deseja a nacionalização de setores estratégicos como mineração, gás e petróleo.
Católico não muito praticante – mas de muita fé – sou assumidamente um admirador do pastor evangélico Sérgio Queiroz, da Igreja Cidade Viva.
Cabra Bom, do bem; da linha dos pastores sérios. Infinitamente melhor que muito padreco de meia-tigela que conheço.
O pastor Sérgio não usa o nome de Deus em vão, muito menos explora a fé de suas ovelhas para amealhar fortuna, à semelhança de outros pastores sérios que esta Paraíba tem.
Acredite: o pastor Sérgio se mantém e sustenta a família com seu salário de servidor público federal, não recebe dinheiro da sua igreja. Deus pra ele, portanto, não é um meio de vida, com é para vários outros padres e pastores que invadem nossas casas pela tela de TV implorando por dinheiro.
E o mais importante: o pastor Sérgio realiza um trabalho social digno dos melhores registros.
Eu desconfio da boa fé de todos àqueles que servem ao projeto armamentista, negacionista e, segundo a voz rouca das ruas, genocida, que é este de Jair Bolsonaro. Aliás, de quase todos. O pastor Sérgio é uma raríssima exceção da regra.
Pois bem…
Na sua mais recente pregação, o pastor Sérgio disse o papel da verdade aos hipócritas conservadores, aqueles que, segundo ele, se autodenominam “cidadãos de bem”, “homens de bem”, etc e tal.
Referiu-se, por exemplo, aqueles que são contra o aborto, mas na moita cultuam a pornografia, traem as esposas e maridos, e aprontam todas.
A lapada nos falsos moralistas foi assim: “Você que é homem de bem, mulher de bem, conservador. Quero falar pra você, tá? É muito interessante, meu amigo. Você está olhando pra mim, você que é conservador, que se diz conservador. É muito interessante, né? Você é contra o aborto, não é? Você é contra a corrupção, não é, bonitinho? Mas você é um pornógrafo, não é? Você é um adúltero, não é? Você trai sua mulher, não é? Você trai seu marido, não é, conservadora? Esse conservadorismo que nós temos assistido aí, em que pessoas escolhem algumas coisas bacanas para defender, mas tropeçam em outras inomináveis”, disse.
Esperamos que os falsos moralistas tenham aprendido a lição!!!
Rompidos
João Azevedo e Cícero Lucena desistiram mesmo de participar juntos de eventos? E aquelas tão divulgadas ações conjuntas para mostrar o grau de total afinidade entre eles, mandaram suspender, foi?
É, parece mesmo que tem coisa estranha aí.
Mas rompidos mesmo não estão, garantem os bombeiros de plantão.
Ainda não, dizem uns.
Depende muito da posição dos Ribeiros, afirmam outros.
Por Wellington Farias
O levantamento, de 200 páginas, foi revisada e entregue à CPI da Pandemia.
Ele traça uma linha do tempo desde março de 2020 demonstrando medidas que o governo Bolsonaro tomou para facilitar o avanço da covid.
Os autores do estudo apontaram para oito pontos em que o governo foi omisso ou atuou em parceria com o vírus:
Imunidade de rebanho (ou coletiva) por contágio (ou transmissão);
Incitação constante à exposição da população ao vírus e ao descumprimento de medidas sanitárias preventivas;
Tratamento precoce" para a Covid-19 que foi convertido em política pública de saúde;
Banalização das mortes e das sequelas causadas pela doença;
Obstrução sistemática às medidas de contenção promovidas por governadores e prefeitos, justificada pela suposta oposição entre a proteção da saúde e a proteção da economia;
Foco em medidas de assistência e abstenção de medidas de prevenção;
Ataques a críticos da resposta federal à pandemia;
Consciência da ilicitude de determinadas condutas.
Fonte: Conexão Jornalismo
Em 2018 o mundo prendeu a respiração com a notícia de que um asteróide de magníficas proporções poderia cair sobre o nosso planeta.
Vindo das profundezas do espaço sideral, a imensa montanha de granito pegaria a Terra desprevenida, pois demorou muito a ser percebida pelos telescópios do sistema mundial de monitoramento de corpos celestes.
Depois veio o alívio: o asteróide aproximou-se “apenas” 1 milhão de quilômetros da Terra e se afastou, perdendo-se no espaço.
Mas o Brasil não saiu incólume. Pois nesse mesmo ano foi atingido por um asqueróide. Vindo das profundezas da alma de brasileiros, mesmo aqueles que se acham esclarecidos, o tal corpo terrestre nos atingiu e espalhou pela nossa atmosfera fragmentos e excrementos, saturando o nosso ar de partículas impuras: gases tóxicos de ódio, boatos de todos os tipos – maliciosos, tendenciosos e mentirosos – por todo o território brasileiro.
Uma imensa nuvem de atraso cobriu o nosso céu, fazendo uma sombra medieval sobre o nosso solo, trazendo a destruição da nossa natureza, das nossas árvores, envenenando as nossas águas com a mentira, a desfaçatez.
Como nada é tão ruim que não possa piorar, conforme ensina o velho Murphy, no ano de 2020 instalou-se uma pandemia causada por um vírus letal chamado coronavírus, que trouxe prejuízo para todo o mundo.
A pandemia pegou-nos no pior momento, quando estávamos tentando sobreviver ao ataque do asqueróide.
Semelhante ao desastre ecológico do asteróide que atingiu a península de Yucatán há 65 milhões de anos atrás, e associado à pandemia que ceifa as nossas vidas, esse asqueróide mergulhou o Brasil no atraso e na incerteza. Basta dizer que a educação dos nossos jovens sofreu um retrocesso de duas décadas.
Pior ainda, o asqueróide impediu que a ciência combatesse a pandemia e atuou para que ela se agravasse, pois estimulou a população a desobedecer as recomendações de higiene, as medidas necessárias para impedir o contágio.
Como se não bastasse, omitiu-se na compra de oxigênio para tratar as pessoas acometidas da doença em fase aguda e disseminou a desconfiança contra a necessidade da vacinação.
Quando viu que não podia mais conter a ciência nem sabotar ainda mais as medidas sanitárias, no momento crucial protelou a aquisição das vacinas que poderiam ter salvado dezenas de milhares de vidas.
Mas, da mesma forma que a população começa a desenvolver resistência ao vírus, com a vacina que nos traz a liberdade, embora tardia, o povo já está começando a desenvolver imunidade contra o asqueróide, como mostram os estudos mais recentes.
A luz surgiu no fim do túnel e em 2022 o asqueróide vai ser empurrado de volta para as profundezas, qualquer que seja o antídoto a ser adotado.
Deixará muitas sequelas, não resta dúvida. Mas deixará o nosso povo vacinado contra esse tipo de doença social, para nunca mais se repetir.
José Mário Espínola
Cardiologista, Ex-Presidente e ex-Corregedor do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)
a Lúcio Lins
Senhor dos poetas,
trago perante vós
a voz ensurdecedora do baque das ondas
e restos de vírgulas e reticências
perdidas entre astrolábios
e espumas flutuantes.
As palavras, senhor,
vagando
por ondas errantes
se espalharam em versos
por outros mares
dantes nunca navegados.
E hoje recolho
por praias inóspitas
e imaginárias
fragmentos de um eu-lírico
que teimo em beber
nesta sede de poesia.
ATS, 07/05/2016
Desde que assumiu o cargo, o ministro Marcelo Antonio Cartaxo Queiroga Lopes, da Saúde, vem tentando imprimir a sua marca: a marca da organização, do bom senso, da competência administrativa; enfim, a marca da ciência iluminando as trevas deixadas pelo antecessor.
Uma das maiores dificuldades do ministro Queiroga é a falta ou insuficiência de doses da vacina anti-covid, que o impede de imprimir maior velocidade à imunização dos brasileiros. Por isso, tenta incessantemente a aquisição de vacinas, seja pela compra, seja pela sensibilização de países ricos que as tenham sobrando. A luta é imensa, o trabalho é hercúleo.
Paralelo a essas ações, o novo ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, tem feito gestões diplomáticas junto ao governo da China para garantir que não faltem vacinas para o Brasil.
Queiroga e o chanceler sabem qual é o resultado de uma vacinação rápida: a salvação do maior número de vidas possível, redução de internações por covid e da ocupação de leitos de UTI e o consequente retorno – o mais brevemente possível – das atividades laborais, favorecendo a recuperação da economia nacional.
***
O empenho do ministro da Saúde e do Itamaraty enfrenta, contudo, um inimigo secreto (ou não) dentro do próprio governo a que pertencem. Eles e todos os seus compatriotas sofrem terrivelmente com as ações de um sabotador dos esforços para salvar vidas e livrar da morte quem a covid pode matar.
Não se trata de nenhum terrorista estrangeiro, membro do Exército Islânico ou da Al Fatah. Tampouco é algum ‘comunista’, muito menos petista. E quem seria esse monstro impiedoso que está causando tanto mal à nação?
As evidências mostram ser alguém que alguns fanáticos religiosos chamam de O Messias, que deveria ter vindo para nos salvar daqueles que sabotaram o Brasil, segundo eles. É justamente a pessoa que supostos patriotas chamam de O Mito que veio salvar o Brasil.
Pois… Essa figura está solapando, destruindo, sabotando as ações que os ministros por ele nomeados vêm fazendo para salvar o maior número possível de brasileiros.
Muitos suspeitam que esse inimigo da pátria seja o próprio presidente da República. Afinal, seria inimaginável, em meio a tanto sofrimento e mortes causados pela covid, ver o ocupante do cargo mais importante do Brasil atacar precisamente o nosso maior parceiro comercial e maior fornecedor do insumo com o qual é produzida a vacina salvadora.
Mas foi exatamente o que ele fez ontem. Pela enésima vez, o mandatário pronunciou um discurso violento, virulento (adjetivo talvez mais apropriado), hidrofóbico mesmo, atacando a China.
Injustamente a China, de onde vem a maioria dos dólares de nossas divisas! Logo a China, que produz o componente farmacêutico sem o qual o Butantan, por exemplo, não encheria sequer um frasco de CoronaVac.
***
Como pode uma autoridade ser capaz de prestar tamanho desserviço à nação brasileira? Nem Freud explica, embora o problema seja psiquiátrico. Aliás, psicótico.
A única explicação para atitudes suicidas como essas, dotadas de tanta perversidade, tão impatriótica, é que figuras assim não sejam pessoas normais, como eu ou você.
Pessoas assim não são muito diferentes de alguém que tortura e mata uma criança a socos e pontapés, como teria feito aquele vereador acusado de assassinar o enteado, no Rio.
Os manicômios estão cheios de doentes mentais do tipo, portadores de diagnósticos enquadrados na Classificação Internacional de Doenças – CID 10 em F60 (Transtorno específico da personalidade), subclassificado em:
- F60.1: Personalidade esquizóide;
- F60.2: Personalidade dissocial;
- F60.3: Transtorno de personalidade com instabilidade emocional;
- F60.4: Personalidade histriônica.
No caso em tela, o nosso paciente é mais exatamente portador de transtornos da sua personalidade com instabilidade emocional, agravado por apresentar um pouco dos outros comportamentos.
Quem assim é e age inferniza a vida dos demais, as suas ações contribuem para a morte de pessoas, causando o mal a milhares de famílias. Justifica a necessidade de ser isolado da sociedade, internado num manicômio. Antes que acelere rumo a um milhão a contagem de vítimas fatais da pandemia.
José Mário Espínola
Cardiologista, Ex-Presidente e ex-Corregedor do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB)
Bandeira Fascista |
“Partidos políticos, religiosos, em diversos países, interferem no funcionamento do Estado (que deve ser laico) e buscam benefícios que nada tem a ver com a esfera espiritual”, Jaime Pinsky, Historiador da USP.
Quem de nós não se lembra, nos dias da semana, à noite, aos sábados e domingos, nas ruas de qualquer cidade do Brasil, do crente ou evangélico lotando as igrejas com cantos e louvores que adentram até as madrugadas em cultos especiais? Era e é assim até hoje.
O Brasil é considerado a maior nação católica do mundo, mas que nas últimas quatro décadas vem dividindo espaço com as chamadas Igrejas evangélicas, conhecidas também como pentecostais ou neopentecostais. O aumento desse movimento cristão não passaria despercebido, se não fosse a intromissão desses grupos nas decisões de governamentais. A preocupação que fica no ar é: o que eles farão dentro do governo?
Em 2013 a onda conservadora começava a surgir nas manifestações de junho. Ao lado de pautas que afligem toda a sociedade e os vulneráveis. Junto a isso, outras pautas que envolvem os direitos civis estavam sendo questionadas. A partir desse ano, setores ultraconservadores começavam a ser organizar, aliando-se a políticos também ultraconservadores do tipo do atual presidente da República, JMB.
O presidente conseguiu nesse setor religioso “cristão” a base perfeita para a campanha de 2018, para a corrida presidencial. Em verdade que esses “cristãos” foram os mesmos que elegeram os últimos presidentes dos partidos dos trabalhadores. Devido à demonização das esquerdas, patrocinada pela mídia conservadora e “ cristã” tele-evangelista, esses cristãos ficaram desiludidos com os desalinhos da esquerda e a opção foi aderir ao discurso do ódio. Nas eleições de 2018, a bancada da bíblia formou o escrutínio fiel ao atual governo. Fora da câmara federal, há o lobby de pastores para pressionar o congresso a votar medidas conservadoras que poderão estar nos levando ao neo-período medieval europeu.
Márcio Roberto de Carvalho é ativista negro filiado ao PSOL e historiador pela UFPB
ARMADILHA: "NOVAS PESQUISAS SUGERINDO RELAXAR CUIDADOS ESSENCIAIS CONTRA A COVID 19
Tá rolando um papo aí sobre médicos aleatórios afirmarem que os vírus de hoje não se transmite por superfície. Isso é fake. de um ou outro médico que não representam 1% da comunidade científica e muito menos estão nas equipes oficiais de pesquisa contra a Covid-19.
Mãos crispadas
prendiam ao peito ensanguentado,
num derradeiro ato,
livros e cadernos.
Ferramentas que trazia
para plantar nos filhos
sementes do saber.
(Oxalá colhesse adiante
mais que feijão e batatas,
sementes para tornar reais
tantos sonhos coletivos)
Por sina campesina,
plantou-se à terra
irrigada pelo próprio sangue.
E sob facão e arado
o solo tornou-se árido
E foi preciso mais sangue
- foro cobrado pelo dono da terra.
Ainda hoje
adubamos tua cova
tornada fértil lerão.
A cada ano
trazemos com as flores
mais braços
para tua Revolução.
ATS, 07/04/2018
A partir de 25 de março de 2021, abrem-se em todo o país as comemorações do centenário de existência ininterrupta do mais longevo partido político da história do nosso país. Nesta data o Partido Comunista do Brasil - PCdoB, completa 99 anos.
Foi fundado em 1922 por um punhado de dirigentes proletários,representando 73 militantes de associações políticas de trabalhadores: Astrojildo Pereira (jornalista), Cristiano Cordeiro (advogado), Joaquim Barbosa (alfaiate), Manuel Cendón (alfaiate), João da Costa Pimenta (gráfico), Luís Pérez (vassoureiro), Hemogêneo Fernandes da Silva (eletricista), Abílio Nequete (barbeiro) e José Elias da Silva (pedreiro). Eles vinham do Distrito Federal, e dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
“O PCdoB nasceu e existe como necessidade objetiva das lutas sociais em nosso País. Em seu largo caminho, firmou forte expressão patriótica e democrática adquirida e moldada na luta política do nosso povo. É, desde então, a organização política do proletariado que luta pelo socialismo e jamais arriou sua bandeira de combate…” afirma o historiador José Carlos Ray. Lutou, ao longo dos anos, pela democracia, pela independência nacional e pelos direitos dos mais humildes. Com erros e acertos, procurou adotar uma orientação política adequada à realidade concreta brasileira e fiel à ciência marxista.
Nestes 99 anos de existência, o Partido Comunista do Brasil não fugiu aos problemas espinhosos do curso da vida política, nem ficou a reboque dos acontecimentos. "Detectou sempre, no exame da realidade, os elementos suscetíveis de impulsionar a luta e elevar a consciência política das massas", como afirmou certa vez seu ex-dirigente e ideólogo, João Amazonas.
Reorganizado em 1962, soube interpretar os anseios das massas, ampliando sua atuação e influência, e aprimorando sua ligação com os trabalhadores e as demais camadas sociais.
Sua história confunde-se com a história recente do Brasil, sempre fiel aos interesses da classe proletária, de onde se originou. E engajou-se nas grandes lutas do povo brasileiro.
Foi a primeira organização a compreender a necessidade de uma Reforma Agrária, para poder desenvolver o país e democratizar a sociedade; criou sindicatos e outras organizações para defender os trabalhadores; enfrentou duas ditaduras, a do Estado Novo e a dos militares de 1964; combateu a política imperialista norte americana e foi entusiasta da campanha “O Petróleo é Nosso”, que resultou na criação da Petrobrás.
Quando se intensificou a perseguição aos democratas não vacilou em resistir de todos os meios à dura repressão, pagando um alto preço em vidas; defensor da unidade esteve presente nas lutas pela redemocratização do país e a anistia; esteve na linha de frente na luta das “Diretas, já!” e com a derrota desta, empenhou-se para por fim à ditadura no Colégio Eleitoral.
Participou ativamente da Constituinte cidadã de 1988 e das greves e lutas dos trabalhadores por seus direitos ameaçados pelas políticas neoliberais. Ocupou com destaque a luta pelo impeachment de Collor e ajudou a formar a Frente Brasil Popular nas eleições de 1989. Esteve em todas as campanhas em apoio a candidatura popular do ex-presidente Lula.
É um partido sintonizado com seu tempo, defende o Emancipacionismo feminino como forma de resolver a questão de gênero e tem forte presença na luta anti-racista e da juventude; pugna intransigentemente pela educação pública e de qualidade e é defensor incansável do SUS.
Em crescente prestígio, o PCdoB conta hoje com destacadas lideranças nacionais, a exemplo de sua presidenta, Luciana Santos, vice governadora de Pernambuco, Flávio Dino, governador do Maranhão,
Antenor Roberto, vice-governador do Rio Grande do Norte; Manuela D’Ávila, Jandira Feghali, Orlando Silva e outros parlamentares no Congresso Nacional e em inúmeros Estados.
Aqui na Paraíba, mantém sua voz na Assembléia Legislativa através do deputado Inácio Falcão. Nas eleições de outubro último, firmou-se como força política na disputa efetiva da prefeitura de Campina Grande tendo, inclusive retomado sua cadeira na Câmara Municipal com uma mulher, negra, egressa dos movimentos sociais. Elege, ainda, mais 16 vereadores em diferentes municípios. Integra também a administração estadual nas últimas duas gestões.
Como forma de superar a dependência econômica e subserviência atual ao capital financeiro, defende para o Brasil um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, que rompa com o neoliberalismo, promova o mercado interno, a industrialização, em especial nos ramos de tecnologia de ponta e assegure o bem estar dos trabalhadores e do povo, num ambiente de paz e democracia.
Desde o golpe jurídico-institucional e midiático de 2016 que pôs fim à mais duradoura experiência do governo popular, o PCdoB denuncia sem tréguas a farsa montada com o objetivo de entregar nossas riquezas aos monopólios estrangeiros, especialmente norte americanos, os ataques à democracia e à Constituição.
Presentemente, enfrenta com denodo a ameaça fascista que assusta o país e a terrível pandemia do Covid-19, constantemente alimentada pela tratamento desastrado do próprio governo central. Por estas razões os comunistas defendem medidas urgentes e eficazes em favor da vida, como vacinas para toda a população e rígido distanciamento social; auxílio emergencial de, no mínimo R$ 600,00 para os desassistidos, além do apoio governamental ao pequenos e micro-negócios.
Como necessária, para resgatar a democracia e um programa mínimo de salvação nacional, defende uma ampla frente política que seja suficiente para por fim à aventura Bolsonarista e implementar medidas emergenciais para sanar a crise e abra novas perspectivas para o povo brasileiro.
O Partido Comunista do Brasil nasceu para atender a uma necessidade histórica e cumprir uma tarefa grandiosa de transformação social e promover a luta por uma sociedade nova, que descortine horizontes avançados para os brasileiros e para a humanidade. Em busca desse objetivo, já pagou pesado preço, mas jamais arrefeceu e, se a bandeira do socialismo e do futuro cai de uma mão, ela é sustentada por inúmeras outras, num movimento que se fortalece na luta e na adversidade.
Longa vida e boa luta ao Partido Comunista do Brasil
Autor: Agamenon T Sarinho é militante do PCdoB há 50 anos, casado, 3 filho(a)s, servidor federal aposentado e amante das artes.
A narrativa bíblica da prisão, julgamento e condenação de Jesus, é intensa e cheia de elementos dramáticos que podem muito bem nos fazer refletir que aqui ou acolá injustiças acontecem às pessoas boas. Não me deterei na defesa teológica de que o fato ocorrido foi plano de Deus, nem advogarei que Jesus foi um preso político como muitos dizem, mas no próprio texto que deveria ser analisado pelos cristãos de hoje principalmente do Brasil.
Em primeiro lugar, Jesus o judeu, só foi identificado dentre alguns judeus à noite por causa do beijo indicativo de um amigo seu: o Judas de Queriote. O Iscariotes como conhecemos nos relatos ( não me deterei na problematização histórica acerca do personagem) fazia parte do círculo de discípulos de Jesus e vira seus milagres, ouvira seus maravilhosos sermões, acredita-se que ele mesmo tenha realizado alguns milagres com a autorização de Jesus. Judas tinha um cargo de extrema confiança era o tesoureiro do grupo ( outro problema: por que não Mateus?) e por conta dessa função desviava recursos do ministério de jesus. Com certeza Judas Iscariotes ganhou muito mais dinheiro usurpando a bolsa do que as trinta moedas pagas pelas autoridades religiosas.
Toda história tem o seu Judas Iscariotes, Joaquim José da Silva Xavier teve o seu, os índios que habitavam a América do Norte tiveram os seus. Todo revolucionário tem algum traidor entre seu grupo de amigos, muitos traídores estão dispostos a venderem sua amizade, seus ideais, a troco de ninharia. São esses Judas que estigmatizam um povo, um grupo, pessoas. Basta ver que hoje em dia poucas pessoas em nossa sociedade estão dispostas a colocarem o nome de seus filhos de Judas, mas se esquecem que havia um outro discípulo de nome Judas e que Jesus tinha um irmão ( esqueçamos as controvérsias teológicas com os católicos por favor) de nome Judas, e uma epístola do mesmo nome. A propósito, Judas é variação grega de Judá, que significa Louvor e que era o nome de um dos filhos de Jacó.
Nos getsemanes da vida é que as relações se estreitam, as amizades se firmam ou se esvaem. O que resta aos traidores é a consciência pesada de apoiarem o golpe, a traição, o que resta a eles é a corda enrolada ao pescoço e a perda de direitos conquistados.
Em segundo lugar, a peça acusatória era falsa. Que justificativas eles tinham para prender Jesus? O que se tinha como prova? A justificativa apresentada era religiosa. Ele falou contra a lei de Moisés, disse que destruiria o templo. Soa-lhe familiar? Deixa eu ajudar: “ se votarmos no PT ele irá fechar as igrejas”, “ Haddad é o anticristo, portanto o inimigo do povo de Deus”, “o PT vai perseguir os cristãos”, blá, blá, blá. Palavras são tiradas do contexto e torcidas a bel prazer dos difamadores, daí até uma pessoa boa como Jesus passa por malfeitora. As testemunhas falsas sabiam que estavam mentindo, elas receberam por isso. Foram elas que colaboraram para a aplicação do Lawfere contra Jesus, foram elas as divulgadoras de faknewes daquela época. O diferente assusta e para os vis sem argumento o que resta é a campanha difamatória, e assim Jesus foi levado à Pilatos.
Ao ser apresentado a Pilatos os religiosos da época não poderiam se apresentar com o argumento religioso, pois Pilatos não se metia em questões desse tipo ( quem dera nosso estado fosse laico!). Como raposas velhas que eram inventaram outra: “Ele se faz rei e só temos César como nosso rei”. A pseudo sinceridade não convenceu Pilatos, mas fazer o quê? Diante dele ( Pilatos ) estava um inocente disso ele tinha certeza. Cadê o advogado desse homem? Não tem, ele não tem direito a um advogado nem a um Habeas Corpus, só o de ficar calado e isso ele ficou. O que movia aqueles homens não era a convicção firme da fé judaica, nem a simpatia política por Roma, nem a preocupação com o povo. O que movia-lhes era a inveja, o ódio à simplicidade e a grandiosidade de Jesus de Nazaré.
O crime de Jesus foi dar vista aos cegos, fazer paralíticos andar, curar toda sorte de moléstias, multiplicar o pão a um povo que não precisa só ouvir um discurso bonito, mas de soluções concretas para as suas existências.
Por último, não podemos deixar de mencionar a omissão de Pilatos, que mesmo constatando a inocência de Jesus, lavou as mãos diante de uma turba ensandecida.Não há água que limpe as mãos sujas de sangue derramado pela omissão.
Márcio Roberto de Carvalho é ativista negro filiado ao PSOL e historiador pela UFPB
Do meio da pandemia
Dos ulos de dor e desespero
Contra a torpeza e vilania
Levanta-se altaneiro
Um grito de rebeldia.
Grito que esteve preso
Pelas teias da sordidez
Nas masmorras de Curitiba.
Grito também entalado na garganta
Deste povo a sofrer com altivez.
De tão vigoroso e verdadeiro
Assombrou num sobressalto
As múmias, zumbis, roedores apátridas
Que tricoteavam impunes e rasteiro
Pelos salões solenes do Planalto.
Grito de esperança:
Que ganhe as ruas, encha os corações
E espante de volta para os esgotos fétidos,
Confinem, para sempre nos porões sombrios
Essas ratazanas e guabirus entronizados.
ATS, 10 de março de 2021
As teorias da conspiração ganham guarida na cabeça de alguns evangélicos que na tentativa de justificarem seu apoio a um governo genuinamente anti cristão tentam dar um toque de chamada divina a indivíduo que passa longe de ser cristão. Tem sido recorrente os telepregadores vociferarem contra as medidas de prevenção do Coronavírus, distanciamento, uso de máscaras e o lockdown. Vídeos em canais do youtube superabundam e as "denúncias'' e reivindicações orbitam a temática religiosa. Até a efetividade da vacina para o combate ao Covid-19 é vista com desconfiança pois trata-se de um “plasma com microchip”( feito por Bill Gates) para controle e redução populacional. Ora a lógica do capital é a manutenção de um exército de reserva de mão de obra para pagarem os piores salários e enriquecerem ainda mais os que detêm os meios de produção.
Lembro-me que em uma das campanhas de Eduardo Cunha e o pastor Edino Fonseca, foram distribuídos um cd onde eles denunciavam os planos do anticristo para o controle mundial. A candidatura deles representava essa frente de oposição. O conteúdo das denúncias eram suigeneris: 1) Controle da fonte das águas; 2) Plano de redução da população; 3) fechamento de igrejas, entre outras coisas. Ambos conseguiram se eleger.
Em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o prefeito Washington Reis, disse que as igrejas evangélicas curam o Covid. Em São Paulo, o governador João Dória, embora tente aparentar ser o contraponto do Bolsonaro, disse em uma coletiva de imprensa que as igrejas prestam um serviço essencial.
Certo pregador evangélico orou por um irmão que estava com o covid, sendo ele curado, segundo o testemunho desse pregador. Porém, o interessante dessa história é que o pai desse, um pastor por volta de seus sessenta e poucos anos contraiu o covid e morreu em decorrência do mesmo.
Aqui na Paraíba, o prefeito de Cabedelo ( Vitor Hugo do Dem) conclamou a população para fazer jejum a fim de vencer o corona-vírus por meio da guerra espiritual. Muito conveniente para os governantes conclamarem jejum e oração para vencer o corona do que empreenderem reais esforços para vencer a situação pandêmica, sem esquecer que o Estado é laico!
Não existe fórmula mágica para a prevenção do Covid, o que existe é o trabalho em equipe de especialistas da área de saúde, não quero com isso, ridicularizar aqueles que possuem suas crenças há muitos religiosos sinceros, o que eu quero dizer é que a ciência e a religião não se contrapõem, são conhecimentos distintos e em alguns momentos complementares, reconhecido até mesmo pela Organização Mundial da saúde que em seu Relatório Geral em maio de 1984 na 37ª Assembleia Geral,
“Reconhece que a dimensão espiritual tem um papel importante na motivação das pessoas em todos os aspectos de sua vida. Afirma que essa dimensão não somente estimula atitudes saudáveis, mas também deve ser considerada como um fator que define o que seja saúde. Convida todos seus Estados-membros a incluírem essa dimensão em suas políticas nacionais de saúde, definindo-a conforme os padrões culturais e sociais locais”
Todavia, somos obrigados a questionar o fato de que alguns líderes fazerem tanta objeção para fecharem suas igrejas mesmo em tempos tão tenebrosos de intensa contaminação com a doença que vitima líderes e liderados. Será que a religiosidade se limita a estar fisicamente em templo? Não há a possibilidade de orar em casa junto com seus familiares?
Precisamos de mais líderes religiosos como o Arcebispo Dom Manuel Delson Pedreira que suspendeu as celebrações presenciais até o dia 24 de maio, mostrando que a verdadeira fé é muito diferente do fanatismo religioso, ela se preocupa com o bem estar das pessoas.
Referências e dicas
TONIOL, Rodrigo. Atas do espírito: a Organização Mundial da Saúde e suas formas de instituir a espiritualidade. Anuário Antropológico, Brasília, UnB, 2017, v. 42, n. 2: 267-299.
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/02/24/pb-prefeito-convoca-jejum-para-guerra-espiritual-contra-a-covid-19.htm
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/04/04/interna_politica,842421/bolsonaro-convoca-populacao-a-participar-de-campanha-de-jejum.shtml
Márcio Roberto de Carvalho é ativista negro filiado ao PSOL e historiador pela UFPB