Do meio da pandemia
Dos ulos de dor e desespero
Contra a torpeza e vilania
Levanta-se altaneiro
Um grito de rebeldia.
Grito que esteve preso
Pelas teias da sordidez
Nas masmorras de Curitiba.
Grito também entalado na garganta
Deste povo a sofrer com altivez.
De tão vigoroso e verdadeiro
Assombrou num sobressalto
As múmias, zumbis, roedores apátridas
Que tricoteavam impunes e rasteiro
Pelos salões solenes do Planalto.
Grito de esperança:
Que ganhe as ruas, encha os corações
E espante de volta para os esgotos fétidos,
Confinem, para sempre nos porões sombrios
Essas ratazanas e guabirus entronizados.
ATS, 10 de março de 2021
Autor: Agamenon T Sarinho é militante do PCdoB há 50 anos, casado, 3 filho(a)s, servidor federal aposentado e amante das artes.