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Antes que a patrulha de plantão me critique , vai uma breve explicação sobre a matéria. 

Não sou um adepto de teorias da conspiração. Muito menos terraplanista ou seguidor das idéias do clã Bolsonaro e seu guru, o infame Olavo de Carvalho. 

Mas conspirações existem e não são teorias. Até porque teorias são o tipo de coisas meticulosas que se coloca em prática e procuram não deixar rastros. Teorias serão sempre restritas ao plano especulativo, ou seja teórico. 

Mas tem algo está me deixando com uma pulga gigante e pré-histórica, atrás da orelha. 

Antes de mostrar essa pulga dinossáurica, quero começar pelas manchetes na mídia, referente aos Covid-19 desde sua descoberta e até o dia de hoje, na China e Itália, que são os países que mais desenvolveram a pandemia. 

“Itália registra 4.480 mortes por Covid-19 e supera China

Itália anuncia 475 mortes por covid-19 em 24 horas; total chega a 1.809

Na China o novo coronavírus matou 3.249 pessoas”

Minha pergunta é:

Onde estão os registros jornalísticos de imagens de vídeos e fotos dos pacientes mortos pelo Covid-19?

Tem vídeos?

Tem fotos?

Tem lives das Redes Sociais?

Não, não tem!

Procurei como um alucinado esses registros na internet e nada. Nada de imagens nos jornais televisivos.

Somente caixões novos e vazios, comboios formados por caminhões militares, imagens de doentes em hospitais é o que vemos nos jornais de todas as mídias.

Mas nenhuma imagem de vítimas fatais do Covid-19.

Jamais na história de catástrofes globais da era moderna, em que resultou em milhares ou milhões de mortos, a imprensa mundial deixou de registrar com farta quantidade de fotos ou filmes.

Mas não há nada. Que jornalismo é esse que foge a todos os padrões históricas e técnicos na cobertura da maior pandemia de alcance global nos séculos 20 e 21 depois da Gripe Espanhola?

Mesmo que eu saia do campo dos profissionais de comunicação nessa cobertura da pandemia, estamos numa época em que as pessoas postam fotos e vídeos nas redes das coisas mais fúteis e desinteressantes que existe.

Cade as lives das imagens de corpos em fileiras, enterros em massa?

E os dados dos familiares nos sites competentes? Em São Paulo teve mortos e no Rio de Janeiro também. Não temos os dados destas vítimas na imprensa e em lugar nenhum.

Onde está tudo isso minha gente?

Como é que se enterra quase 500 corpos em 24 horas na Itália?

Fora tudo isso, como deixar de mencionar o fato de que, mostrar imagens das vítimas fatais em massa é, obviamente, um serviço de saúde pública, visto que muita gente no mundo, principalmente no Brasil, ainda não percebeu a gravidade dessa pandemia, pelo menos, como é anunciada pelos canais de comunicação.

Então porque não o fazem?

Meu pulgão atrás da orelha está incomodando cada vez mais.

Para retira-lo falta isso. Registro de imagens profissionais das vítimas fatais, assim como registro das pessoas comuns, familiares, etc. Nas redes sociais.

Está tudo muito estranho e inexplicável. Como no filme Wag the Dog com atores do naipe de Dustin Hoffman e Robert de Niro estrelando. No Brasil o título é Mera Coincidência,.

O roteiro diz respeito a um spin doctor e um produtor de Hollywood que fabricam uma notícia falsa sobre uma guerra na Albânia para distrair os eleitores de um escândalo sexual envolvendo o Presidente dos Estados Unidos.

O roteiro da pandemia do Corona Vírus tem personagens e cenários diferentes, mas seria possível estarmos vivendo uma pandemia inventada?

Ou talvez de proporções e consequências muito menores do que o que está sendo divulgado, tendo sim contaminados, mas nem tanto o número oficial de mortos pelo Covid-19.

Talvez qualquer semelhança não seja mera coincidência.

O sábio não é aquele que sabe tudo, mas o que pergunta.

Vai pra Cuba!

Hoje mais do que nunca, um chavão da extrema direita, que sempre é dito de forma pejorativa e xenófoba contra socialistas e pessoas de esquerda em geral, tende a se tornar senão em um sonho de consumo turístico, com certeza num porto seguro para todos.

A ilha de Cuba mais uma vez se mostra referência em Saúde e Medicina, e pode salvar o mundo, no enfrentamento e tratamento contra a doença Covid-19, provocada pelo Corona Vírus, que está em franca contaminação global, principalmente nos países da Europa.

Cuba continua sem casos confirmados do novo coronavírus que já afetou 104 nações. Até o momento, trinta viajantes foram admitidos para estudo e depois de realizar sete novas análises especificamente para o Covid-19, que, como as oito anteriores, foram negativas, o país permanece sem a doença.

O primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz compareceu ao programa de rádio e televisão Mesa-Redonda, e ofereceu uma ampla explicação da estratégia de Cuba para a prevenção e controle do Covid-19 e deixou a garantia de que, para o confronto a esta doença, é fundamental a estrutura multissetorial e organizada do sistema nacional de saúde.

Acompanhado pelo vice-primeiro-ministro Roberto Morales Ojeda, e pelo dr. José Ángel Portal Miranda, ministro da Saúde Pública, Marrero explicou que, para lidar com sucesso a essa situação, a Ilha possui, antes de tudo, uma equipe de Saúde e um povo com um caráter laborioso, disciplinado e indomável, que todos os dias é capaz de superar os grandes desafios e excessos criminais do governo dos Estados Unidos.

Além disso, o país também criou um medicamento, o ‘Interferon alfa 2B’ (IFNrec), produzido desde 25 de janeiro na fábrica cubana Chang-Heber, localizada na cidade de Changchun, província de Jilin, na China.

O ‘Interferon alfa 2B’ conseguiu curar mais de 1.500 pacientes e é um dos 30 medicamentos escolhidos pela Comissão Nacional de Saúde da China para curar a condição respiratória.

“O interferon alfa 2B tem a vantagem de que, em situações como essa, é um mecanismo para se proteger e seu uso impede que pacientes com a possibilidade de agravar e complicar cheguem aao estágio de pneumonia e, finalmente, tenham a morte como resultado”, disse Luis Herrera Martínez, consultor científico e comercial do grupo de negócios BioCubaFarma.

O grupo BioCubaFarma trabalha também no projeto de desenvolvimento de um antiviral cubano, o cigb 210, bem como de um candidato a vacina para submetê-lo à consideração da China.

Como já foi dito, não há casos do Corona Vírus em Cuba até o momento, mas as possibilidades estão presentes, apesar de ser uma nação organizada, que tomou muitas precauções e possui um forte sistema de saúde, a decisão do governo cubano é de não baixar a guarda e distribuir diariamente informações a população sobre o Covid-19.

Resta saber o seguinte:

Em frente aos desafios incomensuráveis, em meio a uma estrutura de Saúde insuficiente para atender mais de 200 milhões de pessoas no Brasil, Bolsonaro abrirá mão do lixo ideológico que permeia seu "governo", e em respeito a população brasileira, recorrerá a Cuba, que praticamente está a nossa disposição e pode ser a nossa salvação?

Uma decisão acima de qualquer questão política, acima do vira-latismo e subserviência ao ianques praticados pelo governo brasileiro, pode evitar um massacre de brasileiros pelo Covid-19.

Com certeza, é da maior importância destacar que, o Corona Vírus não escolhe classe social, raça ou credo. Ele é altamente democrático e enfrenta qualquer ditadura matando a quem quer que seja.

Vai pra Cuba?

Bora...


Com informações do Granma





Documentos confidenciais do governo do Reino Unido revelam que a ditadura brasileira atuou para abafar uma investigação de corrupção na década de 70. O caso aconteceu durante os governos de Médici (69-74) e Geisel (74-79) e envolvia a compra de fragatas construídas pelos britânicos. 

Os documentos apontam que os britânicos queriam investigar uma denúncia de superfaturamento na construção dos navios que foram vendidos ao Brasil. Eles também se ofereceram para pagar uma indenização de 500 mil libras, cerca de R$ 15 milhões atualmente.

Os militares, no entanto, recusaram a ajuda dos britânicos e abriram mão do valor oferecido como indenização. A resposta foi recebida com surpresa pelos britânicos que relataram em documento: "Os brasileiros claramente desejaram manter o assunto de forma discreta~", e complementaram: "É evidente que eles não gostariam que mandássemos um time de investigadores e não iriam colaborar com um, se ele fosse".

O responsável pela descoberta dos documentos foi o pesquisador brasileiro João Roberto Martins Filho, professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que teve acesso aos arquivos da diplomacia britânica no período da ditadura. Ele também é autor do livro "Segredos de Estado: O Governo Britânico e a Tortura no Brasil (1969-1976)", em que revela a cumplicidade do governo britânico com a tortura no Brasil.

Histórico
A denúncia feita por Martins Filho é ligada a um acordo entre Reino Unido e Brasil, firmado em 1970, para o fornecimento de seis fragatas. Quatro seriam construídas na Inglaterra e duas no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro.

Cada fragata tinha 129 metros de comprimento, capacidade para tripulação de 209 pessoas e raio de ação de até 4200 milhas náuticas. Elas continuam em uso sob os nomes Niterói, Defensora, Constituição, Liberal Independência e União. As duas últimas foram as construídas no Brasil.


A investigação apontou que o estaleiro Vosper, localizado no sul da Inglaterra, pedia desconto aos fornecedores, mas emitia notas com o valor integral. Ao se tornar dono do estaleiro e descobrir a irregularidade, o governo britânico entrou em contato com o Brasil. Ao saber que os generais preferiam que o assunto "fosse deixado de lado"os ingleses ficaram perplexos.

Com informações da Folha


Em entrevista jornalística concedida no ano de 2017, Julian Assange se referiu ao golpe democrático sofrido por Dilma Rousseff no Brasil em agosto de 2016 e que levou o então presidente interino Michel Temer ao poder.

Segundo Assange, Temer mantinha relações estreitas com a embaixada dos EUA. O fundador do WikiLeaks argumenta que Temer teve reuniões privadas para lhes oferecer "informações de inteligência" e importância política.

Estas reuniões aconteceram quando Temer era vice-presidente de Dilma. Em suma, Temer é denunciado por alta traição prevista na Lei de Segurança Nacional.

A oferta de Temer de informações importantes procurou manter um tratamento benevolente pelos Estados Unidos, uma vez que Dilma foi afastada de sua posição e ele assumiu o Executivo.

Assange disse que não é "que ele esteja dizendo que (Temer) é um espião do governo dos EUA. Não tenho provas de que o pagamento em dinheiro tenha existido. Estamos falando de outra coisa, estamos falando de trocar informações por apoio".

Na época, o governo de Barack Obama apoiou três golpes recentes na América Latina: os de Honduras, Paraguai e Brasil.

Assista a entrevista de Assange ao Blog Nocaute de Fernando Morais:




Em reunião na Suíça, em Genebra, igrejas nacionais se uniram ao Conselho Mundial de Igrejas para denunciar o cenário religioso no Brasil. Segundo mostrou o blog Jamil Chade em texto desta quinta-feira (29), igrejas avaliaram que certos grupos religiosos têm utilizado o radicalismo cristão para legitimar medidas do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e propagar “descriminação, violação aos direitos humanos e mesmo a proteção do planeta”.

Durante o encontro, a organização ecumênica mundial avaliou que a situação de direitos humanos no Brasil “voltou a ser problemática”, principalmente quando há “uma utilização da religião para legitimar a retirada de direitos”, relatou o blog. Ainda, parte das igrejas brasileiras constataram que, sozinhas, não terão a capacidade de se organizar para fazer frente às tendências políticas atuais. Portanto, pedem a ajuda das igrejas de todo o mundo.

O Conselho Mundial de Igrejas já atuou no Brasil em luta contra a ditadura militar nos anos 70, bancando grupos religiosos para fazer resistência ao regime. O grupo financiou os trabalhos da coleta de dados de vítimas e torturadores, que acabaria sendo conhecida como “Brasil: Nunca Mais”.

Segundo o reverendo Agnaldo Gomes, em entrevista ao blog, a defesa da família foi colocada “como a grande desculpa” no Brasil, inclusive na campanha eleitoral. “Mas isso é apenas a fachada. O que se tem é a retirada de direitos”, alertou. “Os evangélicos estão sendo usados”, disse.

Em sua maioria, os participantes do encontro foram de igrejas protestantes, mas a reunião também contou com um representante da Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB).



Esta nunca poderia ser uma carta de repúdio. Não mais. É uma carta de asco, nojo. Eu já não suporto olhar para uma imagem sequer desse infeliz. 

Esta são as declarações de um irresponsável que não assume a devida culpa pela imensa devastação provocada pelos ruralistas na Amazônia, pior, nem mesmo tenta reparar isso e ao menos procura interferir nas queimadas para contê-las. 

"Não estou defendendo as queimadas, porque sempre houve e sempre haverá, infelizmente acontece isso ao longo da vida da Amazônia."  
"Agora, me acusar como capitão Nero tocando fogo lá é uma irresponsabilidade, é fazer campanha contra o Brasil."  
"Se o mundo lá fora começar a impor barreiras comerciais, cai nosso agronegócio (...), a economia começa piorar, a vida de vocês, editores de jornais, donos de televisões, vai ficar complicada como a vida de todos os brasileiros, todos sem exceção, é um suicídio o que vocês estão fazendo. A imprensa está cometendo um suicídio." 
 “Essa psicose ambiental não deixa fazer nada. Eu não quero acabar com o meio ambiente. Eu quero é salvar o Brasil, se era para fazer a mesma coisa que fizeram até agora, o povo tinha que ter votado em outras pessoas, o povo está com a gente, minha base é o povo”. 

O povo votou em você, porque houve fraude eleitoral. 

Primeiro, você criou uma indústria de mentiras fabricadas pelas redes sociais e gastou milhões para enganar o povo brasileiro. 

Depois, Lula foi arrancado do pleito por uma farsa judiciária, porque todos sabem que ele seria o presidente hoje, e não você.  

Terceiro, quem apoiou suas sandices anti-preservação foram os ruralistas e não o povo, que nunca entendeu nada do assunto.  

E finalmente, se o povo soubesse o tamanho da destruição que você faria com a Amazônia, nem com fraudes você teria sido eleito.  Você Bolsonero, é culpado sim, pelo incêndio da Amazônia.  

Quem luta contra o Brasil é você, Bolsonero, entregando o nosso país para os Estados Unidos, subserviente e batendo continência para a bandeira estadunidense. 

Você é um traidor do Brasil e dos brasileiros. Quem está cometendo suicídio é você.

A floresta começou a pegar fogo durante a sua campanha presidencial, com o discurso contra a floresta, contra o meio ambiente, pelo esvaziamento do Ibama e pela eliminação compulsória das ONGs de preservação e proteção dos índios.  

O seu discurso deu uma espécie de autorização para que pessoas sem o menor escrúpulo ou apego a decência praticassem os crimes que sempre quiseram cometer contra o meio ambiente, contra os nativos e contra os povos da floresta.  

Você é responsável porque colocou a raposa no galinheiro. 

Nomeou um ministro corrupto e aliado dos ruralistas e madeireiros para a pasta do Meio Ambiente.  Nomeou para a pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento uma pecuarista que já liberou só em 2019 quase 200 tipos de agrotóxicos, além de ser totalmente a favor das queimadas na floresta como ferramenta de expansão do setor pecuarista. 

Porque depois destes incêndios criminosos, nem para plantar as terras servem, só para o gado mesmo. 

Você Bolsonero é responsável diretamente pela Amazónia estar pegando fogo, porque enquanto um índio, Evo Morales que é presidente da Bolívia, já está trabalhando para apagar o fogo da Amazônia Boliviana, você está querendo fazer um discurso televisivo pra Nação, contando suas mentiras mais uma vez. 

Você mente Bolsonero 

Vá a mãe que o pariu, que teve a maldição de te colocar neste mundo para desgraçar a vida das pessoas.  

Vá a mãe que o pariu, Bolsonero, que deve chorar por ver você neste mundo destruir a Mãe Natureza, destruir o que foi construído e se você constrói alguma coisa, ela é somente destruição. 

Estamos cansados de você! Sua mãe está cansada de você! O Brasil está cansado de você! O mundo está cansado de você! 

Vá para a mãe que o pariu, Bolsonero! Isso se ela ainda quiser ou conseguir olhar na tua cara fascista, esteja aonde estiver.  

Digo tudo, com todo o respeito pela sua mãe de verdade que deve estar perplexa com o inferno que você está trazendo para a terra.  

#LulaLivre 

Estou com uma inveja enorme da Bolívia. O cap. Patetóide não tem estatura para alcançar o tamanho de um índio como Evo Morales.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, autorizou a contratação de uma aeronave-tanque do tipo Boeing 747 chamado Super Tanker para combater focos de incêndio na região boliviana da floresta amazônica. O avião, que tem capacidade para transportar até 115 mil litros, deve iniciar os trabalhos nesta quinta-feira (22/08).

Segundo o governo boliviano, a aeronave irá concentrar o combate ao fogo na zona chamada Chiquitanía, reserva natural localizada em Sata Cruz de la Sierra. Os incêndios na região foram originados pelas queimadas iniciadas no Brasil.

Morales ainda anunciou a formação de um Gabinete de Emergência Ambiental "para fazer frente aos incêndios na Chiquitanía e no leste". O mandatário encarregou os ministros do Meio Ambiente e Água, Desenvolvimento Rural, Terras e Saúde, Governo e Presidência de comandar as ações do gabinete.

De acordo com a agência Rfi, o fogo já atingiu pelo menos dez povoados no município de Roboré, próximo à fronteira com o Brasil. Embora ainda não tenham sido localizadas vítimas decorrentes dos incêndios, o fogo já destruiu uma área equivalente a 500 mil campos de futebol.

Ainda segundo a agência, a população moradora da região também se mobilizou para combater os pontos de incêndio. Aeronaves pequenas, utilizadas em trabalhos agrícolas, já sobrevoaram o local para jogar água sobre as chamas, enquanto que populações dos centros urbanos se mobilizaram para enviar suprimentos às regiões afetadas.

Fonte: Ópera Mundi
Créditos: Ópera Mundi

Vejo nos jornalistas das grandes mídias, Globo, Veja e outros, aquela expressão básica de desconsolo com a vitória de Trump. Eu não fiquei nem um pouco perplexo. Já havia cantado essa vitória entre amigos num churrasco e um ou outro me criticaram.

Mas não tem preço ver a cara dos jornalistas globais em dias pós-eleições estadunidenses, nos jornais matinais da TV aberta e TV paga. Criticando inclusive a guinada a direita que o EUA deram nestas eleições.

Parece-me, que esqueceram a participação ativa deles no golpe parlamentar que houve no Brasil, derrubando uma Presidente legitimamente eleita, colocando a direita de volta ao poder, ajudando a ressuscitar nosso conhecido fascismo moreno tropical, e de quebra, provocando a divisão ideológica e regional no país.

Não creio que Donald Trump, o presidente eleito dos EUA , seja tão maluco quanto ele procurou se apresentar na campanha eleitoral. Se assim o fosse, jamais teria chegado onde chegou como mega empresário e muito menos seria o candidato do Partido Republicano.

Todos se preocupam por causa de declarações machistas e racistas dadas por ele em sua campanha e sua postura direitista, um tanto folclórica.

Bobagem. Ele é um cara de televisão. Representou algumas polêmicas para arrancar o voto dos estadunidenses conservadores. E conseguiu.

Tanto é que a vitória de Trump se consolidou em cidades do interior dos EUA, onde a tendência mais forte é conservadora. Hillary ganhou nas capitais e teve 200 mil votos a mais que Trump.

Mesmo assim não levou a Casa Branca, por causa do sistema eleitoral americano.

Mas...

Trump é racista? Trump é machista?

Ora, todos somos um pouco racistas, sejamos brancos, negros, ou mestiços. Já vi negro discriminar branco e nordestino. Já vi nordestino discriminar negro e índio, já vi feminista ser machista, já vi gay discriminar lésbica e lésbica discriminar gay, e já vi deficiente discriminar não-deficiente. 
E claro que isso não nega e muito menos justifica, todas as discriminações e violências nos padrões que todos conhecemos. E afinal, tudo isso tem que ser combatido.

Enfim, no fundo, todos discriminam todos. Independente de bandeira, credo ou raça. E o que sinaliza essas ações e reações é exatamente a dificuldade da maioria em lidar com as diferenças e o divergente.

Mas o que diferencia a atitude de um cidadão não é ele tentar provar a si mesmo e ao outro,  que não absorveu as contradições sociais e culturais de um modelo social apodrecido ao longo de uma vida. Isso é impossível, porque somos filhos desse sistema falido, gerado para criar distâncias entre as diferenças e gerar cada vez mais desigualdades.

Não se pode confundir igualdade com não diferença. Ao contrário, a igualdade apoia a diferença.

O que diferencia um cidadão, um ser humano neste caldeirão de contradições que caracterizam a sociedade ocidental e a sociedade oriental, é exatamente ter consciência de que ele carrega preconceitos e distorções culturais.

A consciência plena de si mesmo, sem hipocrisias, é fundamental para o caminho da evolução, e que nos leva a buscar uma sociedade mais justa, que gere indivíduos respeitadores do espaço e da liberdade alheia, que se solidariza e principalmente, que não se cala perante a injustiça e os injustos.

Baseado nestas convicções geradas por experiências pessoais, eu digo que Trump não fede e nem cheira.

Para nós brasileiros e latino americanos, se Trump for racista não muda nada. Hillary também é. A diferença é que Trump não sorri e nem dá tapinha nas costas para nos ferrar. Ele ferra no cru mesmo, sem disfarçar sua própria arrogância que é fruto de um sistema imperialista.

Os Democratas são tão racistas como Trump.  Aliás, devemos lembrar que na Guerra de Secessão nos Estados Unidos, o sul que gerou os Democratas defendiam a manutenção do regime escravocrata, ao passo que o Norte gerou os Republicanos que defenderam abolição desse regime.

E aí? No mundo de hoje não é isso uma aparente contradição?

Entenderam agora?

É preciso que se entenda de uma vez por todas, que os estadunidenses, sejam azuis ou vermelhos, defenderão sempre juntos, uma política de interesse próprio, em detrimento da América Latina, que consideram seu quintal e em detrimento de outras Nações do mundo.

Fato é, é fato consumado, simples assim.

A única diferença é que agora acabou a hipocrisia. Acabou sorrisos e tapinhas na costas. Agora toda as ações racistas e anti-econômicas vindo dos EUA contra a América Latina serão assumidas, estarão a superfície.

E de minha parte, prefiro assim, porque obrigará nossos corruptos representantes a defenderem ou não a nossa dignidade. No mínimo não poderão mais se esconder atrás de falsa tolerância e falso respeito por parte dos EUA.

Aliás, os líderes mundiais pisarão em casca de ovo com seu eleitorado, cada vez que Trump aprontar algo que ofenda a soberania e a dignidade de cada país, seja ele latino americano ou não, seja ele desenvolvido ou não.

As cicatrizes serão reabertas e a podridão boiará à superfície.

Portanto,

Viva a democracia estadunidense! Viva Trump! Viva o fim da hipocrisia!  Viva os novos tempos da truculência!


Aparentemente a campanha presidencial americana está se tornando uma coisa de outro mundo. A cada momento o Wikileaks revela informações altamente confidenciais e que se mostram cada vez mais polêmicas. inacreditáveis e estranhas. 

Um e-mail liberado pelo WikiLeaks (clique aqui) na sexta-feira (07/10) revela que Hillary Clinton e seu diretor de campanha, John Podesta, se reuniram com o astronauta Edgar Mitchell para discutirem sobre o “desacobertamento alienígena”.

O e-mail que vazou, enviado por Edgar Mitchell a John Podesta, também sugere que o Vaticano esteja ciente sobre a inteligência extraterrestre (IET).

“É urgente que concordemos numa data e horário para nos encontrarmos para discussão do Desacobertamento e da Energia Ponto Zero, o mais cedo possível após sua partida. Meu colega católico, Terri Mansfield, estará lá também, para nos atualizar sobre a percepção do Vaticano sobre IET…

“Recomendações, Edgar D. Mitchell, ScD Chefe de Ciências & Fundador Quantrek, Apollo 14 astronauta, 6º homem a caminhar na Lua.”


Como piloto do Módulo Lunar da Apolo 14, Edgar Mitchell despendeu 9 horas trabalhando na superfície lunar, e o resto de sua vida defendendo um desacobertamento completo da inteligência extraterrestre.

John Podesta, o destinatário do e-mail, também é uma pessoa que crê na vida extraterrestre, e Hillary Clinton também tem falado publicamente sobre os OVNIs e prometeu revelar sobre o assunto se lhe for dada a oportunidade.

No e-mail vazado, Edgar Mitchell alertou John Podesta:

“Estamos sem dúvidas mais perto do que nunca de uma guerra no espaço…”

Ele também escreveu o seguinte sobre a IET:

“…IET não toleraria quaisquer formas de violência militar na Terra ou no espaço.”

Porém, apesar de sua aparente intolerância, ele descreveu a IET como não sendo violenta.

Mitchell, que trabalhou no Tratado para a Prevenção de Posicionamento de Armas no Espaço, escreveu:

“A maioria dos satélites que orbitam a Terra pertencem aos EUA, China e Rússia. E recentes testes de armamentos anti-satélites não necessariamente aliviam o fator medo. Parece como ficção científica, mas o potencial para uma guerra nas estrelas na vida real é realidade.”

Ele incluiu links no e-mail para artigos online sobre a possibilidade de guerra no espaço, retirados de várias fontes, e também fez referência ao fato que o Vice-Secretário de Defesa, Robert O. Work, falou para o Congresso sobre a guerra espacial no verão passado e o Presidente Barack Obama pediu US$5 bilhões para a defesa no espaço em 2016.


O que eles sabem?

Defensores do desacobertamento agora estão sugerindo que Julian Assange lentamente irá forçar o desacobertamento total, através da liberação cuidadosa de e-mails selecionados de Podesta, em lotes de 2000, suavemente liberando e acostumando o público sobre a ideia nos próximos meses.

Aqueles que seguem este assunto sabem que Podesta tem por muito tempo apoiado o desacobertamento, e Clinton, pelo menos sobre este assunto, tem uma mente aberta e inquisitiva.

Estaria Assenge tentando forçá-los a ir em frente?

Um coletivo de mais de trinta senadores de diversas regiões da França se uniram para publicar nesta quarta-feira (13) uma matéria no jornal francês Le Monde sobre o impeachment da presidente do Brasil afastada Dilma Rousseff.

De forma sucinta, o texto do Le Monde alerta que a democracia chegou ao fim no Brasil e as máscaras estão caindo de forma rápida. Já não é novidade que o afastamento da presidente foi uma manobra baixa para que muitos legisladores fossem poupados de processos de corrupção. O que não se considerou nem um minuto foi o fato de Dilma Rousseff ter sido eleita pela maioria do povo, com mais de 54 milhões  de votos.

O Le Monde acrescenta, que além de aderir a um governo sem legitimidade, o país agora é comandado exclusivamente por homens, o que não representa a grande diversidade da população brasileira. As primeiras decisões do governo interino liderado por Michel Temer, foram claras: abolir ministério da cultura, igualdade de gênero, diversidade e Controladoria Geral da União. Em seguida, ele anunciou o fim de programas sociais como o "Minha Casa, Minha Vida" e "Mais Médicos".

Para finalizar, o artigo do Le Monde diz que este é um golpe de Estado institucional para destruir todas as reformas sociais que, durante os treze anos de governo de esquerda retirou mais de 40 milhões de brasileiros da miséria. Os homens deste governo interino rapidamente desestabilizaram a política e a economia do país.

JB

O cerco à Embaixada do Equador, no bairro londrino de Knightsbridge, é tanto um emblema de injustiça bruta quanto uma farsa cansativa. Há três anos, um cordão policial em torno do prédio onde se refugiu Julian Assange não serve a outro propósito exceto ostentar o poder do Estado. Já custou o equivalente a 65 milhões de reais. A presa é um australiano que não foi acusado de crime algum, um refugiado cuja única segurança é o aposento oferecido por um país sul-americano corajoso. Seu “delito” é ter iniciado uma onda de revelações incômodas, numa era de mentiras, cinismo e guerra.
A perseguição a Julian Assange está para recrudescer, porque entra num estágio perigoso. A partir de 20 de agosto, três quartos da acusação dos promotores do caso contra Assange, relativa a má conduta sexual em 2010 desaparecerão, quando expirarem as limitações a sua defesa. Porém, intensificou-se a obsessão de Washington para liquidar Assange e o WikiLeaks. Na verdade, é o poder vingativo de Washington que representa a maior ameaça — como podem atestar Chelsea Manning e os prisioneiros de Guantánamo.
Os norte-americanos perseguem Assange porque o WikiLeaks expôs seus crimes épicos no Afeganistão e no Iraque: as mortes de dezenas de milhares de civis, que eles esconderam; e seu desprezo pela soberania e leis internacionais, como demonstrado, de forma brilhante, nos despachos diplomáticos vazados. O WikLeaks continua a expor a atividade criminosa dos EUA: acabou de publicar documentos altamente sigilosos interceptados — relatórios de espiões estadunidenses detalhando telefonemas privados dos presidentes da França e da Alemanha, e outros altos funcionários, relativos a assuntos políticos e econômicos internos da Europa.
Nada do que Assange fez é ilegal sob a Constituição dos EUA. Como candidato à presidência em 2008, Barack Obama, um professor de direito constitucional, louvou os denunciadores como “parte de uma democracia saudável [e eles] precisam ser protegidos de represálias”. Já em 2012, a campanha para reeleger Barack Obama presidente gabava-se em seu site de ter perseguido mais denunciadores em seu primeiro mandato do que todos os outros presidentes norte-americanos juntos. Antes mesmo que Chelsea Manning tivesse ido a julgamento, Obama declarou-o culpado. Chelsea foi depois sentenciada a 35 anos de prisão, tendo sido torturada durante sua longa detenção antes de ser julgada.
Leia mais:
Há poucas dúvidas de que, caso os EUA coloquem as mãos sobre Assange, um destino semelhante o espera. Ameaças de prisão e assassinato de Assange tornaram-se moeda corrente dos extremistas políticos nos EUA, depois da calúnia absurda do vice-presidente Joe Biden, para quem o fundador do WikiLeaks era um “cyber-terrorista”. Aqueles que duvidam do grau de crueldade que Assange pode esperar deveriam lembrar-se do pouso forçado imposto ao avião do presidente Evo Morales, da Bolívia em 2013, porque os EUA supuseram erroneamente que ele transportava Edward Snowden.
De acordo com documentos divulgados por Snowden, Assange figura numa “lista de alvos de caçada humana”. As tentativas de Washington para colocar as mãos sobre ele, dizem despachos diplomáticos australianos, é “sem precedentes em escala e natureza”. Em Alexandria, Virginia, um júri secreto passou cinco anos tentando achar um crime pelo qual Assange possa ser processado. Não é fácil. A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos protege editores, jornalistas e denunciantes.
Frente a esse obstáculo constitucional, o Departamento de Justiça dos EUA tramou acusações de “espionagem”, “conspiração para cometer espionagem”, “conversão” (roubo de propriedade do governo), “fraude e abuso de informática” (pirataria informática) e “conspiração” em geral. A Lei de Espionagem prevê prisão perpétua e pena de morte.
A possibilidade de Assange defender-se nesse mundo kafkiano foi prejudicada pelo fato de os EUA declararem seu caso segredo de Estado. Em março, um tribunal federal de Washington bloqueou a divulgação de qualquer informação sobre a investigação de “segurança nacional” contra o WikiLeaks, porque ela estava “ativa e em curso” e seria prejudicada a “acusação pendente” contra Assange. A juiza, Barbara J. Rosthstein, disse que era necessário mostrar “deferência apropriada ao Executivo em matéria de segurança nacional”. Tal é a “justiça” de um tribunal de fachada.
O papel de apoio nessa farsa sinistra está na Suécia, e é interpretado pela procuradora Marianne Ny. Até recentemente, Ny recusou-se a cumprir um procedimento europeu de rotina, que exigia que ela viajasse a Londres para interrogar Assange e fazer o caso avançar. Durante quatro anos e meio, Ny nunca explicou de forma convincente por que razão recusou-se a ir para Londres; e as autoridades suecas nunca explicaram por que se recusaram a dar a Assange garantias de que não iriam extraditá-lo para os EUA sob um acordo secreto firmado entre Estocolmo e Washington. Em dezembro de 2010, o jornal britânico The Independent revelou que os dois governos haviam discutido sua futura extradição para os EUA.
Contrariamente à sua reputação de bastião em defesa das liberdades, nos anos 1960, a Suécia aproximou-se tanto Washington que permitiu as prisões secretas executadas pela CIA e a deportação ilegal de refugiados. A prisão e subsequente tortura de dois refugiados políticos egípcios em 2001 foi condenada pela Comitê contra a Tortura da ONU, a Anistia Internacional e o Human Rights Watch; a cumplicidade do Estado sueco está documentada em processo civil bem sucedido e em despachos vazados pelo WikiLeaks. No verão de 2010, Assange tinha voado para a Suécia para falar sobre revelações do WikiLeaks relativas à guerra no Afeganistão – em que a Suécia tinha soldados sob comando dos EUA.
“Documentos divulgados pelo WikiLeaks depois que Assange mudou-se para a Inglaterra”, escrever Al Burke, editor da versão online doNordic News Network, um estudioso dos múltiplos riscos que Assange enfrenta, “indicam claramente que a Suécia é submetida consistentemente a pressão dos Estados Unidos, em assuntos relativos a direitos civis. Existem todas as razões para temer que, se Assange fosse mantido sob custódia pela autoridades suecas, ele poderá ser transferido para os Estados Unidos sem a devida consideração de seus direitos legais.”
Por que razão a promotora pública sueca não resolveu o caso de Assange? Muitos na comunidade jurídica da Suécia acreditam que seu comportamento é inexplicável. Antes implacavelmente hostil a Assange, a imprensa sueca já chegou a publicar manchetes tais como: “Vá para Londres, pelo amor de Deus.”
Por que ela não foi? Mais precisamente, por que ela não permite o acesso do tribunal sueco a centenas de mensagens de SMS que a polícia extraiu do telefone de uma das duas mulheres envolvidas nas alegações de má conduta sexual? Por que ela não as passou aos advogados suecos de Assange? Ela diz que não está legalmente obrigada a fazê-lo até que uma acusação formal seja lançada e ela tenha interrogado o acusado. Mas então, por que ela não o interroga? E se ela o fizesse, as condições que iria exigir dele e de seus advogados – que não pudessem desafiá-la – tornariam a injustiça que comete uma quase certeza.
Por uma questão processual, o Supremo Tribunal da Suécia decidiu que Ny pode continuar a obstruir a divulgação crucial das mensagens de SMS. O tema vai agora para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. O que Ny teme é que as mensagens SMS destruam sua acusação contra Assange. Uma das mensagens deixa claro que uma das mulheres não queria qualquer fazer qualquer queixa contra o fundador do Wikileaks, “mas a polícia estava ansiosa para colocar as mãos nele”. Ela ficou “chocada” quando eles o prenderam só porque ela “queria que ele fizesse um teste [HIV].” Ela “não quis acusar JA de nada” e “foi a polícia que inventou as acusações”. (No depoimento de uma testemunha, ela é citada ao dizer que tinha sido “atropelada pela polícia e outros ao seu redor.”)
O Caso
Nenhuma das mulheres alegou ter sido estuprada. De fato, ambas negaram ter sido estupradas e uma delas chegou a tuitar que “não fui estuprada”. É evidente que foram manipuladas pela polícia e seus desejos ignorados – seja o que for que seus advogados possam dizer agora. Certamente são vítimas de uma história que atinge a própria reputação da Suécia.
O único julgamento a que Assange teve “direito” foi o da mídia. Em 20 de agosto de 2010, a polícia sueca abriu uma “investigação de estupro”. Informou de imediato – e ilegalmente – aos tabloides de Estocolmo que havia uma autorização para Assange ser preso pelo “estupro de duas mulheres”. Essa foi a notícia que rodou o mundo.
Em Washington, o secretário de Defesa, Robert Gates, disse sorridente aos repórteres que a prisão “soa como boa noticia para mim”. Contas de tuiter associadas ao Pentágono descreveram Assange como “estuprador” e “fugitivo”.
Menos de 24 horas depois, a procuradora geral de Estocolmo, Eva Finne, assumiu a investigação. Ela não demorou a cancelar o pedido de prisão, dizendo, “Não acredito que haja nenhuma razão para suspeitar que ele cometeu um estupro.” Quatro dias depois, encerrou todo o inquérito, dizendo: “Não há suspeita de crime algum”. O processo foi arquivado.
Entra Claes Borgstrom, um político de alto nível do Partido Social Democrata candidato às então iminentes eleições gerais suecas. Depois de dias da demissão da procuradora geral do caso, Borgstrom, um advogado, anunciou à mídia que estava representando as duas mulheres e obteve a nomeação de uma nova promotora, na cidade de Gothenberg. Era Marianne Ny, bem conhecida de Borgstrom, pessoal e politicamente.
Em 30 de agosto, Assange apresentou-se voluntariamente numa delegacia de política em Estocolmo e respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas. Entendeu que aquilo liquidava o assunto. Dois dias depois, Ny anunciou que estava reabrindo o caso. Um repórter sueco perguntou a Claes Borgstrom por que razão o caso estava prosseguindo, quando já havia sido arquivado, citando uma das mulheres que disse não ter sido estuprada. Ele respondeu: “Ah, mas ela não é uma advogada.” O advogado australiano de Assange, James Catlin, zombou, “Isso é um caso hilário… é como se fossem inventando no decorrer da história.”
No dia em que Marianne Ny reabriu o caso, o chefe do serviço de inteligência militar da Suécia – que tem como acrônimo MUST – denunciou publicamente o WikiLeaks num artigo intitulado “WikiLeaks [é] uma ameaça para nossos soldados.” Assange foi avisado que o serviço de inteligência sueco, SAPO, havia sido avisado por seus pares dos EUA de que os acordos de inteligência partilhados pelos EUA e Suécia seriam “cortados” se a Suécia lhe desse abrigo.
Durante cinco semanas, Assange aguardou na Suécia que a nova investigação seguisse seu curso. The Guardian estava prestes a publicar os “Registros de Guerra” do Iraque, com base nas revelações do WikiLeaks – uma publicação que Assange deveria supervisionar. Seu advogado em Estocolmo perguntou a Ny se ela tinha alguma objeção a que ele deixasse o país. Ela disse que Assange estava livre para partir.
Inexplicavelmente, assim que ele deixou a Suécia – no auge do interesse da mídia e do público com as revelações do WikiLeaks – Ny emitiu um mandado de prisão europeu e um “alerta vermelho” da Interpol, normalmente utilizado contra terroristas e criminosos perigosos. Difundido em todo o mundo, em cinco idiomas, o documento garantiu um frenesi da mídia.
Assange compareceu a uma delegacia de polícia em Londres, foi preso e passou dez dias na prisão de Wandsworth, confinado numa solitária. Libertado sob uma fiança de 340 mil libras esterlinas (cerca de R$ 1,85 milhão), foi marcado eletronicamente, obrigado a se comunicar com a polícia todos os dias e colocado sob prisão domiciliar, enquanto seu caso começava uma longa jornada até o Supremo Tribunal. Ele ainda não havia sido acusado de nenhuma infração. Seus advogados repetiram a proposta de ser interrogado por Ny em Londres, ressaltando que ela havia lhe dado permissão para ele deixar a Suécia. Sugeriram um mecanismo especial comumente usado na Scotland Yard para esse fim. Ela se recusou.
Katrin Axelsson e Lisa Longstaff, da organização internancional Women Against Rape (Mulheres contra o Estupro), escreveram: “As alegações contra [Assange] são uma cortina de fumaça atrás da qual alguns governos estão tentando abater o WikiLeaks por ter revelado, de forma audaciosa, seus planos secretos de guerras e ocupações com seus estupros, assassinatos e destruição… As autoridades ligam tão pouco para a violência contra as mulheres que manipulam alegações de estupro à vontade. [Assange] já deixou claro que está disponível para ser interrogado pelas autoridades suecas, na Grã-Bretanha ou via Skype. Por que eles estão se recusando essa medida essencial na sua investigação? De que têm medo?”
Essa pergunta continuou sem resposta à medida em que Ny recorria ao Mandado de Detenção Europeu (EAW, em inglês), um produto draconiano e hoje desacreditado da “guerra ao terror”, supostamente criado para capturar terroristas e o crime organizado. O EAW desobrigou os Estado que pedem detenção de apresentar qualquer prova de crime. Mais de mil EAWs são emitidos a cada mês; poucos têm a ver com potenciais acusações de “terror”. A maioria é emitida para delitos triviais, tais como multas e encargos bancários em atraso. Muitos dos extraditados enfrentam meses de prisão sem acusação. Tem havido um número de chocantes erros judiciais, de que os juízes britânicos têm sido profundamente críticos.

 Por John Pilger*
No Outras Palavras
* Tradução: Inês Castilho