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A cantora Márcia Felipe criticou a canonização da irmã Dulce pelo Vaticano. Os católicos ficaram furiosos com sua declaração.

A freira baiana Irmã Dulce foi canonizada pelo papa Francisco no último domingo, 13 de outubro, numa cerimônia realizada no Vaticano. A repercussão da celebração católica motivou críticas da cantora de forró manauara Márcia Fellipe, o que revoltou milhares de católicos nas redes sociais.

Numa cerimônia com presença de 50 mil pessoas, incluindo diversos brasileiros, o papa Francisco conduziu a canonização da freira Irmã Dulce na Praça de São Pedro. Agora, a religiosa católica, a quem foram atribuídos milagres, será chamada Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa da denominação romana nascida no Brasil.

O papa Francisco recebeu as relíquias de um total de cinco canonizados. Segundo informações do portal G1, a relíquia da Irmã Dulce entregue ao pontífice foi uma pedra ametista com um pedaço do osso da costela da santa.

Críticas

Márcia Fellipe, cantora de forró muito popular nas regiões norte e nordeste, comentou a canonização da Santa Dulce dos Pobres de maneira que causou celeuma com os fiéis católicos.

No Instagram, ela reconheceu o trabalho social da freira, mas deixou clara sua inconformidade com a atribuição de santidade à religiosa: “Ajudar o próximo, sim! Mas não faz nenhum ser humano ser ‘santo’. Santo só o senhor Jesus Cristo. Não se deixem enganar (leiam a Bíblia). ‘E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’. João 8:32”, escreveu a artista e empresária, citando o versículo bíblico que se tornou amplamente popular na campanha eleitoral para a presidência da República vencida por Jair Bolsonaro (PSL) em 2018.

A declaração de Márcia Fellipe foi recebida de forma negativa pelos usuários da rede social que seguem seu perfil. Entre muitas reações, houve quem partisse para agressões verbais.

“Ridícula, que falta de respeito. Quem é você para dizer o que é certo e o que é errado? Lê a Bíblia inteira e não sabe o significado de cada palavra. Sua leitura foi em vão. Leia novamente e compreenda as suas palavras, você não é digna de dizer nada. Respeite a religião dos outros. Não nos metemos na sua”, escreveu um internauta nos comentários da publicação.

“Herege”, afirmou uma seguidora. “Cadê o respeito pela religião dos outros?”, questionou outro.

Uma das pessoas fez menção ao esforço católico de consolidação da Bíblia Sagrada em um livro, séculos atrás: “Você só tem e diz que lê a Bíblia por conta dos católicos. Então, linda, não só leia e decore. Estude cada palavra”.

Até ataques de cunho pessoal foram feitos para deslegitimar a crítica feita pela artista: “Vive mostrando o corpo em todo lugar, essas músicas ridículas e vulgar e vem aqui comentar uma coisa dessas”, disse um. ”Respeite a fé das pessoas” e “Cante menos e estude mais a Bíblia meu amor”, foram alguns dos demais comentários, que se acumularam em centenas de críticas.

O que vcs acham, ela está correta na sua interpretação bíblica ou simplesmente faltou o respeito pela Fé alheia?

Fonte: Portal Gospel Mais


A turminha da extrema direita, capitaneada pelo 02 Flávio Bolsonaro estão com as orelhas bem quentes e perdendo o sono. Tem general sendo investigado pela PF, entre eles o gen. Paulo Chagas.

Será instalada nesta quarta-feira (4) a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Na mesma reunião, marcada para as 11h, devem ser definidos os nomes do presidente, do vice-presidente e do relator do colegiado, que vai investigar a veiculação de notícias falsas.

Composta por 15 senadores e 15 deputados (e igual número de suplentes), a CPI mista terá 180 dias para investigar a criação de perfis falsos para influenciar as eleições do ano passado e ataques cibernéticos contra a democracia e o debate público. 

A prática de ciberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis, também será investigada pelo colegiado, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

A campanha eleitoral de 2108 foi marcada por falsas informações, caluniosas e difamatórias contra os candidatos da esquerda no Brasil. A suspeita estão sobre o núcleo bolsonarista e os procuradores curitibanos da operação lavajato.

E a gestão do atual "presidente" tem sido marcada pela mesma prática. Todos os dias o Bozo publica em seu twitter informação falsa que busca atingir alguém do país ou de países estrangeiros.

A gota da água foi quando a fábrica de fakes bolsonarista aliados a quadrilha de Curitiba atacaram sem trégua ministros do STF, assim como o próprio STF.

O Ministro Toffli ordenou abertura de uma investigação de ofício em março deste ano.O inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal e investigado pela PF,  está apurando apurando ameaças, ofensas e fake News, infrações disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares.

Para completar o infortúnio dos mentirosos de plantão, o Congresso no mês de agosto passado, derrotou os vetos de Bolsonaro e aprovou a lei contra as fake News, cujas penas vão de 2 a 8 anos de prisão.

É preciso que se destaque que o jornalista Glenn Grenwald tem grande colaboração na grande reação contra essa imensa epidemia de mentiras nas redes sociais com a vazajato, publicações de mensagens no telegrama entre os procuradores de Curitiba e o então juiz Sérgio Moro, publicadas no Portal Intercept e jornais parceiros.

E agora com essa CPI, é certo que determinadas pessoas no Planalto, em Curitiba e no Rio de Janeiro já estão com as barbas de molho. 

Vem muita coisa por aí. E não é fake news.

Em reunião na Suíça, em Genebra, igrejas nacionais se uniram ao Conselho Mundial de Igrejas para denunciar o cenário religioso no Brasil. Segundo mostrou o blog Jamil Chade em texto desta quinta-feira (29), igrejas avaliaram que certos grupos religiosos têm utilizado o radicalismo cristão para legitimar medidas do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e propagar “descriminação, violação aos direitos humanos e mesmo a proteção do planeta”.

Durante o encontro, a organização ecumênica mundial avaliou que a situação de direitos humanos no Brasil “voltou a ser problemática”, principalmente quando há “uma utilização da religião para legitimar a retirada de direitos”, relatou o blog. Ainda, parte das igrejas brasileiras constataram que, sozinhas, não terão a capacidade de se organizar para fazer frente às tendências políticas atuais. Portanto, pedem a ajuda das igrejas de todo o mundo.

O Conselho Mundial de Igrejas já atuou no Brasil em luta contra a ditadura militar nos anos 70, bancando grupos religiosos para fazer resistência ao regime. O grupo financiou os trabalhos da coleta de dados de vítimas e torturadores, que acabaria sendo conhecida como “Brasil: Nunca Mais”.

Segundo o reverendo Agnaldo Gomes, em entrevista ao blog, a defesa da família foi colocada “como a grande desculpa” no Brasil, inclusive na campanha eleitoral. “Mas isso é apenas a fachada. O que se tem é a retirada de direitos”, alertou. “Os evangélicos estão sendo usados”, disse.

Em sua maioria, os participantes do encontro foram de igrejas protestantes, mas a reunião também contou com um representante da Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB).



O Congresso Nacional derrubou na noite de hoje (28) o veto de Jair Bolsonaro a penas mais duras para quem propaga notícias falsas, as chamadas fake news, nas eleições. O veto ocorreu em junho, quando a Lei 13.834/2019, que atualiza o Código Eleitoral, chegou à mesa do presidente da República. 
Com a derrubada do veto, a pena para quem divulgar notícias falsas com objetivo eleitoral é de dois a oito anos de reclusão. A pena só será aplicada quando estiver comprovado que o acusado sabia da inocência do alvo da notícia falsa propagada.
Em seu veto, Bolsonaro havia argumentado que a nova pena “viola o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada”. O veto de Bolsonaro foi derrubado por 326 deputados e 48 senadores.

CPMI das fake news

O presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre, anunciou a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a propagação de notícias falsas. Alcolumbre fez o anúncio em sua conta no Twitter, enquanto comandava a sessão do Congresso durante o dia de hoje (28).
“Na sessão do Congresso Nacional, anunciei a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar notícias falsas, conhecidas como fake news, para a próxima semana. Será composta por 15 senadores e 15 deputados, e o mesmo número de membros suplentes”, disse Alcolumbre. Na sessão do Congresso do dia 3 de julho ele havia lido o requerimento, de autoria do deputado Alexandre Leite (DEM-SP).

Agência Brasil/EBC


Desde que o impeachment da presidente Dilma Rousseff foram celebrados pela corja de corruptos do Congresso e da operação Lavajato, Temer que assumiu a presidência contra a vontade popular, iniciou o desmonte do estado social no Brasil.

A continuidade desta tragédia se mantém no governo Bozococa, onde todos os objetivos da equipe estão em acabar com o acesso a Educação, Moradia, escravizar os trabalhadores e principalmente, destruir todos os programs sociais que atendem uma população vulnerável em estado de extrema pobreza, atingindo um setor altamente frágil dessa camada social que são as crianças.

É estarrecedor o que ocorre com as crianças ribeirinhas e carentes nas redondezas da Ilha de Marajó.

Em Melgaço, no Pará, a equipe do Repórter Record Investigação flagrou crianças de 4 a 11 anos e adolescentes que entram em balsas para pedir comida e são abusadas. Conhecida como balseiras, elas mantêm relações com os donos das embarcações para conseguirem alimento e óleo para a família.

A reportagem flagra quando as canoas, conhecidas como ‘rabetas’ com crianças se aproximam dos barcos e é feita a negociação, os barqueiros pagam em média R$ 50 a 100 para manter relações sexuais com as crianças. Quando não recebem o valor em dinheiro, as crianças são presenteadas com brinquedos, recebem comidas e óleo para cozinhar.

São crianças que se prestam ao abuso porque o objetivo maior ali é matar a fome. Sempre matar a fome!

Recentemente uma operação do Ministério do Trabalho e a Dfensoria dos Direitos Humanos multaram uma balsa em meio milhão de reais.

E esse dinheiro vai pra onde? Porque não retorna em investimento e geração de renda para a família destas crianças?

Na reportagem claramente percebe-se que gelo está sendo enxugado. Porque mesmo que houvesse uma fiscalização eficiente e o abuso fosse coibido, como essas crianças iriam comer? De onde as famílias tirariam o sustento de seus filhos.

Não existe uma politica pública que seja para implementar programas de geração de renda que deem dignidade a estas famílias e uma vida com qualidade e educação para estas crianças.

Nestas horas me pergunto a folclórica e nociva Ministra Damares? Não seria ministra, esse um dos principais campos que seu ministério tinha que atuar? E não digo só o ministério de estado não, seu ministério religioso também?

Porque em vez da senhora perseguir índios, não movimenta as igrejas evangélicas para cuidar socialmente destas famílias e suas crianças? Não seria aí um campo fértil para as igrejas fazerem o bem, ajudar a quem precisa, conforme mandamento de Jesus?

Infelizmente, o Brasil volta ao mapa da fome em grande escala com uma rapidez vertiginosa, governado por hipócritas e cruéis mandatários.

Ou o povo brasileiro se une pra salvar o Brasil, ou então..., não temos salvação.

#LulaLivre






Marcelo Freixo foi atacado no Twitter porque foi convidado pela namorada para comemorar o aniversário dela no Copacabana Palace, um dos hotéis mais sofisticados do Rio, senão o mais tradicional.

Depois de um foto publicada no seu Twitter, os jumentominions ficaram histéricos e colocaram comentários do tipo viralatismo:
- Isso mesmo. Faz o que eu digo, mas não faça o que eu faço.
Outros foram além:
- Estava lá organizando a resistência.
Freixo resolveu responder de modo que espelha a opinião desse blogueiro:
Quem nasceu em São Gonçalo não pode frequentar os espaços da elite? Colonial.
Quem é de esquerda não pode ir num espaço sofisticado? Tosco.
Uma mulher não pode ganhar melhor que o marido e pagar a hospedagem num hotel? Machista.
Os minions.... hoje tem ato ruas." 
Sua namorada, Antonia Pellegrino, a aniversariante em questão também responde ao assédio fascista  dizendo  ter sido ela quem pagou a diária para comemorar seu aniversário, e convidou Freixo, que obviamente e corretamente fez bem em aceitar.

Antonia também fez mais comentários:

Minions, eu sei q pensar ñ é com vcs, mas tentem:
1. Nem todo mundo q é progressista é socialista
2. Nem todos q são progressistas são pobres
3. Quem gosta de dividir migalhas são vocês, que odeiam pobre. Eu sou progressista pq quero é dividir riqueza.
Eu me pergunto, quer dizer que por ser progressista ou de esquerda tenho que me hospedar num puteiro do porto? Usar celular chinês? Gostar de andar de ônibus e morar numa favela?

Isso é uma balela equivocada. Ser Socialista é querer compartilhar o que se tem de melhor no mundo capitalista. É dividir a melhor comida, a melhor moradia, o melhor carro, as melhores viagens, as melhores roupas e seus acessórios.

Acordem! Quem gosta de pobreza não é intelectual, nem os progressistas e nem a esquerda. Quem gosta de pobreza são os ricos que manipulam os jumentominions subservientes para ajuda-los a manter a concentração de renda somente entre a classe dominante.

Parafraseando, faço minhas as palavras o que o jornalista Fábio Lau disse sobre o assunto em seu blog:
Caso este blogueiro seja convidado para o Copa, Sheraton ou Hilton, não hesitem em fotografar. Senão ninguém vai acreditar.
#LulaLivre

Ontem a noite, fui cobrado no meio do meu sono por não desejar Feliz Dia das Mulheres ou até mesmo durante o dia, por não ter publicado nenhuma homenagem no meu face.

A questão para mim é simples. Homenageio as mulheres todos os dias, as que merecem, nem todas são dignas de que ao menos pronuncie-se o nome de Mulher com M maiúsculo.

Me recuso a fazer parte da idiotice mundial que domina as pessoas, domina a mídia quando se refere a esta data. No Brasil a hipocrisia reina, porque a maior parte dos homens que distribuíram cartões e frases homenageando a mulher pelo seu dia nas redes sociais, agridem suas mulheres, ofenderam e desejaram a morte de Dilma Rousseff, se congratularam pela morte de Marisa Letícia, agridem e ofendem mulheres de todas as raças e classes nas redes sociais,  e ainda incluo entre estes, bom número de mulheres que não perceberam que estão depondo contra si mesmas.

Mesmo recusando a fazer parte deste circo, aproveito o ensejo da cobrança a que fui submetido e escrevo uma carta aberta a todas as mulheres e homens deste Brasil para que reflitamos sobre o tal Dia Internacional das Mulheres. Vamos falar de nossa realidade brasileira.

Comemorar e felicitar sobre o quê mesmo?

Dados do Datafolha sobre a violência contra a mulher em 2016
A cada hora, 503 mulheres sofreram algum tipo de agressão física em 2016, segundo pesquisa do instituto Datafolha encomendada pelo Fórum de Segurança Pública, 9% da população acima de 16 anos relataram ter sido vítimas de socos, chutes, empurrões ou outra forma de violência.

As agressões verbais e morais, como xingamentos e humilhações, atingiram 22% da população feminina. Ao longo do ano passado, 29% das mulheres passaram por algum tipo de violência, física ou moral. Entre as pretas (expressão usada pelo IBGE), o índice sobe para 32,5% e chega a 45% entre as jovens (de 16 a 24 anos).

Foram vítimas de ameaças com armas de fogo ou com facas 4% - 1,9 milhão de mulheres. Espancamentos e estrangulamentos vitimaram 3%, o que representa 1,4 milhão de mulheres, enquanto 257 mil, 1% do total, chegaram a ser baleadas.

A cada três brasileiros, incluídos homens e mulheres, dois presenciaram algum tipo de agressão a mulheres em 2016, desde violência física direta, a assédio, ameaças e humilhações. O percentual é de 73% entre as pessoas pretas e 60% entre as brancas.

O tal “empoderamento”
Ontem passei na Lagoa, centro de João Pessoa e vi uma mulher esbravejando belicosamente no microfone, em mais um evento hipócrita promovido pela prefeitura de João Pessoa, de que “não podíamos mais tolerar isso”, e que o “empoderamento das mulheres” etc. etc...

O tal discurso do empoderamento que vejo em todas as ações ditas feministas tanto aqui na Paraíba quanto no resto do Brasil. E percebi que muitas mulheres quando falam em empoderamento não sabem o real significado, mas interpretam mesmo como tomada do poder.

Mas afinal, o que realmente significa esta palavra?

No portal “Significados” diz assim: - “Empoderamento é a ação social coletiva de participar de debates que visam potencializar a conscientização civil sobre os direitos sociais e civis.
Esta consciência possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política. ” – Portanto esse conceito evoca uma luta conjunta, coletiva e não apenas de uma classe, categoria ou um tipo de “minoria”, que nesse caso é um eufemismo que beira o absurdo.

O que são machismo e feminismo?
No conceito machista se crê num "sistema hierárquico" de gêneros, onde o masculino está sempre em posição superior ao que é feminino. Ou seja, o machismo é a ideia errônea de que os homens são "superiores" às mulheres.

No conceito feminista, em tese, se prega a busca da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Mas na prática disseminada do século XXI, o feminismo em sua maioria expressa-se de modo radical e está contaminado pelo femismo, que por sua vez, pode ser considerado o sinônimo do machismo (ao mesmo tempo que é seu oposto), pois trata-se de uma ideologia de superioridade da mulher sobre o homem. O femismo, assim como o machismo, prega a construção de uma sociedade hierarquizada a partir do gênero sexual; baseada em um regime matriarcal.

Faca de dois gumes
Em síntese, correndo o risco de provocar a ira femisma, digo que o discurso de empoderamento da mulher, perdeu na prática o foco de luta coletiva, tornando-se sim, uma guerra de classes, melhor dizendo, uma guerra sexista em que não se compartilha, mas disputa-se um espaço de poder.

Não estou aqui para desqualificar o feminismo no Brasil, muito pelo contrário, para defende-lo em sua origem, pureza de ideais e pedindo que seja aceita dos dois lados, a participação do homens nesta luta. É uma faca de dois gumes recusar que os homens sejam parceiros nesta luta.

É preciso lembrar que o movimento feminista no Brasil começou a tomar corpo no começo do século XX, mais precisamente entre as décadas de 1930 e 1940. A estrutura familiar e social do brasileiro era totalmente construída sobre a figura do homem; um regime patriarcal. O feminismo no país surgiu, assim como em outros cantos do mundo, como uma tentativa de inserir a mulher brasileira na sociedade, dando voz e expressão às suas necessidades.

E conseguiu muitas conquistas. E devo lembrar que muitos homens de expressão histórica e pela história tiveram participação efetiva nestas conquistas. 

E quem negar isso eu provo...

E é absolutamente necessário, que depois de quase um século de luta, se faça uma autocrítica interna, real, verdadeira, à partir de suas vísceras, crítica que vai do coletivo ao individual. Partindo de questões políticas e sociais que permeiam e interferem na vida do cidadão e cidadã publicamente, como também no dia a dia doméstico em família.

E para o sucesso definitivo destes anseios, desejos e conquistas, é preciso que o homem participe desta luta convicto que está apoiando e lutando pela mais nobre das causas. A luta feminista no Brasil e no mundo não terá sucesso se o homem estiver fora do processo.

É dar murro em ponta de faca sustentar movimentos que se dizem feministas e  que alimentam a eterna disputa entre homens e mulheres em prol de sobrevivências individuais e benefícios próprios. Muitos destes movimentos hoje, não só no Brasil, mas no mundo, são meros cabides de empregos.

Escuto discursos de “feministas” indignadas quando eu digo a elas que o homem tem que participar do processo ativamente. Elas reagem afirmando que até numa luta exclusiva das mulheres, queremos interferir e continuar mantendo-as dependentes dos homens neste processo.

Cegueira total.

Homens esclarecidos, nos quais eu meu incluo, não querem mulheres dependentes de si mesmos. O machismo para nós é um peso depressivo e queremos nos livrar disso, além de que grande parte das mulheres são machistas e gostam disto.

E aos homens que não são esclarecidos, bem formados ou informados, que são machistas por nascença, culturalmente, será impossível esclarece-los e liberta-los destas amarras, se nós os homens de mais visão não estivermos com as mulheres feministas nesta luta.

Depois da Lei Maria da Penha, a violência em vez de diminuir aumentou, por causa da própria realidade da punição, o que torna os homens violentos mais raivosos ainda. Mesmo assim, essa lei é fundamental e tem que existir, porque pelo menos agora toda violência contra mulher tem a punição que merece. Pelo menos em tese, mas temos visto sim, a lei aplicar a devida e rápida prisão e punição na maioria dos casos.

Mas se os homens que apoiam a causa feminista estão excluídos do ativismo e do processo de luta, então não podem contribuir para a conscientização de outros homens, não podem concretizar é um trabalho de apoio a causa das mulheres, e que claramente tornou-se muito mais necessário depois que Lei Maria da Penha foi implantada.

Também tem as mulheres que mostram suas convicções que vão contra si mesmas. Muitas mulheres que se dizem feministas na verdade são machistas ou feministas de conveniência. Um feminismo distorcido. Não deixam que homens lhes digam o que fazer, mas querem ser bancadas e sustentadas por eles sem questionamentos. Assim até eu quero ser essa mulher.

E a mães? O que fazem para educar seus filhos contra a violência doméstica?

Todos os agressores e assassinos de mulheres tem mães. Foram criados por uma mulher.

Porque não foram educados a respeitar as mulheres e a não agredi-las? 

Minha mãe, por exemplo, um exemplo de mulher lutadora e que quando jovem, esteve a frente do seu tempo, tinha tanto ciúmes dos seus filhos homens, que vivia a depreciar as mulheres e seu caráter para que não nos aproximássemos delas. Eu vivi isso. Graças as Deus não sou agressor de mulheres por causa disto, mas isso é uma gota no oceano.

É preciso educar de berço. Não vejo os movimentos feministas trabalharem para inserir esse conceito nos seios das famílias brasileiras, conscientizando as mães, aquelas que são omissas, ausentes e que passam a mão na cabeças dos filhos quando cometem erros, e também aquelas que nomeamos popularmente como “mães judias”, que são dominadoras e manipuladoras de seus filhos.

O problema é que muito do discurso e prática “feminista” de hoje, (que está mais para femisma) não valoriza a família. O que faz com que esse trabalho de conscientização acaba ficando restrito as psicólogas e  a escola que está em boa parte ineficiente neste quesito. O pior é quando a delegada da delegacia da mulher tem que conscientizar e agir em defesa, porque aí é quando já chega com as consequências da violência mostrando seus resultados.

Então como inserir a conscientização feminista em sua essência as mães, filhas, em suma, na família, se o movimento não se insere no dia a dia familiar?

E quando dizemos famílias, falamos em homens também. Ou seja, maridos e filhos tem que participar, tem que assimilar, aprender, entender e compreender o verdadeiro e ideal papel das mulheres em nossa sociedade.

Sem isso, fica difícil para mim, crer que algumas lideranças feministas que se dizem representantes da classe e aparecem somente em eventos do Dia da Mulheres igual a político em dia de eleição, para berrarem aos microfones, “guerra aos homens”, realmente estão interessadas em chegar a uma definição final e satisfatória no que se refere as conquistas feministas de macro e de micro porte e principalmente, eliminar a violência contra a mulher.

Homem tem que participar da luta feminista. Homem tem que ser feminista, sem deixar de ser masculino. Mulher tem que ser feminista sem deixar de ser feminina.

Sem isso, não mandarei jamais cartões e mensagens no Dia Internacional da Mulher, porque é somente uma data comemorativa e não há muito do que comemorar em quase um século de lutas.

Não exercerei a hipocrisia, me recuso.

Homens e Mulheres tem que andar e lutar juntos, mesmo que separados, exercerem direitos iguais, exercerem diferenças naturais e intelectuais com respeito e admiração, conquistarem justiça social para todos, qualidade de vida para todos.

Isso só se consegue com União. A desunião é objetivo das elites dominantes que separam para continuarem dominantes. Entre eles não há essa desigualdade. Esses homens e mulheres são igualmente ricos e juntos exploram o povo.

O Dia da Mulher a meu ver é todo dia, um dia só é pouco. Porque todo dia temos de galgar degraus, conquistar algo e comemorarmos pontualmente essas conquistas.

E o homem da classe média tem que estar de mãos dadas nesta luta, participar ativamente deste processo, porque estes são os que mudarão a opinião dos homens de outras classes sociais, acima ou abaixo, pelo diálogo ou pela força.

Melhor o diálogo de que a força, mas revolução se faz nas duas formas, juntas ou não, se for necessário.

Todos os dias.
Carlos Moreno em entrevista no programa The Noite em 2016; ator é famoso por comerciais


FERNANDA LOPES
De 1978 a 2016, Carlos Moreno teve "mil e uma utilidades" na TV. Garoto-propaganda recordista na publicidade mundial, ele marcou época e é conhecido até hoje como ícone da Bombril, marca de produtos de limpeza. Desde o ano passado, no entanto, Moreno, de 63 anos, não faz mais parte das campanhas da empresa. Após ser substituído por Dani Calabresa, Monica Iozzi e Ivete Sangalo em algumas campanhas, ele terminou sua longínqua parceria com a marca.

"O contrato estava para acabar e a Bombril passava por uma situação complicada. Fizeram cortes bem malucos em toda a empresa, inclusive na área de publicidade. Até me fizeram uma proposta de renovação, mas era meio absurda. Então chegamos num consenso: já que não estava sendo aproveitado, não tinha nenhuma perspectiva de trabalhar, não fazia sentido eu continuar contratado. No futuro, se tiver interesse, a gente volta a trabalhar junto com o maior prazer", conta.


A trajetória de Moreno como garoto-propaganda começou em 1977, quando fez teste e foi contratado por Washington Olivetto para interpretar um funcionário (com jeito de cientista) da marca de esponjas de aço e aconselhar a dona de casa consumidora nos comerciais.

A primeira campanha foi ao ar em 1978, e o ator teve contrato ininterrupto até 2004. Ele ficou afastado da empresa até 2007, quando voltou a fazer as propagandas. Moreno estima que tenha feito quase 400 comerciais em todo o período, além de muita publicidade para mídia impressa. Segundo o Guinness Book, Moreno é desde 1994 o garoto-propaganda de maior tempo de permanência no ar.

"Não tinha muito uma periodicidade, eu ia a cada três meses no estúdio e fazia campanhas. Nunca fiz aquelas loucuras do Fabiano [Augusto, das Casas Bahia], mas às vezes a gente gravava quatro ou cinco filmes numa diária. Em 1998, 1999, a gente praticamente não fez filme, só fazia foto. Toda semana tinha uma foto nova para fazer, eram sempre baseadas em alguma personalidade, algum acontecimento da semana", lembra.


Carlos Moreno em duas caracterizações: Ana Maria Braga em 1999 e Papa Bento 16 em 2007

Em 2013, a comunicação da marca mudou: em vez de Moreno, a Bombril colocou na tradicional bancada de seus comerciais Dani Calabresa, Monica Iozzi e Ivete Sangalo para falarem de forma bem-humorada sobre a evolução da mulher e dos produtos (com leve deboche sobre os homens). O ator foi deixado no “banco de reservas”.

"Não vou negar que fiquei chateado, eu adorava fazer o trabalho. Mas era uma proposta da empresa de mudar a comunicação, então eu tive que aceitar. Depois, quando tive a chance de trabalhar com elas, adorei as três, me diverti bastante. Eu entendo que nada é eterno. A vida inteira fui consciente de que as campanhas terminariam. Passei o bastão para as meninas e elas trabalharam lindamente", afirma.

Com tantos anos na publicidade, Moreno nunca fez novelas ou séries _seu trabalho mais marcante na TV foi o personagem Euclides no infantil Rá-Tim-Bum, da Cultura. Ator de teatro, ele afirma que se sente mais à vontade nesse meio, que conhece melhor e tem a possibilidade de produzir suas próprias peças.

Nos últimos anos, Moreno ficou em cartaz com o espetáculo Florilégio Musical e pretende, ao lado da atriz Mira Haar (de Mundo da Lua, 1991), dar continuidade a essa história. O ator está no ar atualmente em uma campanha de uma ótica, mas confessa que sente saudades de seu auge como garoto-propaganda.

"Eu sinto saudades, sinto mesmo. É um trabalho que eu tenho muito orgulho de ter feito, foi um marco. Tenho um patrimônio que é esse personagem que eu fiz, que sempre foi rodeado por muitos cuidados, é um trunfo que eu tenho. Pretendo fazer publicidade enquanto puder, desde que tenha um texto legal e tenha qualidade", discursa.


UOL-Notícias da TV


Na semana que passou, Letícia concedeu uma entrevista a competente jornalista Fania Rodrigues, do portal Brasil de Fato e fez algumas afirmações que me pôs a pensar.

Falar sobre Letícia Sabatella é fácil.  O que observo primeiro nela é o que ela diz e encontro as seguintes qualidades: Mulher de grande inteligência intelectual e de alma, super atriz e produtiva, mulher corajosa e ativista, mulher trabalhadora e que defende a si mesma e as outras com galhardia.

Pensei, pensei e pensei.

Mas antes, sigo a sequência proposta por mim mesmo no título deste artigo, então de cara, vai aqui uma autocrítica.

A Autocrítica 


Vamos lá. Apesar de simpatizante fervoroso, não sou exatamente um defensor ativo das causas feministas. Em alguns momentos me manifestei, na maioria das vezes, a favor do sexo feminino, mesmo assim tenho várias características que podem ser definidas de cunho machista, mais por formação e criação, do que por opção ou até mesmo proposta intelectual.

Devo ainda dizer que sou muito vigilante quanto a esta herança e procuro conciliar sempre de modo que não se crie um ambiente competitivo e de disputa por poder, mantendo o respeito pela outra, procurando ouvir e absorver o sexo oposto. A mulher como sexo oposto é outra definição a que me oponho. Oposição sempre?

Em geral, sempre tive boas relações sociais com as mulheres, tenho muitas amigas e no caso até melhores amigas. No casamento não tenho tido muito sucesso, tive dois, mas devo ressaltar que fiquei 9 anos casado em um e 15 anos em outro, ou seja, houve sim, esforços conjuntos para que tudo tivesse dado em bom resultado.

Enfim feito o meu “mea culpa”, vou a crítica referente a entrevista de Letícia Sabatella, como eu já disse antes, se falar sobre ela é fácil, assumo que é muito difícil um homem falar sobre feminismo e sobre a mulher ou o universo feminino, já que somos os réus e suspeitos nº1.

Mas assim como também vocês, mulheres psicólogas que escrevem sobre homens e o universo masculino e na maioria dos livros mais conceituados que já li, vocês passam muito longe. Podem até saber definir hipoteticamente ou como imaginamos também sobre vocês, o que somos, mas a real e verdadeira compreensão de nosso universo passa longe das mulheres mais especializadas no assunto que conheço.

Resumindo grosseiramente (é claro, eu sou um homem, né?), acredito que pouquíssimas mulheres conhecem realmente os homens. A bem da verdade, até hoje e eu tenho 52 anos de idade não conheci nenhuma que realmente dominasse o assunto.

O que pensando bem, pode ser até vantajoso para nós. Mas deixa pra lá, isso já é “pano pra manga” para outros assuntos.

Sendo assim, assim como essas mulheres falam sobre homens, arrisco-me corajosamente a emitir uma opinião crítica sobre o feminismo e o universo feminino, na esperança de ser mais compreendido, do que ser trucidado intelectualmente por furiosas leitoras que acompanharem este texto.

A Crítica

Na entrevista, Letícia afirma: "Feminismo é algo que liberta homens e mulheres".

A atriz fala sobre os desafios das mulheres na atual conjuntura de avanço do conservadorismo: "Penso no feminismo como algo que não pertence apenas ao movimento de mulheres. É a busca de equilíbrio para o que vem acontecendo, um modelo Neoliberal que vem atingindo principalmente as mulheres. A melhor coisa que alguém pode desejar na vida é abrir a porta de casa, sair tranquila, em paz, e saber que existe educação, saúde de qualidade, que vai poder crescer na vida. Estamos vivendo um tempo em que os valores individualistas parecem mais importantes que o coletivo. “

“Incomoda o tempo inteiro porque as pessoas introjetam o machismo. O machismo vai por dentro, vai minando nossas forças e daqui a pouco qualquer mulher pode introjetar o machismo, são limites que são impostos e incutidos na cabeça dela. Isso vem da cultura machista. A mulher precisa de mais possibilidades, mais liberdade. A sociedade tem que dar mais poder à mulher, mais possibilidades de realização de sonhos diversos e nos liberar de todas essas ideias que nos oprimem e permitir à mulher ter conhecimentos diversificados. ”

Bom, o que ela afirma não há como não concordar. Não se eu sou uma pessoa que não quer viver ou conviver com o machismo.  

Se eu sou uma pessoa que entende que a todos, homens ou mulheres, se dê oportunidades iguais e que possam realizar seus sonhos. Mas a coisa vai além de vivermos em uma sociedade machista.

É inegável que cada vez mais vemos um mundo mais perigoso para as mulheres. Tenho uma filha de 15 anos, e realmente isso me preocupa.

Os jovens que deveriam em tese ser uma geração mais à frente que a nossa, nossa geração deu um passo importante para as conquistas femininas, me parecem de um modo geral, mais agressivos com relação as jovens de sua idade. 

Isso é fruto de um conservadorismo que se comprova, avança cada vez mais e vislumbra uma próxima geração cheia de consequências e isso não pode ser deixado em branco. É preciso prestar atenção e tomar atitudes eficientes para eliminar o problema.

Mas será mesmo que o feminismo defende a mulher na prática?

Não questiono aqui as muitas mulheres que lutam para encontrar um caminho de harmonia social entre entre os gêneros, uma igualdade genuína de direitos, respeitando as diferenças naturais, intelectuais e de vivências, mas o que se pode constatar de fato, é que as práticas de lideranças e grupos feministas existentes no Brasil e no mundo, principalmente os mais novos, me pensar que algo parou no tempo e quando se busca abordar novas linguagens, a expressão me parece mais algo que ridiculariza do que dignifica a luta feminista.

Letícia deixa entender nas entrelinhas que o modelo neoliberal e retrógrado que está tomando conta do país, está atingindo principalmente os direitos das mulheres e transmite a idéia de que a modelo socialista foi mais progressista nesse sentido.

Concordo sim que, está havendo um retrocesso. Mas o problema da abordagem de Letícia é que ela coloca as mulheres como vítimas principais, sendo que o conservadorismo que avança pela Nação não escolhe gêneros ou transgenêros e sim classes sociais.

Eu sou socialista, não partidário e nem ideológico, mas defendo como modelo de gestão a Social Democracia. E o socialismo em essência, não é marcado por ser justo com as mulheres. Mas é verdade que a gestão do PT primou pela valorização das  mulheres e minorias, com certeza. 

Mas vamos lembrar superficialmente como seu deu as primeiras conquistas da mulher no início do sistema social em que vivemos.

O maior símbolo da vitória final da ideologia capitalista no século XX não foi a Queda do Muro e a subsequente derrocada da União Soviética, mas a entrada da mulher no mercado de trabalho na década de 80.

A transição recebeu diferentes rótulos, todos com conotações positivas para as mulheres – feminismo, liberação da mulher, regime igualitário, – porém minha impressão é que, oculto sob o discurso da valorização da mulher, estava o triunfo definitivo de valores tradicionalmente masculinos. E todos estes defendidos pelos movimentos feministas.

Vou elucidar um pouco esta questão.

Lá atrás, antes do advento da Igreja Romana e do início da Idade Média e consequente também, antes  do posterior advento do Islamismo, as mulheres tinham papel preponderante nas anteriores civilizações, sejam elas Ocidentais, como Grécia, Roma ou civilizações orientais anteriores, como também as consideradas mais primitivas como as situadas na Europa.

Elas viviam de igual para igual com os homens e tinhas papéis nos centros de poder tão influentes quanto. Com a igreja romana, as mulheres foram praticamente proscritas sem serem foragidas. Suas opiniões renegadas e seus conhecimentos antigos condenados a fogueira.

Não é por isso que vou pregar contra o legado de Jesus. Jesus era amigo das mulheres, aliás, sabe-se que Pedro, a quem muitos consideram o mais próximo do Mestre, não ocupava o lugar que as Marias ocupavam em seu coração. O que gerava ciúmes e sentimento de posse por parte do pescador. 

Como a igreja romana, errôneamente considera o Pedro o primeiro Papa, tenho por ideia, que o problema da sufocação feminina na cúpula da igreja motivou-se por esse fato.

Mas também é fato e curioso, que as Marias não abandonaram Jesus em seu Calvário, mas Pedro, um homem, o negou por 3 vezes.

Infelizmente Lutero, que não teve ou não pôde ter a visão necessária para essa questão das mulheres, manteve esse fatídico legado da igreja romana no protestantismo, aliás, como outros legados também. Esse fato fez com que o sistema protestante do século XVII e XVIII também fosse, assim como os católicos, os maiores repressores da mulher.

Mas sou Cristão convicto e defendo a Fé fora do sistema religioso e escravista que ainda é vigente em pleno século XXI.

Mas enfim, voltando a vaca fria, e com isso não me refiro pejorativamente a nenhuma mulher, cedo à simplificação, e pode-se dizer que durante décadas depois do advento feminista de 68, os modos de fazer da mulher ocidental representaram uma cópia ao modo masculino de agir e pensar. 

Segundo um escritor ou escritora, que não me lembro agora e que perdi as referências, infelizmente, ser mulher era assimilar um modo de vida subversivo, livre (em maior ou menor grau) das obsessões circulares da testosterona: a agressividade, a combatividade e a acumulação compulsiva de territórios, bens e parceiros sexuais.

Ainda segundo o mesmo texto (escrevo de memória, que ainda é muito boa), com a entrada definitiva da mulher no mercado de trabalho, por ocasião do escoamento dos homens para a Segunda Guerra Mundial, esse cenário se alterou. 

Oficialmente as mulheres estavam a partir de agora reivindicando seus direitos e conquistando o seu espaço; mais propriamente, estavam dando o seu aval às obsessões masculinas e confessando que apenas o espaço dos homens era legítimo. 

Depois de séculos de brava resistência, indo para as fogueiras, sendo expulsas de seus lares e lutando para preservar os conhecimentos antigos das plantas e natureza, as mulheres ajoelhavam-se no altar da performance.

Ao mundo masculino se presta a homenagem das feministas do século XX, porquê foram alçadas à condição de homens honorários.

Tenho certeza de que esta definição, por si só já basta com que eu seja crucificado e alçado à condição de machista e crítico contumaz das conquistas feministas.

Mas não é isso. Essa condição teve resultados questionáveis para o ambiente cultural do século XX. É mais do que claro que o movimento feminista do século XX foi importantíssimo, para que o homem fosse despertado ao que ele estava sendo submetido, sendo anestesiado pela religião, pela classe dominante e que gerou um sistema de ideologias que simplesmente quase destruiu o que mais bonito e fundamental poderia se ter entre um homem e uma mulher.

O Amor. Esse sentimento puro é único tem outra função muito importante também: a continuidade da espécie humana, no modelo autêntico, saudável e desejável. Nunca por acidente ou por imposição.

Reconheço as conquistas feministas, até por avaliar que havia bem poucas opções colocadas a mesa pelo sistema ideológico do capitalismo as mulheres. E no comunismo essa opção absolutamente não existiu. 

Como consequência, o ocidente sofreu uma tremenda perda no campo da biodiversidade cultural, e o capitalismo voltou para casa com o braço cheio de troféus e trunfos.

Isso gerou um intenso conflito de ordem coletiva, social e psicossomática nas mulheres que eram rotuladas como modernas. E é bom que se diga, nos homens também.

Os conflitos gerados por essa distorção na relação homem/mulher dentro da área doméstica foram inevitáveis.

Não porque somente o homem a princípio recusava-se a ceder seu espaço de “direito” a nova “intrusa”, mas porque a mulher assumiu condições masculinas por sua própria escolha, o que a colocou em posição de xeque com sua própria natureza e seu universo, nesse xadrez social e das relações intrafamiliares.

Minha mãe sempre trabalhou e teve dois casamentos fracassados em que claramente fui testemunha de que a culpa, se é que se pode definir assim, foi mais dela do que meu pai. 

Foi uma época em que testemunhei conflitos que claramente se chocaram com a independência de opiniões e profissionais e com o próprio papel feminino dentro do lar. Não falo de submissão, de recatada do lar, etc, etc. Falo do papel que era natural a ela como mulher e que ela nunca abriu mão.

Mas quem recebeu a grande carga negativa destes conflitos foram os filhos e filhas.

E o resultado inevitável dessa confusão, é que vai se passando de geração a geração, criando um círculo vicioso.

Dou este exemplo pessoal para num esforço hercúleo, dar visibilidade as consequências que modelo macro causou ao modelo micro refletindo diretamente nas relações pessoais entre homens e mulheres.

Cedo a simplificação mais uma vez, e ainda corro o risco de ser simplório, mas quando falo de Brasil e neste país, na minha geração, as mulheres já estavam seguindo o caminho que se propunham e no Sudeste, talvez consequente em residir na maior cidade da América Latina, os conflitos que surgiam eram de que eu por exemplo queria pagar a conta e a namorada queria pagar ou dividir.

“Porque eu não posso pagar a conta? ” – Minha reação de surpresa e não de indignação a essa atitude era latente. E permaneceu por muitos anos ainda.

E isso gerou muita confusão. Eu não sabia se devia mandar flores. E quando eu não mandava ela se sentia relegada a segundo plano. Quando eu não abria a porta do carro para ela era motivo de eu ser punido, o que poderia durar um final de semana ou dois. 

Tortura pura.

Nem a CIA conseguiria isso comigo.

São coisas que parecem simplórias?

Talvez não seja tão simplório assim e as questões feministas sejam mais simples do aparentam.

No Nordeste do Brasil por exemplo, isso ainda é muito mais complicado, onde o machismo é muito mais forte e uma grande parcela das mulheres, se dizem cabra macho, não admitem ser controlada por um homem, querem ir a festas com amigos, querem sair com as amigas, etc e tal, mas ainda querem preservar privilégios machistas, que o homem banque a casa, o seu sustento, pague o jantar seja no primeiro ou no centésimo encontro.

E questione...

Não faça isso...

Ou seja, são mulheres proclamam no facebook que são feministas e blá, blá, blá, mas quando é conveniente, são machistas no mais puro estado de sua essência.

Quer dizer, o lado financeiro da questão, gera um conflito de identidade, para ser elegantérrimo.

Conflito gerado por todo o cenário explanado anteriormente. É simples, o que é macro, é micro e vice versa. É a famosa caixa mágica em que quando se abre, vai saindo em sequência um monte de caixas menores.

Fato é que, o preço da liberdade, o preço de assumir o lugar da “dominância”, entre aspas, é profundamente alto. E vai além da conta de um jantar.

E a toda essa situação que já é infinitamente complicada, ainda se lida com o fato de que tornou-se politicamente incorreto associar a mulher ao conceito tradicional de feminilidade. 

Os traços do feminino não-combativo são eliminados com diligência bolchevique tanto de lendas quanto de narrativas históricas.

Mas se são históricas, são comprovadas.

Porque não iludir-se com movimentos feministas neste modelo atual.

Entendo e concordo em tese, que os movimentos feministas são ou servem para que conquistas ainda necessárias no Brasil atual que vão da cidadania, o direito ao próprio corpo, e acima de tudo, uma luta pela erradicação da violência contra a mulher num país já tão violento, sejam realmente efetivados, lutas essa que não comporta meio termo e nem jamais irei me omitir.

Mas estará Letícia Sabatella correta em defender a idéia de que o Feminismo liberta homens e mulheres?

Não acredito. Não nesse modelo.

Esse modelo foi fundamental para o início e as primeiras conquistas

Está na hora de evoluir.

A mulher não tem que ser igual ao homem.

A mulher tem que estar no mesmo nível de valorização que o homem e vice versa.

Está na hora dos movimentos feministas, além de manterem um núcleo de luta focado na condição social e na defesa de suas conquistas e que já existem desde o início do movimento, criarem agora um núcleo que foque aprimoramento do relacionamento e que sejam uma ponte efetiva e eficiente para a eliminação da violência e do estupro contra a feminilidade da mulher.

Não existe cultura do estupro. Existe o estupro, todos injustificáveis e abomináveis, mas nem todos gratuitos. Psicóticos estupradores, definição bastante desonrosa sempre terão uma motivação. 

A realidade cruel é o sentimento que falta nos corações das pessoas, não só as criminosas, mas aquelas que julgam, aquelas que tem a autoridade oficial para punir: Amor, proximidade, aceitação, uma infância adequada, uma realidade econômica digna, educação acessível e principalmente acesso a saúde e essa pode ser até mesmo psiquiátrica.

Na infância do povo brasileiro falta tudo isso e por consequência da falta de Amor. Falta Amor ao próximo, falta Amor no sistema social em que vivemos. Um sistema cruel, desumano e excludente.

E é preciso que se assuma a consciência de que o establishment e as maiorias dominantes não irão incentivar essa prática de amar , de ser solidário, de dividir, além de ser tão distorcida por filmes hollywoodianos, publicitários e de programas de auditório.

Para que se aconteça o dia em que os movimentos feministas e os movimentos de minoria em geral busquem o caminho que seja de uma ligação de respeito, mais conectiva, e  de absoluto respeito, vão conseguir sem dar um tiro e nem aprisionarem os homens na Torre de Londres, apagarem séculos de dor, de mágoas, anulando assim uma das armas mais eficiente da elite dominante que é a guerra entre os sexos.

Não sou ingênuo, o muro que foi construído é de proporções espaciais, mas enquanto mulheres de peitos e vaginas de fora nas ruas para sua dignidade forem as opções mais aparentes de escolha, nada se conquistará. O argumento é deveras sem solidez. 

Na minha opinião, isso é um demérito e uma injustiça para com as próprias mulheres.

E o
 machismo sempre foi e será um peso insuportável para nós homens.

O homem, para ter essa pretensa e mitológica hegemonia de que fala o movimento feminista, digo mitológica, porque o homem nunca foi dominante, quem sempre dominou foi a elite dominante, que é com certeza, composta de homens e mulheres acima destas questões meramente mortais.

Por isso nos surpreendemos com mulheres poderosas defendendo o retrocesso e o conservadorismo. Isso não é como muitas pensam. Que ela está pressionada pelo meio do qual é fruto e está sendo obrigada a defender algo contra ela mesma.

Ilusão e ingenuidade. Essas mulheres são a classe dominante e agem por preservação da espécie.

O homem, para ter essa pretensa e mitológica hegemonia nunca precisou botar o pinto para fora.

Só venceremos essas divisões, essas desigualdades, essa falta de respeito com as diferenças, esse espírito de competitividade, quando nos unirmos. Homens e mulheres de todas as raças, culturas e classes sociais.

E tenho certeza absoluta, muita certeza mesmo, de que as mulheres são mais inteligentes e competentes para encontrar esse caminho do que nós os homens. Não podemos fazer isso sozinhos.

Simplesmente porque as mulheres não são minorias, como defendem equivocadamente algumas líderes feministas.

As mulheres são maioria! E absoluta!

E com vocês aprenderemos e vencermos juntos!


O Site Catraca Livre destacou em matéria do dia 29 de julho, escola pública estadual de Cajazeiras, que aplica aula de meditação e equilíbrio emocional aos alunos.

A iniciativa chamou a atenção da imprensa, por causa do seu inedismo, por ser uma escola pública e por ser no interior do Nordeste.

Uma professora de Cajazeiras, na Paraíba, tomou a iniciativa de dar aulas de meditação e equilíbrio emocional para os seus alunos. O resultado? Redução de 34% de comportamentos problemáticos na sala de aula, como agressividade, hiperatividade e tristeza/depressão.

Esta prática foi implementada há 5 anos pela professora Cícera Freire, na Escola Estadual Desembargador Boto de Menezes, e o objetivo é fazer com que os estudantes tenham melhor desempenho dentro e fora das salas de aula. “Recebo vários relatos de familiares que registram um comportamento diferente dos alunos depois que passam pelas aulas de equilíbrio emocional”, disse ela.

Este projeto faz parte da Liga da Paz, uma iniciativa que visa complementar as ações dos professores e ainda implementar uma cultura de paz dentro das escolas.

O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou que uma equipe de arqueólogos subaquáticos tinham descoberto o que resta de um grande exército egípcio do do século 14 a.c, na parte inferior do Golfo de Suez, a 1,5 km do litoral da cidade moderna de Ras Gharib. 
A equipe estava  busca dos restos de navios antigos e artefatos relacionados com a Idade da Pedra e do comércio da Idade do Bronze na região do Mar Vermelho, quando tropeçou em uma gigantesca massa de ossos humanos escurecidos pela idade.
Os cientistas conduzido pelo  Abdel Muhammad Gader e associados à de Arqueologia da  do Cairo, já recuperaram um  de mais de 400 esqueletos diferentes, assim como centenas de armas e peças de armadura, também os restos de dois carros de guerra, espalhados em uma área de aproximadamente 200 metros quadrados.
Eles estimam que mais de 5000 outros esqueletos poderiam estarem dispersos em uma área maior, sugerindo que um exército de grande tamanho que pereceu no local.
Esta magnífica lâmina de uma khopesh egípcia, foi certamente a arma de um personagem importante. Ele foi encontrada perto dos restos de um carro de guerra ricamente decorado, sugerindo que poderia ter pertencido a um príncipe ou nobre.
Muitas pistas sobre o local trouxeram Professor Gader e sua equipe a concluir que os corpos podem estar ligados ao famoso episódio do Êxodo. Em primeiro lugar, os soldados antigos parecem ter morrido em terra seca, uma vez que não há vestígios de barcos ou navios encontrados na área.
As posições dos corpos e o fato de que eles foram presos em uma grande quantidade de argila e rocha, implica que eles poderiam ter morrido em um deslizamento de terra ou um maremoto.
 de corpos sugere que um grande antigo exército pereceu no local e a forma dramática pela qual eles foram mortos, ambos parecem corroborar a versão bíblica da travessia do Mar Vermelho, quando o exército do faraó egípcio foi destruído quando o povo judeu tinha passado pelo mar vermelho.
Esta nova descoberta certamente prova que houve de fato um exército egípcio de grande porte que foi destruído pelas águas do Mar Vermelho durante o reinado de Akhenaton.
Durante séculos, o famoso relato bíblico da “travessia do Mar Vermelho” foi desacreditado pela maioria dos estudiosos e historiadores como mais simbólico do que histórico.
Esta descoberta surpreendente traz prova científica inegável que um dos mais famosos episódios do Antigo Testamento era de fato, baseado em um evento histórico.
Ele traz uma nova perspectiva marca em uma história que muitos historiadores têm vindo a considerar por anos como uma obra de , e sugerindo que outros temas como as “pragas do Egito” poderia de fato ter uma  histórica.
 de pesquisa e de  irão acontecer no local ao longo dos próximos anos, porque o Professor Gader e sua equipe já anunciaram o seu desejo de  o resto dos corpos e artefatos no local que acabou de ser conhecido por ser um dos mais ricos sítios arqueológicos subaquáticos já descobertos em toda história


Brasília – O Conselho Federal da OAB, juntamente com a seccional do Espírito Santo, irão denunciar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma magistrada que atua na região sul do estado, que negou-se a atender advogados e agiu de maneira agressiva e constrangedora.
“Nenhum ato de desrespeito às prerrogativas será aceito pela OAB. Não há hierarquia entre advocacia e magistratura, portanto seremos intransigentes na defesa dos advogados”. É inadmissível que um magistrado que tem o dever de cumprir e fazer cumprir a lei possa agir desta forma, afrontando a legislação vigente e ainda confundindo autoridade com autoritarismo, afirmou o presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia.
O presidente do Conselho federal ressaltou que “a relação entre advocacia, magistratura e demais agentes do sistema judiciário deve ser baseada no respeito reciproco, em que atos de desrespeito como este sejam punidos de forma exemplar para que não se repitam”.
Conforme explicou o presidente da seccional do Espírito Santo, Homero Junger Mafra, a magistrada num “ato de prepotência”, negou-se a atender profissionais da região, que buscaram o auxílio da OAB para atuar em sua defesa. Ao saber da denúncia feita a Comissão de Prerrogativas da Seccional, a magistrada chamou os advogados e na presença das testemunhas disse: “vocês ligaram para a OAB, saibam que a OAB está abaixo de mim (apontando para os pés). Sou uma magistrada, não sou obrigada a atender advogados.”
Diante dos fatos o presidente da OAB-ES ressaltou que “é inadmissível que situações como essa ainda ocorram. Dizer que não está obrigado a receber advogado é a negação de tudo e até da orientação do CNJ e do STJ sobre o tema. Essas questões têm que ser levadas ao CNJ para que a ofensa seja reparada com a adoção das medidas administrativas cabíveis. Pedimos que o CNJ examine a questão e imponha a penalidade devida por esse tipo de abuso.”
“O CNJ já assentou que o juiz é sempre obrigado a receber advogados em seu gabinete, a qualquer momento, durante o expediente forense. E isso independentemente da urgência do assunto e de que o juiz esteja fazendo. Portanto, ao não receber advogados, o magistrado nega valor a uma decisão do CNJ e contraria a construção jurisprudencial do STJ”, afirmou Homero.
Com informações da OAB-ES

Fonte: Correio Forense

Lembra-se da última vez que entrou numa discussão ou numa briga com o seu parceiro? Não foi frustrante? Não foi doloroso? Foi mesmo necessário? O que é que nós podemos fazer para lidar melhor com estas situações sem arruinar os nossos relacionamentos? A relação com o nosso parceiro pode ser um dos aspectos mais recompensadores na nossa vida. Guardamos num lugar especial a pessoa com a qual partilhamos os inúmeros momentos de alegria. Diferenças na personalidade são inevitáveis, e aquilo que faz de nós seres únicos e individuais pode contribuir para o desacordo e conflito durante qualquer relacionamento. Aquilo que nos define enquanto individuo é na grande maioria das vezes o nosso principal obstáculo para um relacionamento saudável.
A gestão de diferentes personalidades, com interesses e gostos diferentes pode ser o alimento da discussão, ou não. Quando as discussões não são entendidas adequadamente, diferenças triviais de opinião podem tornar-se em verdadeiras batalhas, e provavelmente poderá afectar aquilo que levou meses ou anos a construir. Claro que existem formas de estar nas relações que são incompatíveis, podendo ambos beneficiarem da separação. No entanto grande parte das separações são desnecessárias, pois poderiam aprender a gerir a zanga ou a fúria e impedir a construção de um ciclo negativo de discussões. Estas quando acontecem, são causadoras de muita dor e desestabilização emocional. Encarando o parceiro de forma conscienciosa e com um desejo genuíno de entendimento, acredito que se consiga desenvolver a chave para o bem-estar da relação.

MUDANÇA REPENTINA DE ESTADO DE HUMOR

Grande parte das discussões parecem começar sem razão aparente significativa, mais parecendo lutas entre egos. Provavelmente já lhe aconteceu ter um período muito bom com o seu parceiro, tudo corre como imaginado, excelente empatia e compreensão. Mas, como todos sabemos o dia tem 24 horas e muitas coisas sucedem nesse intervalo de tempo, pequenas trocas de ideias que não coincidem, pequenos interesses que diferem, incapacidade de atender às necessidades do outro e assim sucessivamente até que o nosso estado interno se altera, passamos para um estado não colaborativo e aquilo que tínhamos falado, sentido e vivido à momentos atrás, transforma-se no pior dos nossos pesadelos. Inicia-se então uma discussão acérrima entre egos.

A VERDADE

Antes de abordar as formas como se pode ultrapassar a argumentação, desacordos, e lutas numa relação, vamos ponderar o que acontece quando nos encontramos neste estado de desconforto. O que apresento em seguida é aquilo que provavelmente você já viveu quando está num padrão de argumentação.
Fazer a birra de criança: em determinada altura da discussão, um dos dois está calmo, enquanto o outro torna-se numa criança. Essa pessoa torna-se irracional, extremamente emocional e defensiva. Diz coisas das quais se irá arrepender mais tarde. Assim que aquela “criança” pare de se expressar, pouco a pouco irá ficando mais calma, verificando-se depois um fenómeno extraordinário. Os papeis invertem-se e o outro torna-se agora a criança com birra.
  • Atenção, apreciação, reconhecimento – Quando se entra no modo de criança com birra, estamos à procura de atenção, apreciação e reconhecimento. O nosso estado emocional tem a sua raiz na necessidade que temos de procurar reforço para aquilo que é importante para nós.
  • Egoísmo e auto-centramento – quando a nossa birra de criança se expressa, tornamo-nos egoístas e auto-centrados. Não conseguimos entender porque razão o nosso parceiro não percebe o nosso ponto de vista. Quanto mais nos esforçamos, menos o outro consegue estar sensível aquilo que nos está a aborrecer. Neste estado, não conseguimos colocar-nos no ponto de vista do outro, não levamos em consideração os seus sentimentos, e esquecemo-nos que ele também está magoado e sofre com a situação.
  • Mentalidade de vítima – quando estamos neste estado, sentimo-nos como vítimas. A nossa mente foca-se nas evidências que suportam a nossa história de vitimização. A mente é ávida em construir histórias coerentes, e quando nos encontramos num estado de incapacidade, vamos arranjar tudo o que nos for possível para justificar aquilo que estamos a sentir, necessitamos de sentir que existem razões para estarmos a comportarmo-nos daquela maneira. Assim sendo a outra pessoa parece-nos a que não está a ser razoável. Sentimo-nos magoados, e vemos cada vez mais razões para a nossa dor. Pode-se dizer que num determinado grau de inconsciência, passa-se a gostar daquele cenário, pois de certa forma gostamos da dor que sentimos, dado que permite-nos representar na perfeição o papel de vitima. Alimentamos os nosso medos e receios de que a vida é feita de relacionamentos dolorosos e que ninguém nos entende.
  • Certo e errado – superficialmente, a batalha pode definir-se ao conjunto de argumentos que confirma quem está certo. Um dos parceiros acredita ter razão e que o outro está errado. O desacordo, rapidamente transforma-se numa batalha de egos. Tem-se uma forte e urgente necessidade de provar ao outro que estamos certos.
  • Emoções engarrafadas – no papel de criança com birra vai-se expressando os pensamentos auto-centrados que invadem a mente. As emoções engarrafadas na cave da nossa mente são a causa desses pensamentos, que na verdade na grande maioria das vezes não estabelecem qualquer tipo de relação com a situação que se está a desenrolar. Todos transportamos em nós algumas emoções que estão comprimidas, não se manifestando nas situações normais do dia-a-dia, e por este mesmo motivo não temos consciência delas. A não ser nestas situações de máxima tensão.
  • Significado alternativo – temos tendência para pegar em algumas palavras expressas pelo outro, saltando para conclusões, assumindo-se o pior. Encontra-se um significado que nos serve, mas que na verdades não é o verdadeiro significado das palavras transmitidas pelo outro. A pessoa diz a si próprio que este significado é absoluto, e permanente. A verdade é que todos nós em determinada altura portamo-nos de forma irracional, dizemos todo o tipo de coisas que não diríamos se não tivéssemos num estado emocional alterado.
  • Diferenças entre os sexos – os homens são tão emocionais e sensíveis quanto as mulheres. A diferença está na forma como homens e mulheres se expressam, e isto é usualmente mal entendido. Apresento-vos em seguida algumas diferenças. No entanto deverá levar em consideração duas coisas enquanto lê: 1) isto é uma generalização e nem todos as pessoas poderão encaixar-se; 2) quando me refiro às mulheres ou homens, refiro-me às qualidades e tendências femininas ou masculinas e não ao género.
  • Como mulher – as mulheres tendem a esconder os seus pensamentos. Quando estão aborrecidas ou chateadas com alguma coisa, assumem que a outra pessoa consegue ler mentes, e por isso deveria saber exactamente aquilo que estão a pensar sem que fosse necessário verbalizar. Normalmente verbalizam algumas pequenas dicas quando estão nesse estado. Isto é extremamente ingrato e injusto para a outra pessoa, dado que até pode querer ajudar, mas não consegue perceber como, nem entender porque razão a parceira está tão zangada. Na incapacidade do parceiro não perceber as pistas ou dicas, a mulher fica ainda mais zangada e magoada.
  • Como homem – os homens tendem a ser mais verbais, pensando alto. O homem até pode internalizar alguns dos seus sentimentos, mas os seus pensamentos são exteriorizados através da palavra. Porque os homens verbalizam os seus pensamentos, arranjam facilmente problemas com a parceira da sua vida, dado julgarem  que não vão magoar com aquilo que dizem. A sociedade condiciona o homem a ter um ego macho-alfa, que se comporta como se fosse uma parede, defendendo a integridade e a força dos seu carácter. Esta força define os seus pensamentos, mantendo as suas emoções invulneráveis e bem guardadas. O homem é muito mais perspicaz e sensível do que a sociedade o admite. O homem tem a capacidade para perceber quando a sua companheira está infeliz e certamente contribuir para a sua felicidade ou restabelecimento do bem-estar entre ambos. No entanto, a tendência é que a parceira não colabore, pois não transmite as suas razões de forma clara e simples.

Fonte: http://www.escolapsicologia.com/