SEMANA RUIM PRA BOLSONARO. SUA PISTOLA COMO SEMPRE, APONTADA PRA BAIXO, ATINGIU OS DOIS PÉS, ENQUANTO NA SUA CABEÇA CRESCIAM DOIS ACESSÓRIOS BEM POPULARES.



No dia da Independência, Bolsonaro foi atrás de conseguir a sua própria independência para fazer do Brasil o quintal de sua casa onde pudesse brincar de miliciano, desvio de verba pública, deixar vencer insumos e vacinas contra a Covid-19 e salvar seus filhos e ele mesmo de serem presos, qualquer coisa nesse sentido, menos ser presidente e governar o país.

Tentou trilhar o caminho do seu love, o ex-presidente Trump, que aliás fracassou retumbantemente, mas como sempre, tudo que Bolsonaro faz dá errado e é pior, estende e aumenta a crise política, econômica e sanitária do país.

Outro fato sintomático e bastante esclarecedor, é que as manifestações antidemocráticas em São Paulo e Brasília, em que foram apenas 5% do público esperado ontem e ainda assim ao preço de R$ 100,00 e uma camisa por manifestante, tiveram muito mais destaque em ataque da grande mídia, do que o registro das manifestações democráticas, pelo país e pelo mundo e que tiveram uma adesão 4 vezes maior do que os atos bolsonaristas.

Parece que a grande mídia não entendeu ou não quer aceitar que o único antídoto contra Bolsonaro é Lula. Esse papo furado de terceira via não procede. Essa conversa é a conversa da direita e dos equivocados que apoiaram e votaram em Bolsonaro e depois se arrependeram, mas ainda querem manter e o papo anti PT e Lula. Só que não, o papo anti PT já perdeu força na maioria da eleitorado brasileiro segundo pesquisas bastante relevantes.

Por isso, já chegou a hora de encerrar a conversa fiada e humildemente aceitar e admitir que erraram e entender que neste momento específico Lula é a saída para o Brasil, a saída deste abismo em fomos atirados.

Será que não dá pra entender que Lula inocentado em 18 processo abertos contra ele em ritmo de Lawfare, prova a sua inocência e a do PT inquestionavelmente? Basta ver que hoje o PT é o maior partido do Brasil. Não só em filiações, mas também em preferência do eleitorado.

A pesquisa do Datafolha, uma empresa ligada a um jornal claramente antipetista, mostra uma grande distância do PT que tem 22% de preferência do eleitorado em relação aos segundo e terceiro colocados, que ficam 20 pontos atrás do PT, com apenas 2%.

Ou seja, qualquer papo tipo, não voto em Bolsonaro, mas também não voto no PT é puro equívoco e preconceito baseado em falta de informação ou também de má fé.

Mas enfim, voltando ao 7 de setembro, Bolsonaro apostou suas fichas nas manifestações de ontem e perdeu. Muito. Ao contrário do que alarmistas ditos progressistas estão propagando em suas colunas. Bolsonaro conseguiu isolar-se definitivamente.

Os militares que o apoiam são da reserva e envolvidos em denúncias de corrupção, a exemplo do gen. Heleno e o gen. Braga Netto. Os milicianos tem mais força no Rio, apesar de tentativas de infiltração nas Pms estaduais. Mas são minorias inquestionáveis. Também minorias, no setores do agronegócio e transportes interestaduais. O empresariado e a Febraban, Federação dos Bancos isolaram a presidência da FIESP que apoia Bolsonaro. O tal do Zé Trovão, que mais parece um garoa, fugitivo covarde não representa os camioneiros. A OAB clama pelo impeachment. Enfim, os apoiadores do presidente não representam 25% da Sociedade Civil organizada. E essa é a fundamental diferença de 1964.

Está isolado politicamente, partidos que não falavam em impeachment já estão debatendo a ideia, como os golpistas PSDB, PSD e PDT. O Centrão, sua base de apoio no Congresso derreteu e entrarão de cabeça na aprovação de um processo de impeachment.

Isso sem contar que nos atos fracassados de ontem, só se via brancos de meia idade e coroas. Bolsonaro perdeu o eleitorado jovem e o multiétnico que já era pouco.

O Senado interrompeu suas atividades até que esse cenário de crise política sai do impasse se defina de uma vez. Por causa disso, as pautas de governo não passarão com aprovação pelo Congresso. No setor do Judiciário, meteu os pés pelas mãos declarando que, e isso foi o mais grave do discurso de 7 de setembro, não obedeceria mais as decisões judiciais do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte de justiça da República.

Tanto o STF como o TSE já preparam reações a altura e Bolsonaro não perde por esperar.

Enfim, Bolsonaro partiu para o tudo ou nada. A segunda opção também não pode ser definida como nada. Finalmente depois de muito tempo, sofrerá as consequências de seus atos tresloucados no cargo da Presidência da República.

Sua alienação do mundo real é tanta que ele acha que o pior resultado de sua retirada do cargo é a prisão. Não vai parar por aí. Será julgado pelas cortes internacionais como genocida e por crimes contra a humanidade por ser responsável direto por mais de meio milhão de mortes. Isso oficialmente.

No Brasil será condenado por crimes de lesa pátria, corrupção e mais de 100 crimes de responsabilidade, crimes contra a Amazônia e os povos nativos do Brasil. Seus filhos, assim como ele mesmo, serão condenados e presos por corrupção, formação de quadrilha e atentados contra a Democracia e a Constituição Brasileira.

Seu legado, que na verdade não existe, mas suas memórias serão jogadas no lixo da história humana, no lixo da história brasileira. Só não será relegado ao esquecimento total, porque teremos de alertar nossos filhos e netos em sua educação, de toda essa tragédia brasileira, para que a história nunca mais se repita.

E nossa “elite” corrompida e escravista terá de aceitar que as mudanças são inevitáveis e definitivas.

Enfim, depois de anos de sofrimento, o Brasil começa a vislumbrar uma saída para o atoleiro em que foi atirado. Mesmo assim a cura não é fácil. Vem Mourão por aí. Mas tudo bem. 2022 também já está despontado ao alvorecer de um novo tempo.

Que Deus abençoe e guarde os verdadeiros brasileiros.