ELE VOLTOU! O GOLPE VOLTOU!


Finalmente, digerindo o julgamento desse processo de impeachment aos poucos.

Ontem, presenciei a cena final do show de horrores que foi o julgamento do impeachment da Presidenta deposta Dilma Rousseff.

Mas, percebi nos parlamentares golpistas, que estavam provando uma vitória de certa forma com sabor de derrota.

Em primeiro lugar não puderam provar crime de responsabilidade de Dilma.

Em segundo lugar, a separação de destaque na votação final do Senado, mostrou que Dilma não merecia perder os direitos políticos.

Em terceiro, A derrota dos golpistas na votação do Destaque, prova que Dilma não cometeu crime nenhum e que sua deposição foi uma violência política.

O Senado condenou Dilma , num processo em que o Ministério Público Federal, o único com prerrogativas de definir para definir o crime, a inocentou em todas as acusações.

Isso prova que apesar de todos os ritos processuais terem sido cumprido, não bastou para dar legitimidade a um processo de impedimento, viciado e já com as cartas marcadas.

O que mais se via era Senador dizendo que não era golpe, porque sabiam que a população brasileira já sabiam da farsa que o Senado estava produzindo.

Eles sabem que à partir da agora não estarão mais garantidos eleitoralmente, porque a grande maioria de seus eleitores os olham agora como golpistas. Como destruidores da Democracia brasileira.

Michel Temer , na primeira reunião com seus aliados, já disse que não permitiria ser tachado de golpista.

É golpista sim!

E já não há mais nada que o fará livrar-se desse adjetivo pejorativo na história.

E pior, um golpista pau mandado, manipulado como fantoche por Eduardo Cunha, porque sabe-la o que está oculto em suas relações ambíguas e suspeitas com o presidente afastado da Câmara.

E falando friamente, talvez esse desfecho tenha sido o melhor que poderia acontecer a Dilma.

Dilma governava sem apoio, com as pautas-bombas  dos Deputados sabotando seu governo, com a grande mídia crucificando-a sistematicamente todos os dias pela TV, jornais e Internet.

Manifestações bancadas por interesses partidários e interesses econômicos estrangeiros não deixavam que ela pudesse dar um único passo para a governabilidade.

Enfim, Dilma saiu mais forte do impeachment do que quando assumiu o segundo mandato.

Todo esse processo a fez com que restabelecesse o contato com as ruas, com o povo brasileiro e suas bases sociais.

Dilma saiu como mártir da Democracia. A oposição não conseguiu coloca-la embaixo da guilhotina final.

E agora, vem aí uma poderosa e feroz oposição ao governo Temer.

Temer não conseguirá o respeito da população e nem da sociedade civil. Temer está tachado como traidor e conspirador.

A guilhotina está se preparando para ele.

Porque acontecerá o que todos previmos. O PSDB partirá para concretizar um segundo golpe.

Para assumir o poder antes das eleições de 2018.

O PSDB sabe que não tem voto para vencer o PT, Lula ou qualquer candidato de esquerda, como um provável Ciro Gomes.

Por isso precisa da máquina federal já no momento em que partir para as eleições.

O papel hoje da oposição no Brasil, que volta a ser de esquerda é de não deixar Temer governar e nem deixa-lo aplicar seu pacote de maldades. 

Mas também cabe a oposição mante-lo no governo até 2018. Não deixar o PSDB assumir a máquina pública. Se isso acontecer, com certeza , haverá pesadíssimo uso eleitoral desta máquina.

O PT já entrou no Supremo para tentar anular o julgamento de impeachment, mas sabe que não conseguirá, porque ficou claro que como observadores, os ministros do STF estavam a favor do golpe.

Aliás, a oposição saiu reclamando da manutenção do direitos políticos de Dilma Rousseff.

Bradam aos 4 ventos que a Constituição foi rasgada.

Ué? Mas não estava presidindo o julgamento, o presidente da Instituição considerada a guardiã da Constituição Federal?

Ricardo Lewandovski mostrou e provou que é conivente com o golpe.

Não prenderão o Eduardo Cunha, a não ser que a população vá as ruas novamente, para pressiona-lo a prender um dos maiores bandidos mafiosos do Congresso Brasileiro.

Miguel Sousa Tavares, comentadorista da TV portuguêsa, considera que "Dilma foi vítima de um golpe político parlamentar" e que "o congresso brasileiro é um saco de gatos e de bandidos".

Essa é a nossa realidade.

A esquerda precisa se reorganizar, ficou apagada no processo de impeachment. O núcleo pensante da esquerda brasileira esteve distante das ruas e está na hora de se aproximar das classes trabalhadoras e populares.

Não podemos deixar Temer aprovar no Congresso a podridão que ele traz em sua bagagem como presidente.

Como pode um trabalhador se aposentar aos 70 anos?

Nosso pré-sal não pode ser entregue aos estrangeiros como eles estão fazendo.

Temer está acabando com programas de “Alfabetização”, “Pronatec”, “Ciência sem Fronteiras”, elitizou o “Minha casa, minha vida”, etc.

Enfim , vem muito mais por aí.

O povo tem que estar nas ruas e em volta dos palácios, assembleias, câmaras e Congresso. Ali é o nosso lugar.

Sem descanso e nem piedade.

Ou vamos assistir a esse retrocesso de mais de meio século que irão impor ao Brasil sem reagir?

A resposta fica com vocês.