Umberto Eco morreu mas deixa “enorme” legado cultural




O escritor italiano, Umberto Eco, autor de, entre outros, de “O Nome da Rosa”, morreu na noite de sexta-feira, aos 84 anos, conforme anunciou a família.
 
Semiólogo, filósofo, escritor e professor universitário, Eco nasceu a 05 de janeiro de 1932 em Alessandria, no noroeste de Itália, na região de Piemonte. Em 1988 fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino, tendo estreado-se naliteratura em 1980 com “O Nome da Rosa”, que lhe valeu o Prémio Strega, em 1981.

No ano passado editou “Número Zero”, que coloca questões sobre jornalismo e as novas plataformas digitais, escolhendo como cenário narrativo a redação de um jornal diário.
 
Umberto Eco, que lecionou entre outras, nas universidades norte-americanas de Yale e Harvard, assim como no Collège de France, é autor de uma vasta bibliografia ensaísta, citando-se, entre outros, “O signo” e “Os limites da interpretação”.
 
Desde 2008 era professor emérito e presidente da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha.
 
Ao longo dos anos 1960, Eco transformou-se numa referência mundial na Teoria da Comunicação ao integrar à chamada Escola Sociológica Europeia nomes como Edgar Morin, Jean Baudrillard ou Roland Barthes.
 
Esse grupo foi marcado por uma visão menos negativa sobre os meios de comunicação de massa, dissociando-se das críticas funcionalistas e da Escola de Frankfurt.