Membros do movimento liberal MBL |
Um texto postado na
revista Fórum, aponta ligações entre o MBL e a família Koch, dos
Estados Unidos, envolvida em escândalos ligados ao setor de
petróleo. Se você quer saber realmente quem está por trás dos
ataques ao PT e a Petrobrás, leia abaixo o texto da revista Forum:
Quem
está por trás do protesto pró-impeachment
Por
Antônio Carlos – Outras Palavras
Se esses poderosos
personagens são desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá no
Brasil? No entanto eles estão diretamente envolvidos nas convocações
para o protesto do dia 15 de março pela deposição da presidenta
Dilma.
Segundo a Folha de
São Paulo o “Movimento Brasil Livre”, uma organização virtual,
é o principal grupo convocador do protesto. A página do movimento
dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados. Segundo
o The Economist, o grupo foi “fundado no último ano para promover
as respostas do livre mercado para os problemas do país”.
Irmãos Koch |
Entre os
“colunistas” do MBL estão Luan Sperandio Teixeira, que é
acadêmico do curso de Direito Universidade Federal do Espírito
Santo e colaborador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL) do
Espírito Santo [leia a ressalva feita por Luan, em mensagem a
“Outras Palavras”]; Fabio Ostermann, que é coordenador do mesmo
movimento no Rio Grande do Sul, fiscal do Instituto de Estudos
Empresariais (IEE) e diretor executivo do Instituto Ordem Livre,
co-fundador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL), tendo sido o
primeiro presidente de seu Conselho Consultivo, e atualmente, Diretor
de Relações Institucionais do Instituto Liberal (IL). Outros
participantes são Rafael Bolsoni do Partido Novo e do EPL; Juliano
Torres que se define como empreendedor intelectual, do Partido Novo,
do Partido Libertários, e do EPL.
Segundo o perfil de
Torres no Linkedin, sua formação acadêmica foi no Atlas Leadership
Academy. Outro integrante com essa formação é Fábio Osterman, que
participou também do Koch Summer Fellow no Institute for Humane
Studies.
A Oscip Estudantes
pela Liberdade é a filial brasileira do Students for Liberty, uma
organização financiada
pelos irmãos Koch para convencer o mundo
estudantil da justeza de suas gananciosas propostas. O presidente do
Conselho Executivo é Rafael Rota Dal Molin, que além de ser da
Universidade de Santa Maria, é oficial de material bélico (2º
tenente QMB) na guarnição local.
Outras das frentes
dos irmãos Koch são a Atlas Economic Research Foundation, que
patrocina a Leadership Academy, e o Institute for Humane Studies, às
quais os integrantes do MBL estão ligados.
Clique aqui para ler outra matéria que trata sobre o devastador Império dos irmãos Koch |
Entre as atividades
danosas dos irmão encontra-se o roubo de 5 milhões de barris de
petróleo em uma reserva indígena (que acarretou uma multa de 25
milhões de dólares do governo americano) e outra multa de 1,5
milhões de dólares pela interferência em eleições na Califórnia.
O Greenpeace considera os irmãos opositores destacados da luta
contra as mudanças climáticas. Os Koch foram multados em 30 milhões
de dólares em 300 vazamentos de óleo.
As Koch Industries
têm suas principais atividades ligadas à exploração de óleo e
gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos
derivados e fertilizantes. Com esse leque de atividades não é
difícil imaginar o seu interesse no Brasil — a Petrobras é claro.
Seus apaniguados não escondem esse fato.
O MBL, que surgiu em
apoio à campanha de Aécio Neves, não esconde o que pretende com a
manifestação: “O principal objetivo do movimento, no momento, é
derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que
assombra o nosso país” disseram Kim Kataguiri e Renan Santos em um
gongórico e pretensioso artigo na Folha de S.Paulo. Eles não querem
ser confundidos com PSDB, que identificam com o outro movimento: “os
caras do Vem Pra Rua são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por
trás” diz Renan Santos. “Eles vão pro protesto sem pedir
impeachment. É como fumar maconha sem tragar”. Kataguiri não se
incomoda que seja o PMDB a ascender ao poder: “O PMDB é corrupto,
mas o PT é totalitário”. Mas Pedro Mercante Souto, outro dos
porta-vozes do MBL, foi candidato a deputado federal no Rio de
Janeiro pelo PSDB (com apenas 0,10% dos votos não se elegeu).
Apesar do
distanciamento do PSDB a manifestação do dia 15 parece ser apenas
uma nova tentativa de 3º turno, mas como vimos ela esconde uma
grande negociata. “Business as usual”.
Veja abaixo Koch Brothers Exposed, documentário lançado em 2012 que se tornou viral nos EUA ao mostrar como os bilionários David e Charles Koch, representando o 1%, desvirtuaram a democracia americana, comprando a Câmara e o Senado.
Veja abaixo Koch Brothers Exposed, documentário lançado em 2012 que se tornou viral nos EUA ao mostrar como os bilionários David e Charles Koch, representando o 1%, desvirtuaram a democracia americana, comprando a Câmara e o Senado.