O HERÓI DESCONHECIDO DOS BRASILEIROS


Se porventura caísse no vestibular, questões que abordassem a vida de Pedro Teixeira, e estas questões fossem decisivas para a pontuação final. Tenham certeza, quase ninguém passaria e mais, o vestibular ficaria ainda sujeito a questões judiciais. A verdade é que ninguém no Brasil sabe quem é Pedro Teixeira.

Um português que há 370 anos fez uma incrível expedição com dois mil homens à nascente do rio Amazonas, ressuscitará no plenário azul do Senado para ser apresentado aos livros de história como o homem que garantiu ao Brasil a posse do que hoje representa 55% do território nacional.


Foi graças aos registros e às posses feitas pela expedição de Pedro Teixeira que os portugueses puderam reivindicar, e conseguiram obter, o domínio da maior parte da região amazônica. Com 1.200 índios flecheiros, 70 soldados portugueses e outros homens e mulheres em 47 grandes canoas, a expedição partiu da cidade de Gurupá, no Pará, em outubro de 1637, com o objetivo de fazer um reconhecimento pormenorizado do Rio Amazonas. O grupo subiu mais de 10 mil quilômetros de rio e chegou a Quito. Depois, em 12 de dezembro de 1639, a expedição acabou em Belém, com o objetivo cumprido

Para que este registro histórico da formação do Brasil não passe mais em branco , uma sessão do Senado começará nesta quinta-feira para resgatar a história do que talvez seja o maior herói desconhecido do Brasil.

Relembrar a memória de Pedro Teixeira enquanto o mundo discute o aquecimento global e o clima na fradulenta conferência de Copenhagen, é fundamental reforçar a importância da região amazônica para o Brasil e o mundo. Sabemos que com a justificativa de preservação da Amazônia,  poderosos grupos globais estão louquinhos para uma interevenção internacional na Amazônia, principalmente a brasileira.

Na época do tratado de Tordesilhas, Portugal estava subordinado a Espanha, por isso muitos registros de Pedro foram destruídos. Mas é bom lembrar que nossas fronteiras amazônicas seriam muito maior, já que o expedicionário for até Quito no Equador. Hoje o cenário é diferente da época, mas em essência, os interesses são os mesmo, que é retirar do Brasil o domíno sobre nossas florestas.

E um resgate de Pedro Teixeira, só reforça a legitimidade do Brasil em relação a suas florestas amazônicas. Me parece que os senadores nesta sessão de Brasília, irão propor que esta história de sucesso faça parte do currículo escolar. Sábia decisão, antes tardia do que nunca.