TRE-PB EM DECISÃO MONOCRÁTICA CRIA CONSTRANGIMENTO JURÍDICO COM A ALPB, PROVOCA CONFRONTO ENTRE PODERES E O DEP. GENIVAL MATIAS RECUPERA MANDATO

O constrangimento jurídico do momento na Paraíba é a decisão do juiz Márcio Aciolly, (TRE-PB), que suspendeu a diplomação e posse de Carlos Dunga (PTB) na Assembleia Legislativa, no lugar de Genival Matias (PTdoB), e que vem a provocar um confronto de poderes institucionais no estado.

Ricardo Marcelo, presidente da AL, declarou que a Casa agiu de acordo com as orientações da Justiça Eleitoral ao dar posse a Carlos Dunga. Ele lembrou que decisão do TSE determinou a recontagem de votos pelo TRE, que procedeu a diplomação de Dunga e oficiou ao poder legislativo estadual para assegurar a posse.

A liminar deferida por Marcos Accioly, em decisão monocrática, anula a posse de Dunga, mas em decisão anterior, cumprindo determinação do TSE, esse mesmo juiz votou pela diplomação do mesmo.

Ricardo Marcelo diz não entender como é que o TRE manda dá a posse e depois, em decisão monocrática, anula o próprio ato. Ricardo Marcelo disse que a Assembleia é uma instituição séria que precisa preservar sua credibilidade e não pode ficar refém da instabilidade jurídica. 

O Genival Matias do PT do B, alegou em mandado de segurança que que seu advogado Valberto Azevedo, impetrou nesta sexta-feira (15) contra a posse de Carlos Dunga(PTB) que o Tribunal Regional da Paraíba(TRE-PB) não respeitou os prazos jurídicos para realizar os procedimentos legais, e por isso o advogado contesta a antecipação da promulgação da diplomação de Dunga. 

Ricardo Marcelo foi taxativo em dizer que não voltará atrás na posse de Carlos Dunga: “Não fiz nada de errado e sustentarei a posse de Dunga até o fim”.

deputado Carlos Dunga, empossado na manhã desta sexta-feira na Assembleia Legislativa, reagiu a repercussão jurídica que o caso tem tido. “Eu não tomei mandato de ninguém”, salientou o petebista, assegurando que está apenas retomando um mandato que lhe foi tirado há mais de dois anos após conquista legítima nas urnas.

Em entrevista, Dunga disse que só sai da Assembleia "preso". A decisão judicial, no entanto, se não for revisada, terá que ser cumprida pela Casa Epitácio Pessoa.

O procurador geral da Assembleia, Abelardo Jurema, reafirmou as palavras do deputado Ricardo Marcelo (PEN) de que a Assembleia Legislativa cumpriu todo os procedimentos indicados pelo TRE da Paraíba, que definiu, inclusive com o voto do juiz Márcio Accioly, a posse de Carlos Dunga. 

Reafirmou ainda a legitimidade de Dunga em tentar reverter a posição e que a Assembleia estará pronta para se pronunciar, mas declarou que decisão judicial deve ser cumprida e que, por ora, Genival Matias recuperou o direito de exercer o mandato.

Isso ainda vai feder muito...