O perigo da politização da violência. Artistas realizam passeatas contra supostos crimes homofóbicos

O perigo da politização da violência. Artistas realizam passeatas contra supostos crimes homofóbicos.

Artistas circenses, atrizes e integrantes de movimentos sociais farão uma “palhaceata” contra os crimes homofóbicos na próxima terça-feira (5), em homenagem ao ator Ismar Pompeu (palhaço Pirulito), encontrado morto a facadas no último domingo (28). A concentração será no Theatro Santa Roza, no Centro.

Os organizadores do evento querem que a polícia investigue se os crimes estão sendo executados pela mesma pessoa ou até grupo. “Os métodos são os mesmos, usam arma branca e sempre são crimes com altos requintes de crueldade. O cenário quase sempre é o mesmo, a casa e o apartamento das vítimas”.

O delegado Marcelo Falcone, da Delegacia de Crimes contra a Pessoa, disse acreditar que o assassinato do ator pernambucano,trata-se de um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, que até o momento não há indícios de que se trate de um crime homofóbico...

Primeiro: é claro que se torna um crime diferenciado, porque a vítima não é sequestrada, não é subitamente abordada na ruae faz parte de um grupo social minoritário.

Segundo: Essa diferenciação não implica exatamente em crime homofóbico, apesar dos movimentos afirmarem uma metodologia semelhante nos crimes querendo caracterizar crime serial ou homofóbico.

Terceiro: Homossexuais são alvos de bandidos como qualquer outro grupo vulnerável, semelhante a idosos, mulheres sozinhas, etc. Com certeza, a maioria destes crimes não tem características homofóbicas, mas de latrocínio direcionado a um grupo vulnerável.

Explico, na ocorrência policial existem 3 tipos de crimes a que homossexuais estão sujeitos.

  1. Violência por homofobia. Na maioria da vezes, se caracteriza num quadro externo, nas ruas ou ambientes públicos, em que grupos reacionários e discriminadores buscam agredir fisicamente minorias de raça ou opção sexual, de modo gratuito ou ideológico, sem que ocorra nenhum tipo de roubo.
  2. Violência premeditada. É aquela em que o infrator seja gay ou acostumado a ter relacionamentos homossexuais, planeja se aproximar de outro gay, que tenha uma posição social razoável, seja um intelectual, artista ou até mesmo empresário, para absorver vantagens financeiras, inclusive determinando atos de roubo ou furtos. Já vimos em vários casos que situações deste tipo podem ter um trágico desfecho.
  3. Violência espontânea. Nesta eu peço a compreensão dos radicais de plantão para entender que coloco situações advindas de fatos e não influenciadas por algum juízo de valor da minha parte que provoque preconceito ou discriminação. Tanto é assim, que tenho 2 amigos próximos que são homossexuais e procurei-os ontem para alguns esclarecimentos. Não cito nomes aqui para preserva-los. Os dois foram taxativos, segundo eles, que avalairam esta situação específica do Ismar de Pompeu, há uma característica mais comum do que imaginamos entre os homens gays que estão fora de relacionamentos, ou que gostam de “variar”, ou são apenas solitários, de sairem a “caça” durante a noite. Foi essa a definição que usaram.

    Na maioria destas saídas noturnas, que são motivadas por uma forte carência de companhia, se pratica a pouca seleção ou baixíssimos critérios de escolha do parceiro, fazendo que estas pessoas se exponham excessivamente e tornam-se assim extremamente vulneráveis a bandidos oportunistas e violentos.

Bom, não preciso ser um especialista em segurança, para saber que bandido gosta é de facilidade nas suas operações infratoras. Por isso, homens gays procurando companhia durante a noite, tornam-se um alvo perfeito, tanto pela facilidade de aproximação, como pela rapidez com que se desenrola uma conversa e finalmente, porque a vítima leva o parceiro para sua própria residência, já que em favor da discrição de ambos, o uso de motel é descartado.

Então, temos subsídios para entender que este crime não tem as carateríscas de homofobia, e sim de um crime que foi efetivado por que um cidadão de um grupo vulnerável a violência, assim como os idosos e as mulheres sozinhas, esteve no lugar errado e na hora errada.

Ora, o uso de arma branca é uma situação comum e ideal para o bandido que entra no prédio da vítima e não quer fazer barulho para cometer o crime, e no final sai normalmente, como se nada tivesse acontecido. Relacionar isso com crimes seriais e homofóbicos, sem esperar uma investigação aprofundada, é perigoso e pode provocar uma insensibilidade sócial, até mesmo em pessoas GLS.

Não podemos politizar a violência em favor de grupos minoratários sem uma investigação aprofundada do crime, sob pena de se perder a manifestação de apoio da sociedade para pressionar a apuração, a conclusão e punição dos crimes.

A violéncia urbana caracterizada pelo latrocínio, sequestro seguido de morte, seja dirigido a pessoas de grupos minoritários ou da sociedade em geral, não pode ser categorizado e separado por grupos sociais de modo precipitado, porque qualquer ato de violência deve ser combatido pela sociedade como um todo em favor da coesão social e da punição do culpados
  • Devemos combater a homofobia sim,
  • devemos combater o racismo sim,
  • devemos combater qualquer tipo de discriminação religiosa sim,
  • devemos combater a criminalidade sim,
  • devemos combater a violência contra as mulheres sim,
  • devemos proteger nossas crianças sim,
  • devemos proteger nossos idosos sim,
  • devemos lutar contra a pobreza, a fome, a falta de educação, a falta de formação e principalmente, devemos lutar contra a corrupção neste pais, que com certeza é a origem dos crimes insolúveis e de outros males no Brasil.
Devemos saber colocar as coisas nos seus devidos lugares, devemos preservar pela nossa segurança, sabendo que o poder público é falho nesta questão, porque agindo levianemanete corremos o risco de levar uma cobra venenosa para dentro de casa, com o risco de ser picado por ela.