Gestão da Crise Européia. A Poupança dos Criminosos.


Olá. Depois de uns 4 dias de reflexão, voltei as atividades do blog.

Mas vamos lá. Mais um país deixou-se ser chicoteado pelos seus países irmãos, numa imolação coletiva pagã em que se transformou a política gestora da crise da UE.

O presidente da Espanha, Mariano Tajoy, anunciou ontem um pacote de € 65 bilhões até 2015, entre cortes de gastos e aumento de impostos, condição exigida pela União Europeia para resgatar os bancos espanhóis endividados.

Mas não resolve absolutamente nada socialmente, já que estes ajustes só massacraram a população dos países europeus atingidos pela crise. O desemprego já aumentou e irá aumentar muito mais no próximo ano.

Sem falar na redução do seguro desemprego, outro toque da crueldade gestora da crise. 

Do ponto de vista político, estas medidas são um fracasso total, é só serviram para provocar os conflitos violentos entre população e autoridades ocorrido nos países que assumem o risco de seguir as metas impostas pela UE, para receber dinheiro.

Na Espanha, Rajoy com 8 meses de governo, já tem 78% dos espanhois sem confiar em seu governo. Isso com apenas 8 meses que foi eleito.

A verdade inquestionável é que o caminho de gestão da crise tem servido para exatamente isso. Gerir a crise e não acabar com ela.

Depois de 5 anos em que esse tsunami europeu começou, o continente está bem pior do que o início da crise. As dívidas destes países aumentaram assustadoramente.

Para piorar, os governantes europeus e claro todos esquecendo do lado humano neste doloroso processo, têm a ideia fixa de aplicarem políticas de austeridade a qualquer custo.

Não é preciso ser um economista com doutorado para saber que só se sai de uma crise financeira com crescimento e investimentos.

Não se controla uma crise simplesmente emprestando dinheiro para pagar parte da dívida.

Para muitos especialistas, com os quais eu concordo plenamente, existe algo pofundamente errado com essas políticas, porque simplesmente a crise não foi provocada por governos e administrações públicas. 

Mas toda essa lambança foi e continua sendo provocada pelo sistema financeiro suas especulações, suas trapaças e suas delinquências.

Porque então que os governos e sociedade estão pagando a conta? 

E porque essas empresas pilantras do sistema financeiro continuam operando livremente sem arcar com o ônus deixado por suas excusas operações catastróficas?

Com toda a certeza digo, isso é poupar os criminosos.