A MUDANÇA DO EIXO E O GRANDE SISMO DO CHILE

O Sismo de Valdivia de 1960, também conhecido como Grande Sismo do Chile, foi o mais violento sismo já registrado cientificamente[3]. Ocorreu no dia 22 de maio de 1960, no Chile.
Fora uma tsunami colossal (que, por sorte, perdeu força antes de chegar a áreas populadas),
aqui está um outro efeito dos 66,6 exajoules (1018 Joules) liberados pelo terremoto no Chile: o Jet Propulsion Laboratory da Nasa diz que os dias agora serão mais curtos porque o tremor deslocou o eixo da terra em 7,6 cm.

A mudança - que só pode ser mensurada graças a modelos de computador - resultará em dias que são 1,26 microssegundos mais curtos que antes. Microssegundos, coisa rápida: isso significa 0,00000126 segundo. Fora isso, pode haver mudanças bem mais visíveis, como ilhas mudando de posição. Uma delas, Santa Maria - próxima a Concepción, cidade mais atingida - pode ter subido 2 metros depois da mexida nas placas tectônicas.

Esta não é a primeira vez que isso acontece, já que todos os terremotos têm algum efeito no eixo do planeta.

hÁ 50 anos acontecewu o maior terremoto da história. No Chile. O terremoto atingiu todo centro-sul do Chile, incluindo as cidades de Valdivia e Concepción, registrando 9,5 pontos na escala de magnitude de momento, o que o tornou o mais forte já registado cientificamente na história da Humanidade.

O sismo foi sentido em diferentes partes da Terra e produziu um tsunami que afetou diversas localidades ao largo do Oceano Pacífico, como Havaí e Japão e a erupção do vulcão Puyehue. Cerca de 5700 pessoas faleceram e mais de 2 milhões ficaram feridas por causa desta catástrofe. Tsunamis causados pelo tremor causaram 62 mortes no Havaí e 31 nas Filipinas nas horas seguintes, e réplicas do primeiro abalo puderam ser sentidas por mais de um ano. Os estragos chegaram a ameaçar seriamente a realização da Copa do Mundo FIFA de 1962, já programada para ocorrer no país.

O Chile é susceptível a fortes terremotos porque está cortado pela divisão de duas placas tectônicas: a placa de Nazca e a placa Sul-Americana.

O número de vítimas e os prejuízos deste desastre nunca foram conhecidos com precisão. Diversas estimativas quanto ao número total de mortes directamente associadas ao sismo e tsunamis foram publicadas, com a USGS a citar estudos e números de 2231, 3000, ou 5700 mortes, enquanto outras fontes usam estimativas de 6000 mortes. Várias fontes estimam o custo monetário entre 400 milhões e 800 milhões de dólares norte-americanos[1] (equivalentes a 2,9 e 5,8 biliões de dólares aos custos de 2010, corrigidos pelo efeito da inflação).