PARAÍBA - O DISCURSO DA EMOÇÃO, O DISCURSO DA PROVOCAÇÃO E O DISCURSO DA VITIMIZAÇÃO

“Aceitar provocações é para os fracos, forte é aquele que faz da provocação algo que provoca quem te provocou.”

O ato de provocar implica em desafio ou uma forma de tentação. No caso da disputa entre o PSDB e o PSB, a provocação tem vindo dos tucanos.   É um tipo de provocação que inferioriza a pessoa tendo por base características pessoais como temperamento, personalidade e também públicas como forma de governar, integração com o parlamento, etc.

No caso da política paraibana, as declarações e provocações tem partido da  dissidência do PSDB  e mais recentemente do pomo da discórdia, o Senador Cássio Cunha Lima.

A técnica da provocação implica em provocar o governo para o confronto fora dos padrões das relações políticas,  incitar uma reação exagerada por parte do governo de Ricardo as provocações, para que perante a opinião pública, se mostre como Ricardo é um gestor que não gosta de ouvir as críticas e nem dialoga com o contraditório.

A verdade é que Ricardo optou como reação na maior parte das provocações pelo silêncio e quando respondeu, pelo menos duas delas, respondeu no campo das idéias com o discurso de trabalho e ações governamentais. Ponto para o governo RC.

Auto-vitimização
Auto-vitimização é quando uma pessoa ou instituição se coloca como vítima ou perseguida para desqualificar objeções contra as quais não pode contra-argumentar. Auto-vitimização é um tipo de manipulação emocionalista e acontece principalmente quando se esgotam ou não se tem os argumentos.

Geralmente, a suposta "vítima" confunde ideias com sentimentos, ideologias com pessoas, apologética com ofensa pessoal, e no fundo revela falta de modéstia em admitir que simplesmente pode estar errado.

E o pior, a auto-vitimização é uma espécie de desonestidade intelectual; geralmente, o que defende suas ideias se torna o grande vilão, e o que se vitimiza consegue adeptos que são exatamente como ele: "vítimas" de um sofrimento virtual que só tem plausibilidade em sua teimosa imaginação.  A auto-vitimização precisa de platéia para funcionar. 

Precisa dizer mais sobre as declarações para a imprensa e os panfletinhos eletrônicos de tom emocional que Cássio tem soltado na Internet? Mais precisamente no Facebook?

O campo das emoções sempre foi uma área afeita as estratégias das campanhas eleitorais de Cássio. Eu sei porque eu trabalhei em 2 delas. É nas músicas, é na propaganda de TV, mídia impressa, declarações públicas na internet e para a imprensa, etc. , etc.

E Cássio está retomando a velha estratégia apelando para sentimentos, ser querido e não temido, se colocoando como vítima de Ricardo, que não foi ouvido e essas baboseiras adocicadas que nada tem a ver com uma gestão pública correta e compromissada com o povo da Paraíba.

Ora se Cássio não foi atendido em seu compromisso com Ricardo, como é que poderia ter por todo um mandato, mas de 2000 indicados empregados pelo Governo da Paraíba?

A Tal "consulta popular", eu já disse antes e digo agora: é balela. Se por acaso, houvesse um resultado contrário aquele que o grupo do PSDB que quer Cássio candidato pretende, tenho certeza de que esta consulta seria anulada. Mas a tal "consulta popular" de que Cássio fala é uma mera ação de marketing promovida para os filiados e simpatizantes cassistas do PSDB nos diretórios municipais da Paraíba. A tese é de que a população está sendo convocada. 

Eu pergunto, fora esses já citados, quem irá? Eu digo e já disse antes: Esta consulta é uma balela, uma ação de marketing que tenta legitimar a quebra de compromisso de Cássio com Ricardo.

O que está acontecendo com o Senador hoje é o que aconteceu com muitos políticos há 8 anos atrás. Não perceberam que o eleitor havia mudado e por isso perderam seu espaço no poder.

Ricardo Coutinho com certeza tem muitos defeitos, como todos nós, basta ser humano para isso. Mas gostem ou não gostem seus críticos, agora na Paraíba existe um marco político.

A Paraíba antes de Ricardo Coutinho e a Paraíba depois de Ricardo Coutinho. E a Paraíba depois de Ricardo Coutinho não aceita mais esses discursos emocionais, de auto vitimização e tal. Cássio agora vai ter de provar que pode ser um bom administrador para o estado melhor do que RC.

Vai ter de explicar mais convincentemente o seu rompimento com RC.

E não adiantará vir com manipulações de palavras na estratégia das emoções. Isso só quem gosta são seus fanáticos cassistas e políticos que representam uma era em que usavam o estado a seu serviço.

O povo paraibano realmente gosta de ser abraçado e amado com ações de governo que atende as suas necessidades, que mostrem uma Paraíba em evolução, saindo do atraso, não só político, mas também como estado da Federação.

Esta é a única forma que o povo paraibano sente hoje que é amado por um governante. Com muito trabalho.

O resto são discursos demagógicos junto a estratégias apelativas que se funcionaram um dia, hoje já não tem a menor servidão.

E o motivo é simples.  E nem em Campina Grande mais, Cássio é unanimidade, vai ter que dividir os votos com Vene e o candidato dos Ribeiros. Perdeu apoios político importantes. O número de prefeitos paraibanos que lhe apoiam é muito pequeno. 

Ou Cássio se recria, se recicla, ou estará fadado a uma retumbante derrota política e no voto.