CÁSSIO COLOCOU A OPOSIÇÃO NO LUGAR EXATO QUE RICARDO COUTINHO A QUER.


Amigos(as) Estou voltando para o blog em 2104 para uma atividade diária. Mas vamos ao artigo:
 
A pressão para Cássio ser Candidato
Desde 2012 que os eleitores paraibanos tem acompanhado pela mídia, declarações emitidas por pretensos “cassistas” , ou “pretensas declarações” dadas por familiares de Cássio de que irá haver um rompimento  o Governador da Paraíba e o Senador pelo mesmo estado.

E é notável que Cássio vem sofrendo pressões para romper a aliança com Ricardo Coutinho  seja pela imprensa, seja pelos aliados ou mesmo seja pela oposição. Pela oposição? Sim, mais na frente do texto eu chego nesta parte. 

Ontem, portais paraibanos publicaram a notícia de que parentes de Cássio declararam que ele os procurou ou telefonou para comunicar que será realmente candidato ao Governo da Paraíba. Eu pessoalmente não acredito na veracidade destas afirmações,  apelando para o tempo em que eu trabalhei com Cássio e sei que ele não procura parente de grau mais distante de seu núcleo familiar para comunicar que vai ser candidato seja pessoalmente ou por telefone, o que chega  a ser risível, conforme manchete neste sentido de determinado portal de João Pessoa.

Ouso afirmar que  a pressão sobre o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho  para um rompimento tem suas semelhanças com o processo que culminou na noite do Clube Campestre, quando o senador Ronaldo Cunha Lima sacudiu e dividiu a Paraíba em dois, polarizando-a por décadas.

Assim como em 1998 Ronaldo e José Maranhão vinham sendo instigados, desde o ano anterior (pré-eleitoral) por aliados e assessores afobados a um rompimento definitivo, Cássio e Ricardo têm sido bombardeados por argumentos dos mais variados, alguns baseados em argumentos bem montados , mas a maioria respaldada apenas em interesses pessoais e egoísta de bajuladores e mamadores órfãos das tetas do estado.

Enfim, este é o cenário. Viajei  em direção ao Sudeste por 45 dias pela  BR 116, BR 101 e Linha Verde de carro, completando quase 8.000 kms rodados e retornei a este saudoso estado e encontro a política paraibana  pré-eleitoral praticamente no mesmo lugar de 2012/2013.

O que isso quer dizer?

Quer dizer as vésperas da pré-campanha eleitoral de 2014, aliados de Cássio, oposição ou mesmo antigos aproveitadores tradicionais na política paraibana estão cegos, ou mesmo dormindo sem perceber o que realmente está acontecendo.

Oposição sem ação

Parafraseando um gênio político, nunca antes na história deste estado, a oposição esteve tão atada e inexpressiva em época de pré-campanha na Paraíba.  Já tivemos no passado realidades bem distintas. Uma polarização política bem mais acirrada.

Não precisamos  ir muito longe,  basta lembrarmos por exemplo a agressiva onda denuncista e radical contra Cássio na sua época em que foi governador, de que se alimentava exatamente, o então deputado estadual e atual  governador Ricardo Coutinho, que era aliado de José Maranhão.

Indubitavelmnte, estamos hoje em tempos diferentes.  Parece (somente parece) já não haver sequer disposição para o confronto político, ainda que limitado às ideias. Pelo contrário. Aos velhos e tão conhecidos métodos de cooptação de que o governo se utiliza para alargar ao infinito suas maiorias, somam-se os interesses particulares dos parlamentares, sempre ávidos em agradar para, em troca, gozar dos benefícios que o poder central lhes concede. Talvez o atual PEN paraibano do Presidente da Assembléia Ricardo Marcelo possa ilustrar muito bem este cenário. 

No dia 02/12/2013,  lideranças do PT, PP, PSC E PEN se reuniram durante um café da manhã em um tradicional hotel da capital e iniciaram a discussão dos nomes com potencial para uma disputa pelo Governo do Estado pelas oposições. Entre os presentes estiveram o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ricardo Marcelo (PEN), o deputado federal Leonardo Gadelha (PSC), o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, o ministro Aguinaldo Ribeiro e o ex-prefeito Luciano Agra (PEN).

O já chamado “blocão” (PT/PP/PSC) não quer se resumir a três partidos e tem trabalhado nos bastidores  para ampliar o ‘grupo’ e conseguir a adesão de mais legendas. Os presidentes do  Pros e o Solidariedade foram procurados pelas lideranças do PT, PSC e PP para ingressar ao blocão e juntos lançarem candidatura ao Governo do Estado.
Mas eu pergunto? Destas reuniões houve algum progresso efetivo para fortalecer as oposições?

Eu digo que não, pode ser que alguém tenha uma resposta diferente. Mas Ricardo Marcelo por exemplo não se manifesta antes da definição do Senador Cássio Cunha Lima para 2014, assim como a maioria dos parlamentares filiados ao PEN também não quer se posicionar. Se Cássio sair candidato, é certeza que a maioria do PEN o apoia

Trata-se de uma omissão absolutamente injustificada. Já que Cássio não será candidato. Mas ainda cabe uma pergunta: O ‘blocão’ só tem vaga para o PEN? E o PPS não entra nesse ‘blocão’?   

Nonato Bandeira não é vice de Cartaxo?

Isso sem contar Veneziano, Wilson Santiago, etc.

Concluindo, enquanto espera-se  uma atitude de Cássio para sua candidatura, o que provalvemente não vai acontecer, a oposição perde um tempo precioso e que vai fazer falta na campanha eleitoral, para se articular contra a situação governista.

Conclusão: Motivos do porque de Cássio não ser candidato e uma breve análise conclusiva

Eu entendo que Cássio não será candidato porque:

  1. É Senador com mais um mandato ainda pela frente;
  2. Ricardo Coutinho absorveu boa parte sua base política no governo e isso não tem custo nenhum para Cássio;
  3. Cássio tem um acordo com Ricardo para voltar ao Governo em 2018 com RC compondo a chapa para o Senado;
  4. Interessa  mais a Cássio neste momento político, a candidatura de um de seus filhos. Estar com a situação é um panorama ideal para esta campanha. Tem a máquina a seu favor.;
  5. Em todo tempo em que eu trabalhei sob o comando de Cássio, vi em sua gestão coisas boas e também coisas não muito boas, ninguém é perfeito, mas eu tenho certeza, que uma característica não faz parte de sua personalidade. A trairagem. Ele não faz política com traições. E mesmo que seu acordo com RC esteja aberto aos sabores do momento político, Cássio não se arriscaria a ficar com o governo até o último minuto, para depois ser candidato. Entre os eleitores paraibanos ele ficaria com o rótulo de traidor e oportunista político. Sabendo de sua inteligência estratégica, duvido que o Senador Cássio se expusesse a um quadro deste nível.
  6. E finalmente, Cásio ainda tem uma indefinição com a Lei Ficha Limpa, que pode impedi-lo de se candidatar em 2014
Conclusão: A realidade é uma só. A oposição atada é um quadro atraente para RC e Cássio. E com representações teatrais públicas, sem maiores comprometimentos, Cássio e RC tem mantido a oposição sem expressão em plena  temporada de pre-campanha política na Paraíba, e mais, com joguinhos de palavras insinuantes na mídia, Cássio tem mantido o controle sobre  seus vorazes e fisiológicos aliados numa corda bamba que vai pra lá e pra cá, sem realmente parar em lugar nenhum.

Concluindo: Cássio  colocou a oposição e seus aliados  no lugar  exato que Ricardo Coutinho a quer. Resta saber agora como ficará a questão com o PSDB e Cícero Lucena.