Projeto quer tirar do presidente da Câmara decisão sobre abertura de impeachment

Tribunal de Haia: corte investiga casos de genocídio contra a humanidade

O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) protocolou, nesta terça-feira (22), requerimento de urgência para o projeto de lei (PL 1.816/21), de sua autoria, que pretende tirar a prerrogativa exclusiva do presidente da Câmara de abrir processo de impeachment e dar a possibilidade de o plenário da Câmara dos Deputados deliberar sobre o recebimento de denúncia contra o presidente da República. O projeto altera a lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, que define os crimes de responsabilidade e regula o processo de impeachment. Está também em curso estudo que tenta viabilizar a denúncia de Bolsonaro ao Tribunal de Haia.

Pela proposta, um terço dos parlamentares poderá, mediante requerimento, submeter diretamente ao plenário da Câmara uma das denúncias apresentadas e que estiverem aguardando análise do presidente da Casa. Por maioria absoluta dos votos, ou seja 257 parlamentares, o requerimento pode ser aprovado e, assim, o presidente da Câmara fica obrigado a instalar a respectiva comissão especial para analisar o pedido de impeachment. Este instrumento só poderá ser utilizado uma única vez no ano.

Na avaliação do deputado Fontana, a decisão de pautar o impeachment não pode ficar nas mãos de um só parlamentar. "Não é razoável que as reivindicações e anseios da maioria da população brasileira, concretizadas, no momento atual, em mais de cem denúncias contra o presidente Bolsonaro, fiquem à mercê apenas da vontade do presidente da Câmara", justifica.

Crime contra a humanidade

Fontana publicou também na sua página do Facebook que a CPI da Pandemia, com o auxílio da OAB, pode denunciar Jair Bolsonaro por genocídio à Corte Internacional de Haia, na Holanda.

A OAB deverá ajudar a comissão a tipificar os crimes em um relatório final de investigação. Senadores relataram que a imunidade de rebanho defendida por Bolsonaro pode ser caracterizada como crime contra a vida. A CPI defende que o governo federal deixou de negociar a compra de vacinas em 2020 para investir na contaminação em massa, com objetivo de evitar problemas econômicos.

O Tribunal Penal Internacional tem missão de investigar e julgar acusados de genocídio, crimes de guerra, de agressão e contra a humanidade, que abalam uma sociedade e chocam à comunidade internacional.

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