O Sindicato dos Motoristas da Paraíba
paralisou as frotas de ônibus da grande João Pessoa na
segunda-feira (21), na semana passada.
Mas ao
invés de responsabilizar os seus patrões, que são os pagadores,
responsabilizaram a população e os aplicativos de transporte.
O Sindicato fez o mesmo discurso das empresas
de ônibus, dizendo que o sistema de transporte estava falido.
Segundo o
Sindicato, em 1990 havia 50 empresas, sobrando 10 hoje, das quais 90%
estão falidas.
Só esquecem que se hoje diminuiu o tamanho das
empresas, isso é resultado de fusões, compra e vendas de empresas
de ônibus. Não houve diminuição das linhas em João Pessoa, pelo
contrário, aumentou.
E como podem estar quebradas empresas que em
todas as eleições municipais doam aos candidatos de suas
preferências, gordas e milionárias quantias?
Por isso a
paralisação e o discurso que a defende não bate.
As
empresas de ônibus usam seus funcionários para pressionar o poder
público a aumentar as passagens fora da época, a diminuição dos
impostos devidos e a não exigência da renovação obrigatória e
legal da frota.
E chegam ao absurdo de segurar o salário dos
motoristas e trocadores, e que se deixam manipular pelo
Sindicato.
Aplicativos não chegam a mexer com o
faturamento de ônibus na capital, simplesmente porque 90% dos
usuários destes apps não tem o perfil de usuários de ônibus que usam o Passe
Legal.
Aplicativos interferem somente no mercado dos
taxistas. Já é outra coisa.
Já está mais do que na hora para o Ministério
Público fiscalizar as paralisações e as revindicações das
categorias de trabalhadores e empresários do transporte coletivo.
Afinal, a concessão é pública.
E no apagar das luzes, o principal prejudicado continua sendo o usuário do sistema que pagará duas vezes. Pagará o aumento das passagens e a diminuição dos impostos municipais.
Afinal, é dinheiro público e que também sai do bolso do trabalhador.
Afinal, a concessão é pública.
E no apagar das luzes, o principal prejudicado continua sendo o usuário do sistema que pagará duas vezes. Pagará o aumento das passagens e a diminuição dos impostos municipais.
Afinal, é dinheiro público e que também sai do bolso do trabalhador.