PERSEGUIÇÕES E DISCRIMINAÇÕES A JORNALISTAS AUMENTAM NO GOVERNO BOLSONARO



A perseguição da Famiglia Bolsonaro a jornalistas que são críticos ao governo tem sido a marca registrada de uma gestão com forte perfil neofascista.

E isso tem se destacado com a perseguição dos Bolsonaros, Moro e da PF contra Glen Grenwald, jornalista e diretor do Intercept, na vazajato, série de publicações que divulga mensagens ilegais e criminosas entre Moro e os procuradores da operação lavajato.

Aliás, de modo geral, a situação da liberdade de imprensa no Brasil nunca foi fácil. Em muitos casos os assédios e ameaças acabam terminando em assassinatos de jornalistas.

A Press Emblem Campaign (PEC), divulgou um relatório em dezembro de 2108 que colocou o Brasil como oitavo país do mundo em que mais jornalistas foram mortos naquele ano.

Na semana passada, o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgou um estudo sobre os países com os maiores índices de impunidade de crimes contra jornalistas.

O Brasil é o 10º país mais impune, de acordo com o ranking liderado pela Somália e que conta com as presenças de Síria, Iraque, Afeganistão e Paquistão, entre outros.

Os ataques a jornalistas no Brasil, tem tido mais um campo de terror na evolução que acompanha a tecnologia, e o motivo são grupos organizados de extrema direita na Internet, que arregimentam seguidores para atacar qualquer formador de opinião que não esteja alinhado com as políticas, se é que pode se chamar disso, do governo Bolsonaro.

“Eu vivia a ilusão de que a verdade é um escudo protetor do jornalista. E ela não é esse escudo tão protetor assim”, avalia a experiente repórter Elvira Lobato, em entrevista, na Casa Pública(Agência de Jornalismo Investigativo), sobre os ataques e assédios direcionados a jornalistas.

Ao seu lado, a repórter da Rádio Guaíba Vitória Famer conta seu sofrimento ao ser exposta e ofendida nas redes por um vídeo que manipulou informações a respeito de uma reportagem de sua autoria sobre um ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). “Antigamente era mais uma tentativa de ofensa aos jornais, portanto era um ataque ao CNPJ. Agora é um ataque ao CPF. É algo mais direto aos jornalistas”, avalia.

Ambas concordam que nada é mais agressivo do que atacar a liberdade de trabalho do repórter. “Psicologicamente é um impacto terrível”, afirma Elvira.

Além disso, o estado promove pressões e perseguições a jornalistas, sempre que percebe um oU outro profissional que não vende o seu jornalismo, que trabalha com fatos verdadeiros e sem distorções. Principalmente quando essa ética atinge o governo em suas práticas ilícitas.

Estamos presenciando vários exemplos de perseguições manifestadas nos grandes veículos de comunicação do Brasil.

Em 2016, José Trajano, grande cronista esportivo e ex Diretor de Jornalismo da ESPN, o primeiro aliás, teve seu contrato rescindido pela emissora insatisfeita com algumas manifestações de cunho político proferidas pelo jornalista com relação ao impeachment de Dilma Rousseff.

O jornalista esportivo e crítico Juca Kfouri, que estava há 14 anos no canal ESPN, foi um dos 13 jornalistas da emissora demitido na úlima quarta(14). Ele é de uma linhagem de profissionais que analisa e é crítico de temas mais relevantes como política e sociedade. Sua demissão veio justamente após uma entrevista que ele fez com Dilma Rousseff para a TVT. '.

Depois de  pouco mais de um mês, afastado de suas funções na Rede Record, emissora que se alinhou e aliou ao governo Bolsonaro totalmente desde a campanha eleitoral,  onde apresentava o vitorioso Domingo Espetacular, o jornalista Paulo Henrique Amorim acabou morrendo em consequência de um mal súbito.

Conhecido por seus posicionamentos essencialmente à direita e antipetistas, o historiador e comentarista político Marco Antonio Villa, anunciou, nesta segunda-feira (24), sua demissão da rádio Jovem Pan. Ele havia sido suspenso por 30 dias de suas funções, em maio. Villa foi suspenso por razões que seriam suas críticas a Jair Bolsonaro. Em uma das que mais criaram polêmica, ele declarou que o presidente é “um embusteiro que tenta enganar as pessoas”.

Após dar diversas opiniões políticas contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), a jornalista Rachel Sheherazade foi punida por Silvio Santos. A âncora do SBT Brasil deixará de apresentar o jornal às sextas-feiras a partir de hoje, 9 de agosto.

Eu mesmo, Eliseu Mariotti, sofri discriminação recentemente em uma empresa de comunicação de João Pessoa, por pessoas que não aceitaram meu posicionamento político, chegando mesmo até ouvir que eu seria mais aceito se não fosse "tão" progressista.

Com esse cenário é fundamental o apoio da categoria e da sociedade civil organizada ao Intercept e Glen Grenwald, porque os ataques vão continuar e vem coisa pesada por aí.

Enfim, temos que enfrentar. Não podemos deixar de publica a Verdade. Não podemos enterrar os fatos. Como já disse o próprio Juca Kfouri depois da demissão: -“Os tempos são duros, mas já foram piores”.

#LulaLivre!