Só se fala nisso.
O PT está enterrado.
A esquerda acabou.
Comunistas serão
caçados.
A despeito da grave
ameaça que a última afirmação representa, a verdade é que no
parlamento a esquerda saiu mais forte que a direita nestas eleições.
Apesar dos violentos ataques promovidos por um judiciário reacionário, capitaneados pelo Mouro, com a ajuda da grande Mídia, esta capitaneada pela Rede Globo, a prisão de seu maior líder, o PT que havia sofrido um sério revés em 2016, ressurgiu das cinzas, abrindo majestosamente a suas asas de Fênix e frustrando todo o objetivo da plutocracia brasileira em banir o partido do mapa político nacional.
Apesar dos violentos ataques promovidos por um judiciário reacionário, capitaneados pelo Mouro, com a ajuda da grande Mídia, esta capitaneada pela Rede Globo, a prisão de seu maior líder, o PT que havia sofrido um sério revés em 2016, ressurgiu das cinzas, abrindo majestosamente a suas asas de Fênix e frustrando todo o objetivo da plutocracia brasileira em banir o partido do mapa político nacional.
O PT é o maior partido
do Congresso. Outros partidos de esquerda também estão bem
representados e boa parte dos parlamentares de centro que foram
eleitos ou reeleitos (uma minoria) tem um viés mais a esquerda do
que para a direita.
É bem verdade que o
hoje um partido de extrema direita, o PSL é o segundo maior da
câmara. Um fenômeno de votos para candidatos desconhecidos e por
isso, um partido formado praticamente por parlamentares quer estão
ingressando num mandato pela primeira vez.
Experiência zero na
quesito conhecer as particularidades de uma articulação e coesão
para a formação de blocos nas duas casas do Congresso.
A experiência no
parlamento é uma característica fundamental que o PT tem de sobra e
os outros partidos de esquerda e centro que podem compor um bloco na
Câmara tem de sobra.
São partidos que sabem
fazer oposição.
Inclusive há cacife
para eleger um presidente da casa, anulando o oportunismo e
fisiologismo do deputado reeleito e atual presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, e que provavelmente terá o aval de Bolsonaro.
São colegas antigos na
Câmara. São deputados do mesmo estado. O Rio de Janeiro.
A programática de
governo do Bolsonaro é a mesma de Temer.
Na verdade pior porque,
Bolsonaro não saberá o que estará fazendo. Temer sempre soube.
Bolsonaro estará
totalmente entregue nas mãos de sua assessoria, cuja metade é de
militares.
Sabemos muito bem a
destruição que um governo de militares provoca na administração
pública.
Haja visto que, apesar
das mentiras divulgadas pela imprensa como verdades em parceria com a
lavajato, a corrupção na Petrobrás e outros orgãos da
administração pública é na verdade uma criação dos militares.
Isso mesmo.
A Odebretch, a OAS, a Camargo Correa, a Mendes
Júnior, a Braskem entre outras, já existiam no regime militar, mas
foi com o regime que se expandiram e inauguraram com pompa e
prosperidade, a promiscuidade pública/privada no modelo que existe
hoje.
Ou seja, o adubo da corrupção na Petrobrás e na
administração pública foram regados pelos militares que geriram o
regime.
A corrupção do regime era tão grande que há
teses inclusive, de quem defende que era maior do que hoje.
O presidente Geisel iniciou a abertura política,
porque já dizia aos quatro ventos, para imprensa e para quem
quisesse ouvir que estava na hora dos militares sairem do poder,
tamanha era a corrupção que dominava todos os escalões da
administração pública e que eram controlados por militares em seus
vários graus hieráquicos.
Dito isto, conclui-se que Bolsonaro, uma cria mal
feita dos militares daquela geração de 64, foi eleito não para
acabar com a corrupção. Mas para tirar os direitos do povo, dos
trabalhadores, adas minorias e para entregar toda a riqueza nacional
as grandes potências.
Nã há nada de patriota em Bolsonaro e seus
asseclas de fardas e civis. São entreguistas e subservientes a
política externa dos EUA.
Essa era uma característica tipica do regime de
64.
Mas, apesar da gana em reeditar o regime militar,
2018 não é 1964.
Há muitas diferenças.
Apesar da esquerda no poder ter sido a melhor
administração pública na história do Brasil, fazer oposição com
maestria e competência é uma qualificação nata do PT e seus
aliados.
Fazem isso muito bem!
Também não há mais lugar no Brasil para uma
quebra das instituições eleitorais. Se assim fosse, bastava os
militares darem um golpe e fecharem o Congresso.
Pra que gastar com campanhas eleitorais?
Além disso, todas as propostas de Bolsonaro tem
que passar pelo Congresso. A Previdência por exemplo, estão
tentando aprovar este ano ainda, porque sabem que o ano que vem será
ainda mais difícel.
O fato é que as propostas na sua maioria não tem
o menor sentido. Não mudarão o Brasil para melhor, pelo contrário,
só irão provocar o caos.
Um governo dominado por militares não vai armar o
povo. Isso é balela. Não irão jogar contra si mesmos. Não
resolverão a corrupção e muito menos o problema da criminalidade,
principalmente aquela relacionada as grandes facções.
Paulo Guedes é retrógrado economicamente e
mostra uma esquizofrenia aguda quando fala em rejeitar o Mercosul,
criar um imposto único, que só vai onerar o trabalhador pobre.
Em um ano de gestão, o governo Bolsonaro estará
envolto em políticas econômicas fracassadas, denúncias de
corrupção e traição a soberania nacional.
E é por isso que a oposição no Congresso poderá
navegar em um porta aviões e a situação será apenas uma corveta
naufragando.
Resta saber se o governo Bolsonaro, vendo a
ingovernabilidade tomar conta de seu mandato, não irá romper
definitivamente com a nossa agonizante Democracia e com isso provocar
uma violência e derramamento de sangue sem precedentes na história
do Brasil.
A união das resistências populares é a única
arma que o brasileiro democrático dispõe a preço de hoje.
Sábias palavras e parabéns pela iniciativa de resistência.
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