DEFINIR NOSSA PLUTOCRACIA COMO ELITE É CORRETO? 10 PONTOS FUNDAMENTAIS QUE DESNUDAM A PLUTOCRACIA BRASILEIRA.


Nós temos hábito de definir a plutocracia brasileira como "elite" . Mas será que é mesmo? Então vamos ver o significado dessas palavras.

Plutocracia
1. a influência ou o poder do dinheiro; argentarismo.
2. exercício do poder ou do governo pelas classes mais abastadas da sociedade.

Elite
1.o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, em um grupo social.

Ora vejam...

Então Plutocracia não é a palavra que representa o que de melhor existe num grupo social, ao contrário de Elite, que representa a nata, popularmente conhecida como a cereja do bolo.

Então então porque chamamos de "Elite" as classes dominantes?

Temos claríssimos exemplos diários de exposições da corrupção, mediocridade, pequenez e falta de republicanismo, patriotismo e principalmente a extorsão do orgulho em ser brasileiro.

Como uma categoria desta natureza pode ser chamada de "Elite"?

Eu fui da Força Aérea Brasileira, com muita satisfação e me lembro que lá quando falávamos em tropa de elite, falávamos no que tinha de melhor nas Forças Armadas, no caso da FAB, os aviadores, paraquedistas e tropas especiais. Eram soldados de todas as patentes que davam o melhor de si pela tropa, pela corporação, inclusive a própria vida se necessário, pelo seus objetivos.

A Elite no Brasil não é a plutocracia. Esta é composta em sua maioria por pessoas da classe dominante, medíocres, egoístas, sem nenhum sentimento republicano, patriótico, que vendem a soberania nacional para manter seus privilégios de casta.

São subservientes a política externa e aos interesses econômicos dos Estados Unidos, comportando-se como viralatas e espalhando esse sentimento pela classe média que deixa-se manipular, abanando o seu rabinho.

Quais seriam os principais objetivos da Plutocracia brasileira?

1-Reduzir a Democracia:
Os plutocratas não tem o menor apreço pela Democracia, usando de estratégias conhecida há séculos para esmaga-la quando ela floresce no Brasil.

2-Moldar a ideologia
No mundo ideal da plutocracia, o povo precisa ser passivo e despolitizado. Deve saber o seu lugar na sociedade e não fazer nada para mudar isto. Qualquer semelhança com a lei promulgada recentemente em Alagoas, proibindo professores de opinarem sobre política em sala de aula, ou com o projeto "Escola sem Partido" não é mera coincidência.

3-Reestruturar a Economia
Depois do golpe, o Brasil vem gradativamente reduzindo sua atividade industrial e aumentando sua atividade financeira. Quando a especulação de capitais gera mais dinheiro que a produção de bens e serviços, sinal de que a nossa economia está gravemente doente.Deixar os trabalhadores em constante medo de perder o emprego é fundamental para mantê-los em seu devido lugar.

4-Deixar o custo Brasil para os pobres e a classe média
Estamos retornando ao período pré-revolução francesa, em que a alta corte de reis, rainhas e nobres famílias aristocráticas eram isentos de impostos, enquanto o fardo de sustentar a sociedade recaía somente sobre os pobres e a burguesia, no caso a classe média da época. No Brasil mais da metade da carga tributária é cobrada justamente daqueles que possuem menos, os mais pobres. Na prática são os mais pobres quem sustentam os programas sociais, o SUS e as escolas e universidades públicas.

5-Destruir as práticas sociais e solidárias
Do ponto de vista da plutocracia, a solidariedade entre o povo é muito perigosa. Você deve se preocupar somente consigo mesmo. Este princípio fez com que uma parcela da classe média fosse contra o Bolsa Família, por exemplo. Depois do golpe todo o sistema de políticas públicas desenvolvido durante a gestão do PT, calcado nos ideais de solidariedade entre ricos e pobres, foi completamente desmantelado pela plutocracia. Quando o acesso ao ensino superior se torna exclusividade das famílias ricas que podem pagar pela educação de seus filhos, o discurso da meritocracia repetido aos quatro ventos pelos liberais conservadores não tem efeito real nenhum.

6-Controlar quem fiscaliza

No Brasil, as agências reguladoras são incentivadas ou criadas pelas próprias empresas do setor, para proteger seu oligopólio de novos competidores, de novos investimentos . A estratégia funciona, com o lobby das empresas tendo um papel central, pois é através dele que as companhias conseguem aprovar leis de seu interesse com o apoio das agências.
Quando o financiamento privado de campanha é permitido por lei, as leis são escritas a favor da plutocracia, que através de seu poder econômico elege deputados e senadores alinhados com seus interesses particulares controlando assim os rumos do país.
A plutocracia quer um capitalismo de mentirinha, com um Estado-babá sempre pronto para socorrê-la nas crises causadas por elas mesmas, enquanto a conta, é claro, fica para a classe média e os pobres.

7-Controlar as eleições

Como foi explicado anteriormente, o financiamento privado de campanha cumpre um papel central na estratégia de dominação da plutocracia. Deste modo a concentração de riqueza gera concentração de poder. O sistema eletrônico de votos proporciona oportunidades de mais fraudes eleitorais. No TSE estamos sofrendo um grande risco de fraude nos resultados das eleições visto que seu presidente atual, o ministro Gilmar Mendes tem claras e declaradas intenções de intervenção no pleito

8-Desmobilizar todos os orgãos e sistemas legais de proteção ao trabalhadores
O objetivo é deixar os trabalhadores, fracos e impotentes. A "Deforma" Trabalhista mostra claramente isso, além de tirar grande parte do poder de negociação do sindicatos e entidades representativas dos trabalhadores.

9-Criar consenso único e parir consumidores
Uma vez que não há mais volta, a democracia e a liberdade são conquistas definitivas da sociedade, a plutocracia busca outras formas de controle social. Uma delas é a ditadura do pensamento único e a fabricação de consensos por meio das grandes empresas de mídia.
De acordo com Chomsky, a sociedade idealizada pela plutocracia transforma os eleitores em meros consumidores. Escolher entre direita ou esquerda torna-se o mesmo que escolher entre Coca-Cola ou suco natural, Nike ou Havaianas, Windows ou Linux.

10-Marginalizar a população
Parte esmagadora da população brasileira não têm meios para influenciar a política em Brasília – principalmente brancos de classe média baixa e etnias excluídas como negros e índios.
Isso gera frustração e ódio contra as instituições por parte das classes menos favorecidas. Nisso a grande mídia fabrica consensos, gerando uma massa sem senso crítico e com um pensamento único, onde o povo absorve fácil o discurso das elites e passa a culpar o governo por todos seus problemas.
Com isso, as pessoas odeiam ‘tudo o que está aí’ e se tornam intolerantes umas com as outras. Se torna fácil e profícuo o surgimento de lideranças antidemocráticas, fascistas, sendo um canal de escape para a raiva da classe média, enquanto isso atende aos interesses econômicos das elites.


Finalizando
Concluo que, depois de escrever sobre estes dez objetivos da  nosso plutocracia, destaco que, com o apoio da literatura de Chomsky e também do blog O Cafézinho, a nossa plutocracia jamais poderia ser chamada de "Elite".


Somente e simplesmente porque, essa "elite" contém o que se tem de pior num país e numa sociedade.


Contém pessoas e instituições dispostas a qualquer ato de ignomínia contra a democracia, arrancando direitos, escravizando pessoas, fraudando o sistema eleitoral, travando o desenvolvimento, mantendo o povo na miséria absoluta,entregando nossas riquezas, violentando nossa soberania, para somente manter seus privilégios, para que o filho da empregada não faça medicina, direito ou engenharia sentado ao lado de seus filhos, para que não haja uma sociedade mais justa e redistributiva.

O resultado disso tudo é que, caso não haja uma reação,  uma resposta merecida contra esses larápios, o Brasil nunca se consolidará como uma Nação real e verdadeira.


Nossa Plutocracia merece sim ser chamada de gang, matilha, bando, quadrilha, máfia, ou qualquer outra terminologia que configure ajuntamento para objetivos comuns que agregam ser os piores e mais catastróficos para o Brasil e seu povo.


Elite? 


Jamais.