URNAS ELETRÔNICAS. OBJETO DE DENÚNCIAS, FRAUDES E CORRUPÇÃO. O VOTO DO ELEITOR ESTÁ SENDO ROUBADO?


Após 15 dias passados as eleições/2016, atrevo-me a sair do casulo intelectual em que me coloquei para de início, fazer uma avaliação sobre um quadro nesta eleições, em que sempre me recusei a acreditar.

Urnas fraudadas!

Eu sempre defendi a lisura das eleições brasileiras pós-urnas eletrônicas, mas uma característica destas eleições me despertou para o que talvez possa ser, a maior conspiração orquestrada por grupos poderosos de mídia, a justiça eleitoral sob o comando de Gilmar Mendes, a oposição e o próprio fabricante das urnas brasileiras.

Antes de começar a destrinchar essa suposta fraude, gostaria de começar pela motivação que me despertou para a desconfiança e inspirou-me a escrever esse artigo.

A primeira questão é para um fato que caracterizou a padronização/perfil dos votos vitoriosos nestas eleições.

Estas eleições ficaram marcadas pela pasteurização do voto.

Algo como  quando olhamos para o dia anterior e ver que apesar do bombardeio da mídia e do judiciário contra o PT, o partido absolutamente não está morto, e de repente no dia posterior as eleições, novamente olhamos e parece que o PT nunca existiu, pior, que a esquerda nunca teve força no Brasil.

Um fenômeno somente explicável na Matrix, científica, dirigido pelas irmãs Wachowski e protagonizado por Keanu Reeves e Laurence Fishburne.produção cinematográfica estadunidense e australiana de 1999, dos gêneros ação e ficção.

Vamos entender por quê:

Primeiro, lembremos das denúncias de fraude em pesquisas realizadas nas principais capitais brasileiras, com o objetivo de avaliar o atual cenário eleitoral, principalmente sobre a disputa pelo posto de prefeito. 

O problema é que um sábio já dizia que “há três tipos de mentiras: mentiras, mentiras terríveis e estatísticas”. O que não se pode negar é que as implicações de estripulias estatísticas podem ser sérias, levando a alterar políticas públicas e afetando diretamente a vida dos cidadãos.

Raríssimamente em  uma eleição nos últimos tempos do Brasil, uma pesquisa acertou o resultado. 

Porque agora em 2016, por um suposto milagre ou adequação de método, as pesquisas praticamente profetizaram o resultado das eleições nas mais importantes capitais?

Em segundo, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em matéria do Estadão em 15 de março,  via ‘enormes chances de fraudes’ nas eleições municipais 2016. O que realmente faz um Presidente do TSE que defendia a lisura das urnas eletrônicas, declarar publicamente a possibilidade de fraude nas eleições?

O resultado destas eleições prova que alguma coisa está errada no universo eleitoral brasileiro.

Após o dia da eleição, a primeira análise da imprensa progressista foi fazer a crítica, construtiva aliás, sobre a esquerda brasileira. Por exemplo, a Carta Capital diz que a esquerda afastou-se do seu eleitorado, mas esqueceu de dizer que o PC do B cresceu 50% nestas eleições.

E a imprensa golpista diz que o eleitorado cansado da corrupção,  não acreditou mais na esquerda. Se esse foi realmente o motivo,  porque o PSDB cresceu, já que o partido é considerado um dos mais corruptos na história republicana do país?

Não se pode deixar de falar que a maioria das manifestações pró-golpe jamais aceitaram a liderança do PSDB.

E coincidentemente o Presidente do TSE, membro do STF é um tucano e anti-petista declarado. Ele pode até me processar. Mas minha opinião, assim como a de outros blogueiros progressistas sobre o Gilmar Mendes, somente é fruto de suas próprias atitudes anti-republicanas a frente do TSE e como Ministro do STF

Não há como negar que a esquerda brasileira foi cega, desunida e realmente afastou-se do seu eleitorado.

Mas e o Lula?

Que é a maior liderança popular da América Latina?

Lula esteve no palanques do grande ABC, tradicionalmente seu reduto. Porque ele perdeu lá? Será que foi realmente no voto?

Em João Pessoa por exemplo, considero o resultado do pleito uma anomalia eleitoral em si mesmo.

Alguns (e)leitores podem me chamar de paranóico e tal. Mas meus questionamentos são altamente procedentes.

Depois de alguma pesquisa, cheguei a conclusão de que a urna eletrônica usada no Brasil não é totalmente confiável, está sujeita a fraudes internas e externas e não permite auditoria, segundo especialistas, isso significa que seu voto pode ir a outro candidato e não necessariamente o crime será descoberto.

No último teste público do equipamento promovido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma equipe de especialistas em computação da UnB (Universidade de Brasília) descobriu uma lacuna no sistema de segurança. O tribunal não permitiu novos exames públicos e não respondeu por que não realizou mais avaliações. 

Profissionais de tecnologia da informação da Universidade de Princeton, nos EUA, publicaram um vídeo no Youtube, no qual demonstram como fraudar uma urna eletrônica da Diebold, fabricante exclusiva das urnas eletrônicas brasileiras.

Em 2014, um jovem hacker recém formado pela Universidade de Brasília acessou o sistema das urnas eletrônicas no TSE e descobriu, entre 90 mil arquivos, um software que possibilita a instalação de programas fraudados: o “Inserator CPT”. A ação foi planejada pela CMind (Comitê Multidisciplinar Independente), formado por especialistas em tecnologia.

Só a Diebold ganha nas licitações do TSE, que é totalmente direcionada. Aliás, um ex-funcionário da Diebold denunciou publicamente fraude na urnas eletrônicas

Um dos grupos hackers brasileiros intitulados Anonymous publicou uma crítica ao sistema das urnas eletrônicas brasileiras, acusando-o de ser propositalmente falho e resumindo algumas vulnerabilidades.

Porque em 2014 o TSE não quis auditar o resultado das eleições? A própria Presidente Dilma concordou com essa possibilidade. Talvez porque o candidato do segundo lugar , Aécio Neves não pudesse ter sido votado como oficialmente publicado? Sabemos que o PSDB pediu a recontagem e logo depois desistiu.

Estranho, vocês tem que concordar, não é mesmo?

Em 2015, pelo Twitter, Delegado Protógenes (PCdoB-SP) denunciou fraude nas urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); “Fui vítima desse sistema na minha eleição de deputado federal em 2014”, denuncia o parlamentar que é delegado da Polícia Federal.


A Diebold foi multada pelo Departamento de Justiça estadunidense em 112 milhões de dólares por  corromper funcionários públicos em outros países. Porque não no Brasil?

Com tudo isso na cabeça, chego a uma quase irrefutável conclusão. Digo quase porque se me provarem o contrário, minha opinião muda sim, porque não? Eu mesmo não considerava novo o sistema eleitoral brasileiro a prova de fraude?

Pois então, vejo que a única possibilidade é realmente o retorno a cédula eleitoral, como a mais eficiente proteção contra fraudes. Mesmo assim não é imune, mas se consegue comprovar e descobrir uma fraude quando ela ocorre, diferente da urna eletrônica.

Afinal está explicado, porque os países mais civilizados e democráticos do mundo se recusaram a adotar o sistema eletrônico de votação.

Temos de acordar definitivamente para isso, sob o imenso risco e a pena de carregarmos por muitos anos a frente a inutilidade do voto, e com isso, vivermos numa ditadura imposta pela tecnologia.

Acredito mesmo, que já estamos vivendo isso.

No momento declaro o TSE e suas urnas altamente suspeitos.