TESTE DE FORÇA: MILHARES EM SÃO PAULO, BELO HORIZONTE E RIO VÃO AS RUAS CONTRA A PEC 241



Primeiro dia de atos contra a PEC 241, a noite desta segunda-feira (17) foi marcada por milhares de pessoas ocupando as ruas de algumas das principais capitais do país.

Em São Paulo o ato teve concentração no MASP, na Avenida Paulista, seguindo em direção à Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). O local foi escolhido como destino da manifestação pois a PEC irá diminuir os gastos públicos com áreas sociais, mas permitirá que o governo gaste ainda mais no pagamento de juros da dívida, beneficiando os banqueiros.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a proposta que também é conhecida como “PEC da Maldade” ou “PEC do Fim do Mundo” e exigiam a saída do golpista Michel Temer.

A manifestação seguiu pacífica, apesar da presença ostensiva da Polícia Militar, com motos, viaturas, força tática e tropa de choque. Muitos transeuntes se uniram ao ato ao longo do caminho. A dispersão ocorreu por volta das 22h.

O primeiro grande protesto contra a PEC 241 no Rio de Janeiro foi marcado pela repressão policial. A manifestação, que começou na Cinelândia e seguia em direção ao prédio da Petrobras, tinha participação de cerca de 5 mil pessoas no início da noite, segundo organizadores.

Segundo relatos, por volta das 19h30, na Av. Chile, a polícia partiu pra cima de manifestantes que marchavam pacificamente e até mesmo de algumas pessoas que estavam paradas. Parte dos manifestantes dispersou na região dos prédios da Petrobras e do BNDES.

Na capital mineira, ato contra a PEC 241 teve saída na Praça Afonso Arinos, seguiu em marcha até a Praça Sete, chegando à Praça da Estação. Participaram do ato estudantes, militantes de esquerda e movimentos em defesa da reforma agrária.

“Este é um ato auto-organizado contra esta medida ilegítima. É fundamental fazer oposição, com a esquerda independente; queremos derrubar esse governo golpista e abrir novos horizontes para o socialismo”, afirmou Ayrton, da União da Juventude Comunista (UJC), sobre o ato hoje, que iniciou-se com três convocações diferentes contra a PEC 241.