TEMER CHAMA EXÉRCITO PARA CONTER MANIFESTAÇÃO E EMPURRA O BRASIL PARA UMA GUERRA CIVIL


Michel Temer, disse não ver as contradições entre seu discurso de reunificação e pacificação nacional e as manifestações contra o seu governo - realizadas por "um ou outro  movimentozinho" - que tem acontecido em várias cidades do país.

A minha pergunta é: Porquê Temer autorizou o Exército a conter manifestações legitimadas pela Constituição, se estas são um “movimentozinho”?

A polícia de São Paulo não dá conta?

Aliás, a truculência da PM paulista em cima de manifestações pacíficas se mostra cada vez mais forte, com grande violência e  verdadeiras mutilação física de jovens manifestantes.

Não vemos reação do MPF, MPE e nem do Ministério da Justiça para proteger estes cidadãos que estão absolutamente no seu direito de se expressarem.

Há nos governos estaduais que apoiam o golpe e no governo federal, um perverso consenso, de que agora se conquista respeito ao golpe em cima de repressão militar e forte aparato policial.

Não poderia esperar menos de um governo sem legitimidade, que tem como Ministro da Justiça, um advogado do PCC. Não digo ex-advogado, porque quem se relaciona ou trabalhou  para organizações como essa, nunca mais se livrará delas.

O jornalista e blogueiro paranaense Esmael Morais escreve:

“'Em menos de 24 horas após o golpe, houve uma escalada da repressão sobretudo contra a juventude que permanece nas ruas para reivindicar a volta da normalidade democrática, a realização de eleições diretas já.

A estudante Deborah Fabri, de 19 anos, de São Paulo, ficou cega do olho esquerdo depois de atingida por estilhaços de bomba de efeito moral da PM. Ela se tornou em símbolo da violência do golpe de Estado e da resistência democrática.

Em poucas horas, a Nação percebeu que Temer não tem condições de governar. Não há governabilidade nem legitimidade. As ruas se sublevam contra o golpe. Não há sinais de que se arrefecerão tão cedo.

A Presidência da República está acéfala desde a cassação de Dilma Rousseff. O partido da ditadura militar, o DEM, chegou ao cargo máximo com Rodrigo Maia (RJ) sem nenhum voto para tal.
Sem legitimidade, sem reconhecimento, ou Temer sai já e convoca nova eleição ou o povo vai arrancá-lo de lá. É questão de tempo.

A tentativa de o ilegítimo governo retirar direitos trabalhistas e sociais, como o aumento da idade para aposentadorias, desvalorização do salário mínimo, privatizações, etc., poderão recrudescer a situação e levar o país à situação de uma guerra civil. Eis o caótico quadro.

Neste domingo (4), o Brasil voltará às ruas para firmar sua convicção pelo "Fora Temer" e "Diretas Já". Atrás desse trio elétrico só não vai quem já morreu...”'

Resta saber se vai ser com Exército ou sem Exército.

Parlamentares do PT entraram com uma representação no MPF para garantir a realização das manifestações proibidas pelo Governador Geraldo Alckmin, que já está sendo acusado pelo MPE por crime de responsabilidade no governo de São Paulo.

Qualquer semelhança com 1964 não é mera coincidência.