PIB. DE NOVO EM QUEDA, AO CONTRÁRIO DO ANUNCIADO, A ECONOMIA AFUNDA



O jornalista Fernando Brito, do blog  "O Cafézinho" faz uma análise resumida do atual momento econômico.

Enquanto a mídia golpista faz uma avaliação condescendente, como se o Brasil melhorasse da noite para o dia, os estados gritam "estado de calamidade" e o governo é obrigado a liberar 20 bilhões dólares de ajuda.

Enquanto Temer paga o maior mico na ONU, mentindo e engasgando com a própria mentira, o Brasil vai de mal a pior e segundo o texto de Brito, o segundo semestre será um desastre.

Interessante que, o que mais escuto de amigos pró-golpe, é que agora o Brasil voltou a andar. Como se um milagre econômico fosse acontecer, bastando apenas a troca de presidentes.

A verdade é que o Brasil está no fundo do poço, por causa principalmente da credibilidade perdida com relação as instituições democráticas. O governo golpista de Temer não consegue unanimidade entre seus próprios pares, muitos menos no Brasil e menos ainda no mundo que já reconheceu o golpe parlamentar que se instaurou aqui.

A crise econômica do Brasil não foi exatamente causada por políticas econômicas do Governo Dilma. Claro que houve lá seus erros, mas que não seriam capazes de levar a crise ao ponto que chegou.

O que levou a crise econômica atual e a perda de credibilidade do Brasil foi uma oposição irresponsável, aliada a interesses estrangeiros e uma mídia pérfida, cujo histórico de ataques a Democracia no Brasil é bem conhecido e que trabalharam pelo "quanto pior melhor".

Pois aí está o quadro real. Bem pior do que imaginaram.

Leiam o texto de Fernando Brito na íntegra:

"Dá vontade de escrever, aos moldes dos títulos de nossa grande imprensa:

“PIB cai, apesar da recuperação econômica”.

Pois não é outra a leitura do IBCR divulgado hoje pelo Banco Central.

Queda de 0,09%, quando o “mercado” esperava alta de 0,3%, na média.

A “melhora” no acumulado nos sete primeiros meses do ano, para não dizer que é falsa, é pífia: de -5.65% em janeiro/julho de 2015 para, -5,61% no período igual de 2016.

É claro que o ano não se encerrará neste patamar, porque o segundo semestre é comparação de desastre com hecatombe.

Na coluna de Miriam Leitão lê-se um cândido ” a atividade está distante do seu pico”.

Até o dono do botequim da esquina sabe disso.

Os estados, falidos, correm atrás do que lhes restou: autorização para endividarem-se em mais R$ 20 bilhões.

Como já não tem para pagarem o que deve, com suas arrecadações em queda generalizada (veja a tabela acima, publicada pelo Valor), imagine-se o custo do dinheiro.

E, é claro, para gastar no custeio, não em investimentos, que gerem renda e emprego.

Mesmo a PEC do Garrote, que limita o gasto público à inflação não reduz, nos primeiros tempos, o crescimento do déficit: se a despesa sobe tanto quanto a inflação e a receita cresce menos do que esteindice, um garoto de primário conclui que o déficit aumenta.

Isso sem contar o “efeito terror”, que a Folha registra hoje: um aumento de 25% nos pedidos de aposentadoria, elevando o déficit da previdência no curto prazo."

Blog "O Cafézinho"