Temer: Derrotado ou vitorioso?


Com a vitória de Rodrigo Maia na Câmara dos Deputados, Temer não sabe se ganhou ou perdeu. Em tese seu candidato era Rosso, cria de Eduardo Cunha, que perdeu o segundo turno das eleições na Câmara para Rodrigo.

Agora, se falarmos na sua agenda de retrocessos e entreguismos, Temer ganhou com Rodrigo, porque é a mesma agenda da dupla PSDB-DEM. E com certeza, a exploração do pré-sal com a desobrigatoriedade da Petrobrás, será atropeladamente colocada em votação no plenário.

Por outro lado, a esquerda e Cunha sairam derrotados. Cunha porque não elegeu Rosso que tinha a função de salvar o seu mandato na câmara e a esquerda porque enfrentará um comando na Câmara que trabalhará totalmente contra os avanços sociais e trabalhistas que já foram conquistados.

O PSDB e DEM que antes apoiaram Cunha na abertura do processo de impeachment da Presidente Dilma, agora o querem executa-lo em praça pública, para preservarem a falsa imagem de paladinos da moral contra a corrupção, tentando amansar o tigre que criaram em seu próprio quintal.

E se Cunha for cassado, Temer e vários políticos do Congresso perderão o sono. Entrará na pauta uma possível delação de Eduardo Cunha, delação que muito preveêm como um verdadeiro terremoto cataclísmico no Congresso.

E isso, se por acaso, Cláudia Cruz , a mulher de Cunha, não for possuída pela síndrome de Nicéa Pitta e entregar todos os segredos podres em que o marido está envolvido para salvar a própria pele.

Se isso acontecer, inexoravelmente o (des)governo Temer cairá.

E acontecerá o golpe dentro do golpe, promovido pelo DEM e o PSDB.

Rodrigo não terá condições de unir uma Câmara fragmentada e que foi diluída no dia anterior as eleições em praticamente 14 candidaturas.

Dos derrotados, a vencedora foi Luíza Erundina, que hoje é quem representa genuinamente o que de melhor temos na política brasileira. Com certeza, isso influirá positivamente na sua candidatura a prefeita de São Paulo, que já vem subindo vertiginosamente em pouco tempo.

Sorte dos paulistanos.

De tudo isso, a conclusão que chego é que os Senadores tem que acordar, porque senão conduzirem o legítimo retorno de Dilma a presidência da República, terão de lidar com a queda de mais um governo, este ilegítimo, e serão subjugados aos domínio privatista e retrógrado do DEM e do PSDB, tanto na Câmara quanto no Senado.

É fundamental o retorno e a preservação da Democracia em momento tão crítico na história deste nosso sofrido país.