Os setores
das classes dominantes mais influentes do Brasil atual sabem que
as próximas eleições municipais está num período de vigorosa
ascensão das forças democráticas que podem colocar em cheque o
poder local das oligarquias de senhores de terra ou donos da cidade
em muitos municípios importantes. Sem dúvida alguma, alarmam-se
ante a possibilidade de que os setores populares, ganhem cada vez
mais posições dentro do próprio covil da reação, se firmem nas
Câmaras Municipais e em algumas Prefeituras, de onde poderiam
desmascarar de perto, e com real vantagem, a política reacionária
das famílias políticas e solapar sua força tradicional, impedindo
ou entravando o funcionamento das "máquinas eleitorais" e
influindo diretamente na libertação do "eleitorado de
cabresto", ou seja, educando politicamente as massas urbanas e
rurais.
Compreende-se,
portanto, como possível aos grandes senhores da Oligarquia conservar
em suas mãos e nas dos seus aliados os agentes do capitalismo e os
banqueiros ligados ao latifúndio, os governos parte dos estados
brasileiros, mesmo numa época de grandes vitórias democráticas e
enfrentando um poderoso líder popular como o ex-presidente Lula, que
vinha dirigindo, com acerto, a luta política nacional.
A
experiência de toda a história política nacional revela o papel
das oligarquias municipais como ponto de apoio dos círculos mais
reacionários. Isto foi mais uma vez confirmado nos dois últimos
pleitos eleitorais. As forças democráticas saíram vitoriosas ou,
pelo menos, obtiveram êxitos substanciais, nas cidades e nos centros
onde era menor o poder da "máquina eleitoral" destes
representantes da velha política, ou mesmo onde era impossível o
seu funcionamento, porém foram derrotadas em boa quantidade de
municípios do interior, onde predomina a grande propriedade com as
suas relações semifeudais e onde a Constituição e a lei eleitoral
têm um valor relativo diante da onipotência dos chefes políticos
locais, donos da Prefeitura, da Polícia e da Justiça municipais.
As
liberdades de pensamento, de palavra, de reunião, de organização e
de imprensa inistem em não existirem nos municípios dominados pelas
Oligarquias. A Lei Eleitoral e toda a Constituição são amplamente
desrespeitados, com a complacência dos Juízes, Delegados e
Prefeitos, ou por eles próprios que, na grande maioria, não passam
de prolongamentos dessa entidade todo-poderosa que é o "chefe
político".
A força
política desses setores reacionários, que se opõem
desesperadamente a qualquer medida visando o progresso nacional,
baseia-se, portanto, nas oligarquias municipais. Enquanto estas não
forem golpeadas e enfraquecidas totalmente, a liquidação das bases
econômicas da reação e do fascismo não poderá ser efetivamente
levada a cabo. Daí a grande importância das eleições municipais
que serão realizadas em todos os Estados brasileiro agora em 2016.
Na
Paraíba, para compreendermos o seu alcance, basta considerarmos, há
uma grande tendência das oligarquias estaduais perderem uma a uma as
suas bases principais de manobra, que consiste na "distribuição"
de Prefeituras entre os vários grupos políticos, visto a nova
gestão do executivo estadual, que imprime desde 2010, uma política
indenpente de oligarquia nos municípios visando sim, beneficiar as
gestões mais eficientes no que se refere ao desenvolvimento de cada
região.
Mas, é ainda maior a significação política das atuais eleições municipais. As classes dominantes que tentam inverter deliberadamente o processo de modernização democrática do país tentam impor uma agenda retrógrada para tentar recuperar as benesses perdidas também com a gestão executiva federal dos últimos 12 anos. O pleito que agora se fere nos municípios é um passo à frente no caminho da unidade democrática e da luta do nosso povo pelo progresso nacional.
Mas, é ainda maior a significação política das atuais eleições municipais. As classes dominantes que tentam inverter deliberadamente o processo de modernização democrática do país tentam impor uma agenda retrógrada para tentar recuperar as benesses perdidas também com a gestão executiva federal dos últimos 12 anos. O pleito que agora se fere nos municípios é um passo à frente no caminho da unidade democrática e da luta do nosso povo pelo progresso nacional.
Pode haver
alguém que estranhe essa afirmativa, alegando que nas eleições
municipais o grupo fascista que tenta se impor, usando um
aparelhamento próprio implantado nas instituições policiais e
jurídicas, além de ter o apoio de uma mídia antidemocrática,
tentará impedir por todos os meios, mais uma vitória popular. Mesmo
assim, com todos os ventos soprando contra, as perspectivas de
grandes vitórias estão abertas às forças democráticas.
Uma rápida
análise da situação política atual torna claro que não há razão
para pessimismo, pois a democracia continua a obter êxitos, apesar
das tentativas do grupo fascista para manter a atual situação de
arbítrio e de ilegalidade. Se há prenúncios de derrota no
horizonte político nacional não são absolutamente de uma derrota
da democracia, mas sim do grupo fascista.
Isto se
deve, entre outros fatores, aos seguintes:
- O
crescimento da consciência democrática do nosso povo durante os
doze últimos anos, tendo como consequência a ampliação e o
reforçamento dos movimentos de massa pela democracia e por uma
solução econômica, de caráter progressista;
-
Crescimento do sentimento anti-americano dentro das amplas camadas
populares e mesmo em setores da burguesia nacional, devido à
ofensiva cada vez mais cínica das corporações e órgãos de
inteligência norte-americana, não apenas contra a nossa indústria,
mas já agora no sentido de apoderar-se de nossas riquezas básicas,
a mineração e o petróleo.
São esses
fatores dominantes na situação política nacional que justificam a
nossa confiança na marcha da democracia e nos abrem perspectivas
para a vitória popular nas eleições municipais.
Não é
por caso que se notam sinais evidentes de nervosismo, e até de
desespero, dos setores reacionários mais empedernidos da direita. A
primeira estratégia já assumida por estes grupos fascistas e de
oposição é atingir o PT, A Dilma e o Lula como forma de
enfraquecer um governo popular e suas bases nestas eleições
municipais.
O sucesso
das próximas eleições vai depender, em grande parte, da
consolidação da democracia no país. A vitória popular em cada
município será mais um golpe no arcabouço reacionário e
retrógrado das oligarquias locais ou regionais, base política da
reação no país, criará como que condições novas para o início
de um novo impulso na luta pelo progresso e a democracia.
A duas
próximas manifestações de apoio ao governo, marcadas para o dia 18
e 31 de março e contra o aparelhamento, partidarização e
ilegalidades praticadas pelos órgãos policiais e do judiciário
serão o ponto de equilíbrio ou desiquilíbrio neste embate entre as
forças fascistas e democráticas que mais uma vez, na história
política do Brasil, reeditam a velha polarização tão conhecida de
nós , brasileiros.
Estamos
vigilantes...