A Passagem da Presidente Dilma Roussef na Paraíba, foi
marcada por vaias logo que chegou a João Pessoa nesta sexta-feira. Cerca de
200 manifestantes, entre eles servidores estaduais, professores de
instituições federais de ensino e indígenas, vaiaram a presidente onde foi
realizada a cerimônia de formatura do Pronatec.
Refletindo uma política do PT baseada na manutenção do
programa bolsa família, cuja conta somos nós da classe média que pagamos, os professores
federais protestaram por melhores salários. A categoria está em greve desde
março, já os servidores estaduais, beneficiados com apartamentos do Minha Casa,
Minha Vida, reclamam das péssimas condições em que as moradias foram
entregues, mostrando que estes programas não primam pela melhoria da qualidade
de vida, mas sim estão buscando resultados eleitoreiros.
Em contrapartida, Eduardo Campos vem a Paraíba, como forma
de neutralizar a visita de Dilma, como se isso fosse possível, defendendo a
reeleição de Ricardo Coutinho.
Então eu pergunto: Para votar no projeto de RC, temos de
votar em Eduardo Campos também como consolidação deste projeto?
No meu ponto de vista, não.
Não tenho de votar em Eduardo Campos, até porque considero
Ricardo Coutinho, como gestor e administrador público na PB, a antítese de
Eduardo. Vou só dar um exemplo: as estradas da Paraíba e as estradas de
Pernambuco são como água e óleo.
É um absurdo o péssimo estado em que encontram-se as estradas em Pernambuco,
isso sem falar que na segurança, Pernambuco manda os bandidos para cá, em vez
de limpar as ruas. Esta situação de saques que houve em Recife durante as
últimas manifestações, não foi apenas vandalismo, mas foram reflexos da
situação em que se encontra o estado.
Não votarei num pré-candidato a presidente, que tem mandato
de governador em seu estado, mas não consegue resolver os problemas de sua
própria região. Como irá administrar então o Brasil, gigante pela própria
natureza?
Eu gostaria muito de ver Marina Silva como protagonista
neste próximo cenário eleitoral, o que provocaria uma disputa inusitada e
enfraqueceria substancialmente o poder do PT no governo federal, cujo poder é
sustentado pelo bolsa família. E com certeza nestas eleições eu também não
votarei no bolsa família. Votei no Lula e na Dilma. Dou minha cara pra bater, sim, mas como eleitor tenho o direito e o dever de cobrar o que foi prometido.
Agora, o governador Ricardo Coutinho precisa de Eduardo
Campos para ser reeleito na Paraíba?
Eu digo que não, mas Fabio Maia, presidente municipal do PSB
em CG, acha que sim, ele comentou os rumos do partido nacional e estadual,
enfatizando o leque de candidatos que, segundo ele, fortalecem a candidatura a
reeleição do governador o Coutinho.
Ele acredita que o bom desempenho de Eduardo
Campos na Paraíba se refletirá positivamente na reeleição do governador Ricardo
Coutinho.
Bom, concordando em discordar de Fábio, com todo os
respeito claro, primeiro o pré-candidato Eduardo Campos precisa ter bom desempenho em
seu próprio estado, o que já é complicado a meu ver. Segundo, nem no Nordeste e muito menos no Norte, Sul e Sudeste, Eduardo
é conhecido pelas baixas camadas da população, terceiro, aqui no
estado, o sentimento do paraibano com relação a Pernambuco, é de que a Paraíba
sempre sai prejudicada em qualquer disputa com o estado vizinho.
E estes fatos, com certeza, já gera nosso povo, um exagerado sentimento de
desconfiança com os políticos do outro lado da fronteira.
Então eu repito, Ricardo não precisa de Eduardo, e aconselho
a equipe de campanha, que mostre um vínculo moderado na campanha eleitoral. Simplesmente porque a administração do
governador Ricardo Coutinho tem se mostrado totalmente diferenciada da administração do seu colega pernambucano. Claro que não é perfeita, tem
seus problemas, mas no meu ponto de vista, é o governador que mais tem o que
mostrar na campanha eleitoral nos últimos 30 anos.
È claro que sendo do mesmo partido de Eduardo, o PSB,
Ricardo tem que defender o projeto federal do partido, isso todos nós sabemos.
Mas para bom entendedor, meia palavra basta.