Nos tempos atuais a
palavra traição está totalmente vinculada às campanhas políticas, uma vez que
em sucessões no poder alguém pode querer sobreviver com a liderança e, para tal
tem que alguém ser sacrificado. Sempre foi assim.
Quando olhamos para o
cenário político da Paraíba vemos que a
maioria dos nomes políticos cresceram ou foram destruidos tentando derrubar o seu criador. É a briga
entre criador e criatura.
Neste momento a
pecha da traição está recaindo sobre o Senador Cássio, mesmo que muitos (e não são a maioria) defendam o nome deste para candidato a governador...
Na
realidade criou-se uma série de
discussões e acusações de traições vinda de próprios assessores e até mesmo parentes próximos, porque o
consenso geral no estado é de que abandono também é traição.
Neste caso o custo
da campanha tende a ser maior para o candidato dissidente.
O exemplo mais recente, é que o empresário Renato Cunha
Lima, tio de Cássio, disse neste final de semana que ficará com o governador
Ricardo Coutinho nas eleições 2014.
“Campina Grande não gosta de traíra”, disparou Renato em
solenidade do governador Ricardo
Coutinho que assinou ordem de serviço para pavimentar a PB-077, que liga
Cuitegi a Pilões, no brejo paraibano.
Renato lembrou que já existiu no passado em Campina Grande racha semelhante ao
que está acontecendo e alguns políticos da cidade não se deram bem.
Renato defendeu o vice-governador Rômulo Gouveia afirmando
que ele está no mesmo lugar que foi indicado pelo senador Cássio nas eleições
2010. Para Renato, se o acordo foi feito, é compromisso que deve permanecer
também para este ano, mas mesmo assim, Renato ainda defende a aliança entre o
PSDB e o PSB
A atitude de Cássio junto com o PSDB de rompimento ao governo, e que causa um
sentimento de indefinição em toda a cena política paraibana tem constrangido
alguns políticos de peso e até mesmo motivado outros a permanecerem no cargo apoio ao
governo
Notemos que deputado estadual Lindolfo Pires afirmou esta
semana que desconhece rompimento entre o atual governador Ricardo Coutinho e o senador
Cássio Cunha Lima. Para ele, o momento é de trabalho e é desnecessário falar em
racha. E que num momento ainda vindouro, seguira á determinação do Democrata
que, o qual pertence
Em outro caso, o presidente do PV na Paraíba, Sargento
Dênis, afirmou que ficou constrangido com a situação causada pelo rompimento
entre o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho . Sempre ao lado dos Cunha Lima, o que já prejudicou
a sua imagem junto a corporação dos policiais militares, Dênis reafirmou seu
apoio ao Governo do Estado e admitiu ficar constrangido ao negar apoio ao
tucano.
Em matérias anteriores eu já coloquei o nome de vários
cassistas históricos que preferiram ficar com o governador Ricardo Coutinho,
tanto em cargos de primeiro escalão, como deputados e prefeituras paraibanas. Leia
o artigo o link http://www.pontodivista.com.br/2014/03/o-rompimento-do-senador-cassio-cunha.html
Portanto, a questão
é se para o povo paraibano traição está sendo a palavra de ordem na campanha
eleitoral e, se sim, alguém pagará o custo político de ter este rótulo.
Enfim, se existem
imperfeições esta é do caráter humano, mas sábio é quem procura mostrar
integridade em suas ações, sejam políticas ou de caráter pessoal.