O rompimento do senador Cássio Cunha Lima com o governador
Ricardo Coutinho não o colocará nunca no pedestal de oposicionista ao governo
do estado.
Nestes 3 anos e meio de governo, Ricardo absorveu toda a
base política de Cássio. E romper agora no apagar das luzes é fácil, mas com
toda a certeza, Cássio não fica como
oposição e sim como dissidência, para ser mais diplomático na terminologia.
Além do quê, em todas as ações políticas...
de gestão ou administrativas do governo estadual, o senador assinou em baixo, inclusive com
mostras públicas de apoio a atos administrativos de RC.
Eu sempre defendi a aliança, mas fazendo uma análise em novo
ângulo dos fatos recentes na política paraibana, na cabeça da oposição, exemplo PT, PMDB, entre outros, esse rompimento os
fortalece,já que a candidatura de Cássio tem um aspecto de dissidência da situação.
Ou seja, o candidato da situação dissidente é Cássio e o títular é Ricardo. Essa
história de romper agora é uma coisa que o povo vai entender porque não tem essa lógica.
Cássio não conseguiu ainda dar uma resposta clara e
plausível para este rompimento, sem contar que esta tal “consulta” popular é puro
factóide, simplesmente por que um candidato natural não precisa fazer isso e é direito de
qualquer cidadão em conformidade com a lei ser candidato.
Como eu já disse antes. Esta tal consulta é balela!
Portanto é assim. Na realidade e apesar de todas as tais
conversas de Cássio com Deus e o Diabo na Terra do Sol, a oposição não o considera um potencial
candidato que possa reforçar suas fileiras e a situação em tese, já não confia mais no compromisso que Cássio porventura ainda renovar com o governo e o PSB. Cássio perdeu esta credibilidade.
E nesta conta o rompimento do senador Cássio Cunha Lima com o
governador Ricardo Coutinho mostra uma nova radiografia no balanço geral das perdas e ganhos.
E pelo menos, até onde
eu vejo, RC vem obtendo mais sucesso.
O Governador vem mantendo medalhões do grupo Cunha Lima em
seu governo como o vice Rômulo Gouveia,
os secretários Ricardo Barbosa, Luzemar Martins, Efraim Morais e os Deputados Manuel
Ludgério e Adriano , além de cassista leais como Toninho Alcantâra, Temi Cabral
e como já chegou até o meu email, mais de 3 mil indicados por Cássio que não
pretendem sair do governo e já declararam que votam com Ricardo.
Nada a ver com a tal lista divulgada por aí...
Nada a ver com a tal lista divulgada por aí...
Não se pode negar que o governo, com o rompimento, perdeu um pouco de força na Assembléia
Legislativa, mas a situação não fica exatamente comprometida nesse ano de
eleições, porque a maioria dos Deputados já estão viajando até suas bases e
iniciando suas próprias campanhas e a maioria não quer se expor
publicamente e mostrar a quem vai apoiar,
até ter certeza da preferência de suas bases.
Além do mais, a expressiva maioria das prefeituras estão com
RC, são mais de 140 e com certeza, os deputados que tem seus redutos nestas
regiões e quiserem ser reeleitos, não irão comprometer o apoio de suas bases
municipais, impondo uma tendência para
candidato ao governo estadual.
E com certeza, na captação de votos, administrações municipais falam mais alto que Deputados. Isso já é um
fato.
Vale agora o PSDB avaliar as perdas de quadros e tentar neutralizar o prejuízos
esta dissidência de Cássio vai provocar ao
Grupo Cunha Lima.